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Raoni
A partir de uma paleta eclética e vibrante, desenhista une arte e design com personagens urbanos
Esta é uma pergunta que não nos dá sossego: que cidade queremos para nós? Um lugar inóspito, árido, sufocante? Ou seu contrário: aquele em que as pessoas se sentem integradas ao espaço fl uido, em que tensões são minimizadas? Boa parte do bem-estar que sentimos, mesmo em cidades grandes e populosas, decorre da presença constante de áreas verdes, sejam parques, jardins ou alamedas que dão sombra e frescor.
Mas o que tem ocorrido é que o verde de cidades como o Recife está sendo subtraído, minimizado ou mutilado. E a falta de planejamento paisagístico somada à avalanche imobiliária e à insensibilidade de parte da população para com a importância da manutenção desses elementos naturais são as responsáveis pelo que poderíamos chamar de desertifi cação do espaço urbano.
É com o olhar ao mesmo tempo crítico e contemplativo que nos lançamos a este assunto, capa da edição deste mês, que teve na dianteira o jornalista Fellipe Fernandes, em sua primeira colaboração conosco, e o fotógrafo Hélder Tavares, que havia feito os retratos dos mágicos da nossa edição de julho. Estamos felizes com o resultado, que refl ete nossas preocupações. E esperamos, com esta reportagem, sensibilizar as pessoas para o bem que o verde é capaz de nos proporcionar.
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