Mais do que a preocupação estética ou simbólica, tão importante para os torcedores, o vestuário adequado à prática esportiva deve estar de acordo com as necessidades fisiológicas, ergonômicas e antropométricas (proporcionais às medidas do corpo) do atleta. Por estar em contato direto com a pele, esse tipo de vestuário ocupa um papel importante no bem-estar do esportista.
Diante disso, a evolução dos uniformes (Confira AQUI) pode ser observada por dois caminhos distintos, mas complementares. O primeiro é o aspecto tecnológico, com a evolução dos materiais usados e a preocupação com a performance e conforto dos atletas. O outro, é estético. Acompanha a moda e os costumes de cada época. Recebe influência e também influencia as maneiras de vestir dos jovens de cada geração.
Desde 1860, quando os jovens britânicos vestiam uma calça usada para dentro de um meião, camisa de botão e um terninho esportivo, até as modernas camisas da Nike, com tecnologia dry fit, sistemas de ventilação e dispersão de calor, muita coisa mudou. A partir dos jogos nos colégios da Inglaterra, começou o processo de aperfeiçoamento das vestimentas dos atletas. A primeira grande mudança ocorreu nas primeiras décadas do século 20, quando o tecido plano da camisa com botões foi substituído pela malha 100% algodão com gola e cordinha.
Em 27 de julho de 1914, é formada a primeira seleção brasileira de futebol. Há 100 anos, os pioneiros daquela que viria a se tornar a maior campeã da história do futebol não vestiam a famosa dobradinha verde-amarela da seleção canarinho, mas a camisa branca e o calção azul, hoje descartados.
SÉRGIO MIGUEL BUARQUE, jornalista e sócio da Marco Zero Conteúdo - agência de jornalismo investigativo, sem fins lucrativos e independente.
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