Entrevista

“A minha música é uma música imagética”

Músico e produtor Guilherme Kastrup divulga seu segundo álbum solo, 'Ponto de mutação', e comenta produções que foram um furacão em sua carreira, os dois últimos discos de Elza Soares

TEXTO LEONARDO VILA NOVA
FOTOS JONATHAN LIMA

25 de Março de 2019

O músico e produtor Guilherme Kastrup

O músico e produtor Guilherme Kastrup

Foto Jonathan Lima

[conteúdo exclusivo Continente Online]

Agregar é o verbo que o músico e produtor Guilherme Kastrup sabe conjugar como ninguém. Carioca de nascimento, vivendo há anos em São Paulo, o percussionista/baterista foi o responsável por reunir os nomes mais representativos da música contemporânea paulistana – a exemplo dos integrantes do Passo Torto e do grupo Bixiga 70 – em torno de duas grandes obras: A mulher do fim do mundo (2015) e Deus é mulher (2018), os dois mais recentes álbuns da entidade Elza Soares, ambos produzidos por Kastrup.

A visibilidade que os discos ganharam se deve muito ao tom político que trouxeram – com canções de contundente teor crítico, versando sobre assuntos que iam da violência contra a mulher, passando pelas questões LGBT, dos negros, entre outras bandeiras. No entanto, a condução de Kastrup foi decisiva não só na arregimentação dos compositores que trouxeram canções para Elza, como em todo o time de músicos presentes e, além disso, no resultado estético dos trabalhos, o que rendeu, entre outras honrarias, o Grammy Latino em 2016.

Com um currículo extenso de colaboração nos trabalhos de nomes como Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhotto, Chico César, Vanessa da Mata, Zeca Baleiro, entre outros, Kastrup vive se equilibrando entre os inúmeros compromissos e a missão de fazer o seu segundo álbum solo, Ponto de mutação, de 2018, ganhar o mundo. Neste trabalho – o primeiro, Kastrupismo, é de 2013 – Kastrup traz um arcabouço filosófico inspirado no livro homônimo do físico e ambientalista Fritjof Capra. Entre as ideias que deram sustentação ao discurso do disco, está o da compreensão de que estamos todos – um todo sistêmico, integrado – passando pelo fim de uma era, yang, de natureza masculina, e chegando a uma nova era, yin, de natureza feminina. As faixas do disco – resultado da junção de fragmentos das sessões de livre improvisação que teve com músicos parceiros – fazem o trajeto desse discurso.



Mais uma vez, Kastrup contou com sua habilidade em agregar e juntou um time grandioso, com mais de 40 artistas, para dar vida ao álbum, que não saiu em disco físico, mas está hospedado em uma plataforma transmídia imersiva, que permite ao ouvinte saborear a obra a partir de vários caminhos, todos interligados, como propõe o pensamento sistêmico de Capra.

Kastrup esteve no Recife em fevereiro, para lançar Ponto de mutação e realizar uma masterclass de produção musical. Durante sua passagem pela cidade, conversou com a Continente sobre o processo de criação do novo álbum, sua experiência na produção dos dois discos de Elza e como isso repercutiu na sua trajetória como produtor.

