Entrevista
João Paulo Cuenca
Escritor paulistano comenta impacto da tecnologia na literatura e fala de suas obras em curso
Aqui chegamos nós, vindos de um remoto 2001, quando a Continente, depois da edição zero de dezembro de 2000, começou de fato sua jornada: era a edição nº 1. Agora, é a 241. Este será um ano, portanto, para realizar ações em torno dessas duas décadas de vida. A primeira delas é entregar a você, que nos acompanha, um presente. Aliás, 12 presentes.
A cada edição deste ano encartaremos na revista um pôster, criado exclusivamente para nós por artistas e ilustradores que vêm colaborando com a publicação, para deixar tudo mais bonito, alegre, artístico nas nossas casas, locais de trabalho ou onde quer que desejemos colocá-los.
Nesta edição, o pôster é assinado pela designer e ilustradora Hallina Beltrão, que criou um desenho belo e vibrante protagonizado por uma figura feminina, cíclica, lunar, evocando a força dos movimentos da natureza, do cosmo e da mulher.
Também nesta edição imergimos no mundo dos sonhos, afinal, como disse Calderón de La Barca, ainda no século XVII, “a vida é sonho”. Nossa repórter especial Luciana Veras foi em busca de sonhos, ouvindo várias pessoas sobre suas experiências oníricas e cotejando-as com informações sobre de que se constituem os nossos sonhos junto a vários especialistas. Entre eles, Sidarta Ribeiro, que vem agregando leitores em torno do seu O oráculo da noite. Para ilustrar a reportagem, convidamos a artista plástica Rayana Rayo a desenhar imagens de sonhos. Esta é a estreia dela na ilustração editorial.
E por falar em oráculo, a jornalista e astróloga Carolina Leão escreveu para esta edição um ensaio sobre este que é o maior oráculo que conhecemos: o céu. Ela tece uma narrativa sobre como temos nos servido deste mapa em constante movimento para nos orientarmos sobre o presente e o futuro. “Mais de 15 mil anos nos separam dos primeiros registros astrológicos, quando, na incerteza do dia, as primeiras civilizações eternizaram nos ossos e couros de animais as configurações celestes”, inicia ela, para nos trazer, ao longo do texto, para o presente, em que a astrologia ganha cada vez mais adeptos e leitores nas redes sociais, num movimento que torna este conhecimento antigo numa ferramenta pop.
Esperamos que este ano nos traga a possibilidade de sonhar e viver num mundo melhor. Que assim seja!
Capa: desenho de Rayana Rayo