Era 3 de abril de 1915, quando foi inaugurado no número 3 da Rua do Hospício, no Bairro da Boa Vista, centro do Recife, o Hotel e o Bilhar do Parque Internacional de Diversões, complexo de entretenimento arrendado pela empresa Mendes e Cia, que incluía também em seu terreno um vasto parque e um teatro, a ser inaugurado no dia 24 de agosto daquele mesmo ano. A luxuosa e disputada hospedaria foi por 14 anos referência de lazer, cultura e turismo para o Recife.
Mas, depois de 1929, com a venda do Teatro do Parque para o empresário Severiano Ribeiro e a consequente desestruturação do complexo de diversões, o Hotel do Parque foi pouco a pouco perdendo sua relevância no setor hoteleiro na primeira metade do século XX, agravada pelo processo de decadência da área central da cidade. As administrações que sucederam à Mendes e Cia não tiveram o cuidado de preservar a história do Hotel do Parque nem traços arquitetônicos que conferiam imponência ao casarão, que já foi âncora do Teatro do Parque. Manteve-se em funcionamento como hospedaria até a década de 1980, quando já servia como motel, amargando a negligência de sua memória.
Prova disso é que quase não existem registros a respeito do que foi e do que representou para o Recife a hospedaria em seus tempos áureos. No livro Charme e magia dos antigos hotéis e pensões recifenses, o médico e escritor Rostand Paraíso tentou resgatar essa memória, dedicando duas páginas sobre o Hotel do Parque, mas com algumas informações imprecisas a respeito de sua inauguração. Já em Cine-Teatro do Parque: um espetáculo à parte, Lêda Dias dedica quatro páginas com imagens à abordagem do assunto, baseada especialmente em relatos de netos e bisnetos do comendador Bento Luiz de Aguiar, poderoso comerciante português que foi o idealizador do projeto do Parque Internacional de Diversões. O fato é que a pouca bibliografia que existe hoje sobre o Hotel do Parque não traduz a importância que o equipamento teve para sua época.
Apesar dessa escassez, nos periódicos do Recife, a partir do ano de 1914, é possível encontrar importantes informações a respeito do empreendimento hoteleiro e de entretenimento. Matérias, especialmente no Jornal do Recife, detalham a história do Hotel do Parque, desde a sua construção, passando pelo contexto de sua inauguração e relatos de seu funcionamento, às expectativas da sociedade em torno do empreendimento, descrições minuciosas de suas dependências internas e externas, até fotografias e outros registros imagéticos, como anúncios publicitários de grande porte.
Fachada do Hotel do Parque em 1924, nove anos depois de sua
inauguração, em fase áurea. Imagem: Reprodução/Acervo
Cartofilista Josebias Bandeira de Oliveira
Quase que diariamente, o movimento no entorno da Praça Maciel Pinheiro, da Rua do Hospício e da construção do Hotel do Parque era notícia no Jornal do Recife, Diario de Pernambuco, n’A Província e no Pequeno Jornal. Uma delas se refere ao dia em que uma carreta puxada por 16 homens, com um dínamo de 6 mil quilos, que instalaria a energia elétrica no Hotel do Parque, teve uma de suas rodas quebrada, interrompendo o tráfego na região. A notícia do acidente foi publicada no dia 7 de março de 1915, no jornal A Província.
Não era pra menos. O suntuoso casarão de estilo eclético que abrigava o Hotel e os Bilhares do Parque era uma das construções que se destacavam na Rua do Hospício da segunda década do século XX. No térreo, seis portas altas em arco fechado davam acesso ao salão de jogos de bilhar, cujo letreiro “Bilhares do Parque” se destacava debaixo da sacada dos quartos do primeiro andar. O primeiro e o segundo andares do edifício eram destinados ao hotel, que possuía 40 quartos todos com janela, sendo os dois quartos da frente, de ambos pavimentos, considerados de luxo para a década de 1910, com varanda para a Rua do Hospício. Uma sala de refeições ocupava o primeiro andar e era aberta para o parque com vistas para o teatro.