CONTINENTE Ponto de mutação é um álbum que tem um “roteiro” ancorado nos conceitos de (Fritjof) Capra em seu livro homônimo. Como foi se desenhando esse “roteiro”? Como foi se consolidando essa ideia, essa concepção do disco?
GUILHERME KASTRUP Quando eu comecei a montar essa ideia de fazer um novo álbum, eu já tinha feito o Kastrupismo tinha um tempo, passei pela experiência de A mulher do fim do mundo, depois o Deus é mulher. Quando terminou o Deus é mulher, eu falei: “Ah, agora tá na hora de me aventurar no meu segundo álbum”. E comecei a fazer umas sessões de improvisação livre, queria começar esse álbum por aí, com alguns parceiros escolhidos pra isso, de uma forma que, depois, eu conseguisse colher o material dessas sessões para poder começar o processo criativo. Nessa época era 2016, exatamente foram os primeiros movimentos perceptíveis do golpe, pelo menos pra mim, quando eu comecei a notar e entender essa armação que tava sendo feita. E aí comecei a ficar muito angustiado com a história, comecei a ler e a postar muito a respeito. Aí, uma amiga minha entendeu que eu tava muito angustiado com o processo todo e me disse: “Você precisa ler esse livro aqui, você precisa se acalmar um pouco, esse livro vai te fazer bem”. E me deu o livro Ponto de mutação, de presente. Então, o processo já tinha começado, ainda nesse esboço de eu colher material cru dessas sessões de improviso com os parceiros, e aí comecei a ler o livro e, realmente, teve uma importância grande nesse sentido de me acalmar um pouco, nessa compreensão de que a gente está, realmente, no final de um ciclo. Mas que o final de um ciclo também é o início de um novo ciclo. Então, eu fui lendo durante essa feitura do material bruto do disco e comecei a fazer o esboço de um roteiro para isso: essa saída do caos que gente vive, desse período de depressão que a gente tá entrando, para a virada pro ponto de mutação e ascendência para uma nova era, mais iluminada. Então, resolvi construir as canções todas em cima desse roteiro. O roteiro foi um guia para que eu construísse as composições.

CONTINENTE Na questão musical, o disco foi iniciado com essas sessões livres e elas foram, depois, sendo manipuladas. Um trabalho, digamos, artesanal, com essas camadas e camadas que foram sendo cerzidas, costuradas. Então, em que medida esse processo estético, essa construção da sonoridade do disco, encontra consonância no discurso?
GUILHERME KASTRUP Legal essa pergunta, porque, na verdade, a minha música é uma música imagética. Talvez por isso, uma das maiores inspirações, pra mim, seja Naná Vasconcelos, e muito especialmente um disco chamado Contando estórias, que é um disco todo imagético. Você ouve ele, você ouve paisagens, parece que você tá dentro do roteiro de um filme que vai se criando na tua cabeça. Pra mim, a minha música tem essa busca, de ser uma música imagética, que o ouvinte vai entrando em paisagens imaginárias, que ele mesmo vai construindo. Então, tem esse roteiro todo de um livro, que é bem teórico e filosófico, e o disco, em si, não tem muita letra. Tem pouca letra. Essa imagem toda desse roteiro se faz mesmo pelo som, quem constrói esse roteiro é o som, a partir dessa proposição que cria imagens na cabeça dos ouvintes. Então, esse roteiro que desenhei foi um guia pra mim, pra eu ir montando e estruturando essas composições e o roteiro do álbum de uma forma sempre sonoro-imagética para construção mais filosófica, sem que exatamente as palavras sejam o fio condutor, mas que o som seja o fio condutor dessa proposta toda.



