Entrevista

"Eu nunca gostei de trabalhar sozinho"

Nome frequentemente associado à renovação da música brasileira e ao grupo Metá Metá, Kiko Dinucci conversa com a Continente Online sobre ser um artista coletivo, e de várias linguagens

TEXTO ERIKA MUNIZ

26 de Fevereiro de 2018

Kiko Dinucci é multiartista: importa a poesia e depois o instrumento para fazê-la acontecer

Kiko Dinucci é multiartista: importa a poesia e depois o instrumento para fazê-la acontecer

Fotos Ricardo Moura

[conteúdo exclusivo Continente Online | fevereiro 2018]

Kiko Dinucci cresceu
ouvindo artistas como Roberto Carlos, Alcione, Beth Carvalho e Edith Veiga na vitrola de sua mãe, durante a infância em Guarulhos (SP). De seu pai, legou o contato com a música caipira. Alguns anos mais tarde, sua irmã mais velha começou a ouvir rock nacional – Ira!, Ultrage a Rigor, Titãs – e depois ela levou para casa um disco dos Ramones que fez o irmão descobrir o punk. "Misturei tudo isso. Sozinho, descobri o metal",  relembra.

Referências musicais dessa mente inventiva – e nome frequentemente associado à renovação da música brasileira – não se findam. É de uma espécie de amálgama entre diversas linguagens artísticas – cinema, música, literatura  e artes visuais – que suas criações acontecem. Quem conhece o trabalho de Dinucci com Metá Metá, Passo Torto ou no Cortes curtos talvez nem imagine que, quando criança, até se tentou aprender violão, mas a maneira dura de quem tentou o ensinar não funcionou. Ao menos não naquele momento e isso acabou o afastando do instrumento por um período. "Peguei raiva e ele ficou anos encostado."

Esse tempo se prolongou até a adolescência, pois por volta dos 12 anos, época na qual ouvia muito heavy metal e já era fã do Sepultura, teve vontade de tocar guitarra. "Lembro que gostava do Max Cavalera e ele tinha uma guitarra com quatro cordas apenas. Eu olhei para o meu violão antigo e também tinha quatro cordas. Pensei: 'Vou começar a imitar o Max'", conta. Daí, começou a tirar as músicas sozinho e, mesmo com o violão quebrado, foi descobrindo. "No momento em que eu peguei o violão e comecei a tocar do meu jeito, com a minha afinação, e curtindo tocar, foi quando a música entrou, sabe? Peguei gosto cada vez mais, mas, em nenhum momento, eu achei que ia ser profissão. Não me sinto 100% músico. Sei tocar instrumentos, mais ou menos. Inventei o meu jeito de fazer música porque não sabia tocar que nem os outros. Mas não me considero músico. Se um dia encher o saco de música, vou fazer outra coisa", diz entre risadas.

Por um certo apreço aos processos e encontros, o fazer artístico pode ser não somente resultados; o que Dinucci produz parece ser carregado de envolvimento, mas também de certa leveza. Em entrevista à Continente Online, logo após sua participação na mesa Mainstream para quê?, do Porto Musical, no Recife (ele vive em São Paulo), ele contou sobre suas influências artísticas, seus processos criativos, o mercado fonográfico e a maneira peculiar com que se relaciona com as artes. Leia a seguir. 

CONTINENTE Depois de participar de vários álbuns, com muitos artistas, você lançou o Cortes curtos, que é o seu primeiro solo. Pretende esperar mais um tempo assim para um próximo?
KIKO DINUCCI O Cortes curtos ser considerado o primeiro solo deve ser porque é um álbum que eu canto todas as músicas, que tem menos participações do que os outros, mas é o mesmo pessoal que toca no Passo Torto, no Metá Metá. Eu sempre fiz discos coletivos e o Cortes curtos é assim também. Tudo bem que teve um momento de criação que foi muito eu sozinho, mas na hora que levantei o disco, foi muito coletivo. Então, não consigo dissociar a coisa solo da coletiva. Por exemplo, tenho um disco de 2008, Kiko Dinucci e Bando Afromacarrônico, e já era um nome como artista do disco. Não era só Bando Afromacarrônico, então poderia falar, na época, que era um disco solo. Chico Science e Nação Zumbi não era disco solo do Chico, Pedro Luís e a Parede não era um disco solo do Pedro Luís... Acho que fiz tanta coisa coletiva e sempre fui muito cobrado: "Quando vai sair seu disco?". E saiu. Faz sentido, realmente aparece a guitarra e minha voz mais à frente, mas eu posso fazer um disco solo amanhã e ele também pode ser colaborativo como todos os outros. As pessoas sentem necessidade de catalogar: "Isso é punk, isso é samba, agora é um disco solo, um disco de carreira, um disco experimental". A Juçara [Marçal], o disco solo dela é o Encarnado, mas já tinha feito discos com a Baca, o Metá Metá, com o Vésper, o Padê, comigo. O Padê é um disco solo de dois artistas? Não dá para saber. A gente é muito confuso, então, já desisti de querer botar as etiquetas.