O acesso ao primeiro andar era feito por um portão de estilo gótico, posicionado ao lado do casarão e a dois imóveis da entrada do teatro, onde se lia o letreiro “Hotel do Parque”. Uma escadaria de mármore e azulejos em art nouveau levava os hóspedes à sala que servia de recepção para hospedaria. Em qualquer dia da semana, era um entra e sai de figuras públicas e de famílias abastadas que vinham se hospedar ali ou se divertir em uma das oito mesas de bilhar do salão de jogos.
As edições entre os dias 20 e 24 de abril de 1915 do Jornal do Recife, do Diario de Pernambuco e d’A Província também relatam favorecimentos políticos e benefícios fiscais a favor dos sócios da empresa Mendes e Cia, arrendatária do equipamento para exploração comercial. Entre as notícias em torno do hotel, uma delas contava que, após a abertura da hospedaria e prestes a inaugurar o Teatro do Parque, a Assembleia Legislativa de Pernambuco havia publicado um projeto de lei autorizando o governador do Estado a isentar, por cinco anos, o estabelecimento de pagar impostos como uma forma de incentivo ao “grande empreendimento que se instalara na área pulsante da capital”.
Sentindo-se injustiçados, proprietários de hotéis e bilhares do entorno resolveram protestar contra o “favor” concedido ao concorrente, argumentando que outros estabelecimentos da cidade não eram “inferiores” e seriam “capazes de rivalizar com o novo hotel modelo”. Já no dia 21 de abril de 1915, a edição 33 do Diario de Pernambuco noticiava o registro do Parque Internacional de Diversões na Junta Comercial do Recife como uma grande conquista que daria à capital pernambucana o título de cidade moderna e elegante.
O apogeu do Hotel do Parque se deu com a inauguração do Teatro do Parque, no dia 24 de agosto de 1915, quando todo o complexo de entretenimento entrou em pleno funcionamento, concretizando assim o sonho de Bento Luiz de Aguiar. Durante 14 anos, o equipamento, especialmente o hotel, foi o endereço de hospedagem e lazer não apenas de famílias abastadas vindas do interior de Pernambuco e outros estados vizinhos para passar férias no Recife. Figuras públicas importantes, como João Pessoa, e artistas renomados internacionais, especialmente os que se apresentavam no teatro, como a cantora Aida Arce, também estão na lista de hóspedes do Hotel do Parque.
Há quem diga, contudo, que a hospedaria começou a declinar oito dias após a inauguração do Teatro do Parque, com a morte do comendador Bento Luiz de Aguiar. “O fato é que o Parque Internacional de Diversões não deixaria de se expandir, porque meu avô era um homem visionário. Com a morte precoce dele, a ampliação do equipamento não teve continuidade. E, após a venda do teatro, em 1929, e a separação do hotel, os filhos e netos passaram a explorar comercialmente o edifício”, contou o neto do comendador, Bento Aguiar.
Apesar do declínio sofrido ao longo dos seus mais de 60 anos de operação, o Hotel do Parque manteve-se em funcionamento até a década de 1980, já como opção barata de hospedagem e para pequenos encontros sexuais. Depois de encerradas as atividades hoteleiras, um mercadinho foi aberto no térreo do edifício, onde funcionou, em seguida, uma loja de eletrodomésticos, época em que parte de sua fachada foi descaracterizada.
Desde 2019, todo o casarão permanece fechado. Apesar da falta de cuidados e das grotescas alterações no imóvel, as dependências internas do primeiro e do segundo andar, e mesmo a fachada, permanecem relativamente conservadas, com a estrutura que lembra, e muito, a de um hotel, guardando características arquitetônicas da época de sua construção e carregando importantes traços documentais de um período da história do Recife.