CONTINENTE Apesar de você colocar que a palavra não seria, exatamente, esse fio condutor, o disco abre com o discurso de pessoas que têm a palavra forte. Começando por Noam Chomsky, que dá logo a real: “O mundo está em colapso!”. Depois, vem Malcom X, falando que é preciso reagir, questionando o que é que há de justiça, igualdade e liberdade dentro da democracia, principalmente para o povo dele, o povo negro. A tua criação sonora, a tua música, sobretudo em Ponto de mutação, você acredita que tem esse apelo discursivo forte?
GUILHERME KASTRUP Esse disco é eminentemente político, um disco de conteúdo sociopolítico de cabo a rabo, no sentido de que estamos falando de sociedade, desse caos que a gente tá vivendo, e é uma contraposição muito incisiva a isso. E, nesse sentido, tem essa primeira faixa, em que eu uso os samples do Chomsky e do Malcom X – ambas vêm do mesmo filme, que é o Réquiem para o sonho americano, um filme do Chomsky, interessantíssimo, que eu acho que todo mundo deveria assistir, e que descreve muito bem tudo o que tá acontecendo no Brasil agora, a partir do que ele percebia na sociedade americana, da falência dessa ideia de igualdade no capitalismo. Então, na primeira faixa essa coisa da palavra dele, do Chomsky, realmente é muito importante pra poder dar o tom e o recado mais direto do que eu tô dizendo. Na faixa seguinte, há pequenas inserções. Uma, inclusive, vem do Guimarães Rosa, que, na verdade, é uma resposta à primeira. Ação e liberdade responde à Reação (Reaction), dizendo que toda a ação tem que vir de uma ideia. Uma palavra que pode ser pensada, guardada ou dada, mas que, em alguma hora, acha seu rumo de caminho. Então, pra gente poder fazer a liberdade existir, a gente tem que fazer com que isso aconteça, tem que cavar para que a liberdade aconteça, porque eles não vão dar isso de graça. Então, tem essa coisa da pequena inserção da palavra, dentro de um contexto que é eminentemente instrumental. Acho que ambas as coisas se ajudam. Afinal, na minha forma de compor, eu busco outros caminhos que não sejam necessariamente o da canção de um jeito mais formal, que é o que eu trabalho... Mais de 90% da minha vida profissional, musical, é dedicada à canção. Quando eu vou para o meu trabalho autoral, procuro me descolar um pouco da canção do jeito formal – poesia, melodia, letra, A B, exposição, tema, desenvolvimento. Então, a minha música tem uma forma meio desconstruída, e a própria a palavra/poesia entra, também, de uma forma mais desconstruída, seja ela sampleada, seja ela cantada.

CONTINENTE Ponto de mutação é um disco “não disco”. Ele não existe fisicamente, e você disse que foi uma escolha que fosse assim. Ele está em uma plataforma transmídia e imersiva, que oferece para quem acessa uma experiência de fruição múltipla, que vai da música e passa pelo imagético, o audiovisual. E para quem já é “old school”, também é possível baixar. Como é que você entende esse processo de desmaterialização da obra física, principalmente num momento em que o digital está tomando conta de tudo?
GUILHERME KASTRUP Essa ideia da plataforma, esse formato e todo esse conceito da desmaterialização vêm muito da parceria com o comunicólogo Vinícius Leonel, que concebeu a plataforma como um todo e ainda uma tese relacionada à música e tecnologia. Também questiona não só os discos físicos e a desmaterialização, mas a condução que as redes de streaming, como o Spotify e o Deezer, fazem, e como os algoritmos tendem a conduzir o ouvinte para as mesmas coisas. Então, a gente queria oferecer uma outra alternativa de fruição, que a pessoa possa curtir nossa música, sem necessariamente ter que passar pelo disco físico, pois os players já estão inexistindo, o mercado trancou esse formato, a partir do momento em que parou de se fabricar toca-CDs, os carros também já não vêm mais com toca-CDs, os computadores, que eram os últimos redutos de toca-CDs, agora já vêm sem os players de CD, a música já está toda indo para o sistema 01. Então, a gente admitiu que fazer um CD seria criar mais um lixo, talvez desnecessário, quando as pessoas pegam aquilo ali, passam para os seus arquivos digitais, e nem ouvem mais o CD, se não jogam fora, fica ali em uma prateleira guardada por sei lá quantos anos. Então, resolvemos pegar esse caminho de oferecer uma nova forma de audição e curtição. Porque a plataforma oferece, além do que você já disse, de ouvir lá dentro, baixar, se a pessoa quiser, mas também percorrer a vida de todos os artistas que fizeram o disco, que foi uma rede colaborativa muito grande, com 25 músicos, 40 artistas que fizeram parte do álbum. Então, se você entra na plataforma e clica no nome de cada artista que fez parte dessa obra, inclusive o Chomsky, você será direcionado às páginas dos artistas, Facebook, Soundcloud... Você pode ouvir todo mundo que participou do meu disco, como Kiko Dinnuci, Alessandra Leão, Rodrigo Coelho, Henrique Albino... Tem um monte gente, inclusive um monte de pernambucanos.. Estão todos lá na plataforma e a pessoa pode mergulhar nesse universo. E tem, também, clipe, making off, filmes que mostram o processo. É uma forma de oferecer uma experiência mais ampla do disco.



CONTINENTE Entre o Kastrupismo (2013) e o Ponto de mutação (2018), você produziu os dois discos de Elza – A mulher do fim do mundo e o Deus é mulher –, que tiveram uma grande repercussão. São discos que têm um discurso político importante, além de ter representado uma revolução estética na carreira de Elza. Em tempos de resistência e de luta pela democracia, qual a contribuição que você vê, especificamente, nesses dois discos?
GUILHERME KASTRUP Engraçado que A mulher do fim mundo, quando a gente começou a construir, foi pré-golpe, em 2014. Eu, pelo menos, ainda não tinha entendido essa articulação toda que estava sendo feita. A gente estava ali depois daqueles movimentos de 2013, de insatisfação, e uma campanha que era nítida contra a Dilma, mas eu ainda não tinha realizado isso. E não tinha uma intenção política mais clara. A mulher do fim do mundo foi, na verdade, mais um disco de encontro com essa turma de compositores paulistanos com quem convivo. Tivemos um encontro casual com ela, no disco do Cacá Machado, esse mesmo grupo e ela. O encontro deu faísca, porque quando ela ouviu os arranjos que a gente fez – principalmente pra Volta por cima – deu muita liga e ela falou: “Adorei essas guitarras no samba, bateria, rock’n’roll no samba.. adorei!”. Teve uma ligação inicialmente estética e de paixão nossa por ela, que não conhecia a turma. Quando eu falo em turma, me refiro a Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Marcelo Cabral, que formam o Passo Torto, que fazem um som muito poderoso, com uma construção muito bem-feita da estética deles e da música contemporânea paulistana. Mas também uma turma mais ampla, Celso Sim, Cacá Machado, pega também Tulipa, Maria Beraldo, Mariá Portugal. Esse primeiro disco foi muito de amor, de paixão, e a proposta era simplesmente fazer um disco em que os compositores compusessem para a Elza. E esse conteúdo político-social veio naturalmente com esse pedido, sem nenhum briefing nesse sentido. Naturalmente, quando eles compuseram essas músicas para Elza, sempre acabaram se remetendo a questões da mulher, questões da raça, questões LGBT, do movimento negro, que a Elza sempre defendeu. Foi uma coisa natural no processo de composição deles, sem que houvesse alguma condução ou indicação nesse sentido. E eu acho que a Elza é uma voz muito importante, ela amplificou muito o discurso de uma turma que é mais politizada, jovens conectados com assuntos mais contemporâneos, e que na voz dela ganharam uma amplitude muito grande. Não era uma coisa que eu esperava. O disco foi lançado nesse movimento, isso foi um afunilamento, um encontro muito grande do discurso do disco com os movimentos sociais, com um discurso muito crescente, com a coisa do golpe, que vem tentar oprimir o crescimento dessa fala de grupos que vêm sendo oprimidos durante tanto tempo.

No Deus é mulher, isso já foi uma coisa mais explícita, até porque os compositores já tinham sacado o tamanho da importância e da potência que é a caneta deles na voz da Elza. Acho que todos os compositores vieram com suas canetas mais afiadas, com discursos mais diretos e mais contundentes ainda, por conta da circunstância social, e por conta do poder que A mulher do fim do mundo teve de amplificar esses discursos.

Foram coisas que realmente mexerem muito com minha vida, foi um turbilhão gigantesco. Eu sou uma outra pessoa, um músico totalmente diferente do que eu era antes de ter passado por esse processo todo, de engrandecimento em muitos níveis: musical, artístico, pessoal, de encontro com as falas desses diversos grupos, de estar ali no meio desse turbilhão.