Na edição de 31 de março de 1915 do Jornal do Recife, notícia sobre as
dependências internas do hotel. Imagem: Reprodução/Acervo Digital
Hemeroteca Nacional
MEMÓRIA ARQUITETÔNICA
Motivada pela obra de restauração e recuperação estrutural do Teatro do Parque, parte da história do Hotel do Parque, nos seus 14 anos de apogeu, entre 1915 e 1929, tem sido resgatada pela restauradora Simone Arruda, que assina o restauro dos bens móveis do equipamento cênico. Essa reforma, na verdade, recria a ambiência do equipamento cultural em 1929, quando a hospedaria foi desvinculada do conjunto, e Severiano Ribeiro fez intensas mudanças arquitetônicas e estruturais no teatro, descaracterizando-o de seu desenho original. Mas a minuciosa pesquisa realizada por Simone e sua equipe descortinou detalhes não apenas do teatro, mas também do complexo de diversões, incluindo o Hotel do Parque e o bilhar, primeira obra do comendador Bento Luiz de Aguiar.
Na intenção de reavivar uma parte fundamental da memória do Teatro do Parque, e consequentemente do hotel, as informações resgatadas referentes aos primeiros 15 anos do complexo de entretenimento vão compor um memorial. Fragmentos de testemunhos das pinturas de 1915 ficam preservadas nas paredes do teatro, da plateia ao camarote, já que são parte de uma mesma história. As informações aqui colhidas integram parte da pesquisa da equipe de restauro do Teatro do Parque e da que realizamos em jornais da época.
Esteticamente, o edifício do Hotel do Parque é de estilo eclético com azulejos em art nouveau e balaústres na fachada, seguindo a tendência dos prédios urbanos de Paris, na França, na segunda metade do século XIX e início do século XX. Suas linhas arquitetônicas estão mantidas até hoje, na medida do possível, dentro e fora do imóvel. A planta do edifício do hotel foi assinada pelo engenheiro Bruno Magro e o projeto arquitetônico, pelo arquiteto Don Luiz Marin. De acordo com imagens da época, o térreo tinha seis grandes e altos portões em arco fechado, que traziam o seguinte letreiro: “Bilhares do Parque”.
Nesse primeiro pavimento, ficava o salão com oito mesas de bilhar da marca Brunswick, além de uma tabacaria “em elegante armação amarela” e dois buffets. Era no salão de bilhar que os ingressos do Teatro do Parque eram vendidos, inclusive para o dia de sua inauguração. Em suas paredes foram pintados imensos painéis assinados pelos artistas Mário Nunes e Henrique Elliot, datados de 1915, os mesmos autores dos murais hoje irrecuperáveis, com desenhos de espanholas, ao lado da boca de cena do palco do Teatro do Parque. Ao fundo do térreo, ainda existia um outro salão para outros jogos e diversões. Todo o piso era em ladrilho hidráulico. Infelizmente, após o fechamento do hotel, esse primeiro pavimento foi completamente descaracterizado para servir a atividades de comércio e uma marquise foi colocada para a instalação da fachada do comércio.
À direita, ainda no andar térreo, havia um terraço com um portão de ferro e um letreiro no qual se lia “Hotel do Parque”, terminando com uma escadaria de pedra mármore, em dois lances, que dava acesso ao primeiro andar. Textos da época relatavam que esse terraço, além de vistosas palmeiras e um pequeno jardim, à noite era fartamente iluminado, assim como todos os ambientes internos e externos ao prédio. A escadaria trazia azulejos em art nouveau, hoje raros no Recife, provavelmente fabricados ainda no século XIX, segundo a arquiteta especialista em azulejos, Mary Rached. Eles estão registrados e fotografados no livro O azulejo na arquitetura civil de Pernambuco, século XIX, de Sylvia Tigre e Antonio Cruz, quando foi recomendada a preservação das peças do hotel como bem cultural. Na época do lançamento dessa pesquisa, em 2002, parte dos azulejos ainda permanecia intacta.
Dessa entrada, porém, só existe o portão de estilo gótico, mas descaracterizado por uma chapa de ferro, semelhante ao da entrada da galeria que dá acesso ao Teatro do Parque pela Rua do Hospício.