CONTINENTE Eu ia te perguntar justamente isso, pois A mulher do fim do mundo trouxe muita visibilidade, ganhou Grammy Latino, foi elencado pelo New York Times como um dos 10 melhores discos do ano. E acredito que o “passe” de Guilherme Kastrup ficou mais valorizado como produtor. Então, como foi pra você esse processo como músico e produtor, em termos de aperfeiçoamento e com tudo o que esses discos te trouxeram?
GUILHERME KASTRUP Então, como eu já tinha dito, foi um engrandecimento gigantesco. Eu costumo dizer que entrei no “Furacão Elza” e saí do outro lado, totalmente diferente. Não foi uma passagem simples, foi um furacão em diversos sentidos: a convivência com ela, com essas questões todas, do feminismo, do movimento negro, dos movimentos LGBT, do qual eu já fazia parte um pouco mais próximo do que os outros. Mexeu e me modificou muito. E profissionalmente também, com o nível de exposição que esses discos me deram, uma projeção muito maior do meu trabalho, isso me possibilita outras coisas, inclusive um certo impulsionamento da minha carreira autoral.

CONTINENTE Como começou teu trabalho como produtor?
GUILHERME KASTRUP O primeiro disco que eu assinei sozinho foi da Andréia Dias, de São Paulo. E o primeiro disco que assinei em conjunto com o Swami Jr. foi de um pernambucano, que é o Ortinho, o disco Ilha do destino. É um disco que eu me orgulho muito, que acho muito foda, muito legal. Eu tocava com o Ortinho quando eu comprei o meu primeiro sistema de gravação. Eu já ficava muito fuçando nos estúdios, nessa época eu trabalhava com o Arnaldo Antunes, Chico César, já gravava bastante. Toda vez que eu ia gravar, já ficava “namorando” os produtores, Chico Neves, Alê Siqueira, a turma com quem eu trabalhava na época, e ficava aprendendo ali, de ficar vendo a turma trabalhar, encantado com esse processo de estúdio. Comecei a fuçar um pouquinho de acústica, microfonação, essa parte de gravação. Quando eu estava tocando com o Ortinho, comprei o meu primeiro Pro-Tools, aí o Ortinho: “Vamo produzir o meu primeiro disco, caba!”. Mas eu disse: “Eu não sei nem mexer nisso, vou aprender, me alfabetizar aqui no Pro-tools”, e aí começamos a produzir.



CONTINENTE Você falou que há alguns pernambucanos no disco. Como é que tem sido essa tua aproximação com a música e com os músicos pernambucanos?
GUILHERME KASTRUP A música de Pernambuco é algo que sempre mexeu muito comigo, desde que eu conheci, pela primeira vez, na época em que eu fazia faculdade de Música e vim passar Carnaval aqui. Quando eu vim, entendi que isso aqui tem o valor de um mestrado, de um doutorado. Quando eu caí aqui, percebi que tudo o que eu queria saber sobre música estava acontecendo aqui, no meio do Carnaval, e pra mim era mais significativo até o conhecimento que eu estava tendo em quatro dias de Carnaval do que em um ano de faculdade. Quando eu vi os mestres tocando e a quantidade de músicas que eram feitas de forma espontânea, fiquei muito apaixonado. Eu saía com um gravador e um bloquinho de notas, anotando as claves de cada maracatu, de cada cavalo marinho, caboclinho, de cada instrumento, percorrendo todas as manifestações, brincadeiras e folguedos que eu podia, buscando os lugares... Tive, realmente, uma paixão muito grande. A música pernambucana está na minha música desde que eu comecei a fazer as primeiras coisas. Kastrupismo, mesmo, tem muito de música pernambucana.. Tem perré, frevo, caboclinho... E agora, em Ponto de mutação, está mais presente do que nunca, seja com os músicos, seja com os gêneros que já trago em mim.

LEONARDO VILA NOVA, jornalista e músico.

JONATHAN LIMA tem 18 anos e é estudante de Fotografia.

Publicidade

veja também

“O que eu ouvia é que isso não era uma profissão” [parte 2]

“O que eu ouvia é que isso não era uma profissão” [parte 1]

“Arte demanda um completo sacrifício”