Escadaria principal do hotel com azulejos em art-nouveau,
atualmentenão visíveis no local. Imagem: Tuca Reinés/
Foto do livro O azulejo na arquitetura civil de Pernambuco
No primeiro andar, o hóspede encontrava um salão de visitas à direita da entrada, que tinha um mobiliário considerado luxuoso e alcatifas no piso. O espaço era descrito como o mais chique do hotel. Jarros finos e cortinas de gorgurão verde completavam a ornamentação importada da Inglaterra. Na sala de visitas, havia ainda cadeiras altas, um piano e, nas paredes, grandes medalhões “com cabeças de mulheres novas, representavam Portugal, França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil”, segundo descrições dos jornais. Neste andar, estavam dispostos 15 quartos, sendo os dois da frente voltados para a Rua do Hospício, com sacada única, considerados quartos de luxo e separados por uma “saleta de recreio”. Já no segundo piso, ficavam 24 quartos, sendo os dois da frente também de luxo.
Segundo relatam os jornais de 1915, todos os 39 quartos possuíam janelas, eram “arejados, claros, confortáveis”, um luxo para a época. Embora os cômodos de dormir não tivessem banheiros particulares, como nenhum daquele período, todos os quartos possuíam latrinas higiênicas e “tudo quanto de moderno e asseado” se pudesse imaginar, noticiava o Jornal do Recife, na edição do dia 2 de fevereiro de 1915, dois meses antes da inauguração do Hotel do Parque. Como dependência coletiva, o primeiro andar ainda abrigava os banheiros, que ofereciam banhos mornos, quentes e frios.
O restaurante do hotel – ou sala de refeição como era chamado na época – ficava na parte posterior do primeiro andar e possuía janelões em venezianas que abriam para fora, semelhantes às encontradas no Teatro do Parque, e um pequeno gradil semelhante ao da entrada servindo de varanda, permitindo ao hóspede observar o teatro e o jardim, como mostram imagens de banquetes que eram realizados em 1916. Pelas imagens de jornais que noticiavam a inauguração do hotel, é possível ver que o piso do restaurante também era em ladrilho hidráulico e parte do teto trabalhado em ferro fundido, com quatro lustres distribuídos pelo salão.
Louça francesa Limoges era usada no serviço do hotel. Peça do
acervo da família do comendador Bento Luiz de Aguiar.
Foto: Divulgação
Mesmo em precária situação, algumas venezianas do hotel podem ser encontradas até hoje, vistas da plateia do teatro. De acordo com as pesquisas da restauradora Simone Arruda, as cadeiras do camarote do Teatro do Parque, existentes até hoje, seguiam as mesmas referências de altura e porte das cadeiras vistas nas imagens do restaurante do Hotel do Parque. Ao todo, 21 mesas compunham a sala de refeição, decorada por painéis de Henrique Elliot, que representavam A Flora, A Juventude e o Prazer, e mobiliário inglês. O edifício contava com uma sala de leitura, uma copa e uma cozinha, com cardápio assinado pelo chef espanhol Manoel Portella. Importaram também as maçanetas das portas, que continham o monograma “HP”, numa referência ao nome do hotel.
Praticamente todo o corpo de funcionários do Hotel do Parque, incluindo cozinheiros e camareiros, foi trazido da Europa. Segundo relatam os periódicos, o barbeiro era um italiano e o engraxate, português.
O restaurante era frequentado por importantes figuras públicas, como políticos e artistas que estavam de passagem pelo Recife. João Pessoa foi um dos que teve um almoço no restaurante do Hotel do Parque noticiado pelo Jornal do Recife, em maio de 1915. O estabelecimento era uma referência para a realização de congressos e seminários, além de ponto de encontro para excursões. Era comum as publicações divulgarem não apenas os clientes famosos, mas o cardápio do restaurante, sempre voltado à cozinha francesa, espanhola e brasileira. Todas as louças do estabelecimento eram da marca de porcelana francesa Limoges, comercializadas até hoje. Algumas remanescentes estão sob os cuidados da família de Bento Luiz Aguiar, como pratos, travessas, molheiras, todas com a inscrição do Hotel do Parque.
As figuras mais importantes que visitavam o Recife também se hospedavam ali, conforme registram os jornais. Entre os hóspedes ilustres, destacam-se os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, quando de sua viagem de travessia aérea pelo Atlântico Sul. Artistas europeus e companhias de ópera e de revista que se apresentavam no teatro também eram hóspedes
Foto de jantar no Hotel do Parque, em 1916, integra o
livro Cine-teatro do Parque, de Lêda Dias.
Imagem: Reprodução
COMPLEXO HOTEL-TEATRO
Os detalhes da história do Parque Internacional de Diversões evidenciam que o teatro era mais do que um anexo do hotel. Fazia parte de um projeto ousado do comendador Bento Luiz Aguiar, que queria erguer no Recife um equipamento semelhante ao que existia na Avenida Liberdade, em Lisboa, com várias opções de atividades de entretenimento noturno, conforme relatou em conversa o neto do comendador, Bento Aguiar, hoje com 87 anos.
A proposta do complexo previa o tráfego entre hotel e parque na área interna do terreno, através de um grande jardim que comportasse confortavelmente quatro mil pessoas, entre adultos e crianças. Todo o espaço atrás do hotel era um terreno ajardinado, espécie de bosque, muito maior do que conhecemos hoje, “vastíssimo”, conforme descrições sugeridas pelas publicações da época. Pesquisas sobre as dimensões do terreno ainda estão sendo feitas.
Esse parque, que deu origem ao nome do complexo de entretenimento, chegava ao fundo dos quintais loteados das ruas do Hospício, da Conceição e da Avenida Conde da Boa Vista, de maneira que a entrada de serviço e o acesso para a garagem do hotel se dava pela Rua da Conceição. A restauradora Simone Arruda e sua equipe, durante o trabalho de pesquisa e recuperação do Teatro do Parque, encontraram a demarcação de um vão de passagem, uma espécie de acesso à área posterior a dos lotes do terreno do equipamento cultural. O teatro ficava no centro do parque e a imagem panorâmica do equipamento se assemelhava a uma ferradura, de acordo com descrições do Jornal do Recife.
Com a morte do comendador no dia 1º de setembro de 1915, portanto oito dias após a inauguração do Teatro do Parque, a ampliação da estrutura não teve continuidade. Quinze anos depois, a empresa arrendatária Mendes e Cia separaria hotel e teatro, acabando com o projeto de entretenimento de luxo voltado a estrangeiros e à alta sociedade recifense do início do século XX.
Registros encontrados no trabalho de restauro do teatro sugerem ainda que os frequentadores do restaurante tinham visão para a plateia da casa teatral e que artistas e hóspedes podiam acessar o teatro pelas dependências internas do hotel. Durante o processo de recuperação, a restauradora Simone Arruda descobriu a marcação de anúncios da Fratelli Vita, famosa marca brasileira de refrigerantes e cristais, e anúncios de rótulos de vinhos da época, todos voltados para o lado onde ficava o restaurante, no primeiro andar do edifício. A restauradora acredita que as pilastras eram arrendadas a empresas para propaganda comercial.
O prédio do Hotel do Parque hoje é o número 51 da Rua do Hospício e está inserido no Setor de Preservação Ambiental da Zona Especial de Preservação Rigorosa 8 (Zeph 8). É um Imóvel Especial de Preservação (IEP), sendo tombado a nível municipal. Alguns arquitetos, como José Luiz da Mota Menezes, têm sugerido a incorporação do Hotel do Parque ao equipamento cênico, no intuito de retomar as atividades hoteleiras com uma proposta cultural e não de exploração comercial, passando por um processo de retrofit para recuperar as características originais do imóvel, reavivando móveis e ilustrações da época.
EXTRA:
• Visite o Teatro do Parque reinaugurado e reformado (2020) sem sair de casa: tour virtual.
• Leia aqui matéria sobre o Hotel Central, o primeiro arranha-céu da capital pernambucana.
ROSÁLIA VASCONCELOS, jornalista.