Cortes curtos. Imagem: Reprodução

CONTINENTE Como você falou, seu trabalho tem muito de coletividade. Me fala um pouco disso.
KIKO DINUCCI Eu nunca gostei de trabalhar sozinho. Discordo um pouco daquela coisa do artista tipo o Prince, que entra no estúdio e grava um disco inteiro sozinho tocando baixo, bateria, guitarra, teclado, percussão… Acho genial, lógico é louvável quem consegue, Prince sempre foi um gênio, mas eu sempre gostei da coletividade. E hoje com a tecnologia, é mais fácil trabalhar sozinho. Você abre uma pista no computador e vários canais, cada canal você vai preenchendo e vai conversando comigo. É como se eu estivesse falando no celular para mim mesmo, mandando mensagem no celular para mim mesmo. Sempre gostei da parceria, da pessoa propor uma ideia, o outro responde e você responde outra coisa depois. Sempre gostei do trabalho colaborativo e coletivo. Acho que te leva a lugares que você não pensaria sozinho.

CONTINENTE Durante a mesa Mainstream para quê?, no Porto Musical 2018, você falou que gosta da internet como meio de divulgação, porque seu trabalho circula e se propaga bastante. Isso conversa com as respostas do público, eles comentam nos vídeos, compartilham; inclusive o Metá Metá venceu o Prêmio Multishow de Música compartilhada…
KIKO DINUCCI A internet virou nossa principal mídia. É uma mídia como era a TV e o rádio, só que a gente gerencia, a gente sobe os nossos vídeos no Youtube. Não é a gravadora, a gente não tem gravadora. Então, a gente meio que acaba administrando tudo. Internet é democrática nesse quesito. Se você quiser fazer seu site, você faz. Se você quiser fazer sua página no Youtube, você faz. Se você mesmo quiser fazer o vídeo, editar e subir, você sobe. De repente, você começa a ser bombardeado por anúncios, de repente o site muda o jeito de trabalhar. Por exemplo, o Metá Metá tem a página oficial no Facebook, a gente tem uma quantidade boa de seguidores. Quando a gente botava um post de um show, em menos de uma hora tinha 300 curtidas. Hoje, a gente posta, aparecem 10 curtidas porque o Facebook agora está prendendo um pouco as informações, para a gente ter que anunciar pagando. Então, as mídias vão mudando, vão copiando os meios tradicionais. Vão pegando os vícios comerciais da TV e do rádio. Eu tô sentindo falta da coisa mais física, de colar cartaz na rua. Acho que vai ter que voltar a fazer isso.

CONTINENTE Dentre os artistas independentes, o Metá Metá não seria mainstream?
KIKO DINUCCI Ah, se for dentro do mainstream independente a gente pode ser mainstream. Mas aí tem níveis. Tipo Marcelo Jeneci, Tulipa, Criolo, Baiana (System), eles têm um lugar no mainstream que o Metá Metá não tem. Mas a gente tem um público maior que muitas bandas. Então, tem escalas de mainstream no indie e tem escalas de mainstream no próprio mainstream. O Roberto Carlos tem uma popularidade diferente da Marisa Monte, que tem uma popularidade diferente do Amado Batista. Não dá para falar isso é mainstream e ponto final.


Metá Metá. Foto: Divulgação

CONTINENTE Você já afirmou sobre o Cortes curtos: ‘Ele é mais filme que disco’, que foi inspirado no filme de Robert Altman e o disco conta com as participações das escritoras Anna Zêpa e Sinhá nas composições. Ano passado, o Metá Metá fez a trilha sonora do Gira [espetáculo do grupo de dança mineiro Corpo]. Como essa mistura de linguagens artísticas reverbera na sua criação?
KIKO DINUCCI Eu nunca fui só da música. Sempre fui da música vírgula outras coisas. Por exemplo, a coisa visual do Metá Metá e do Passo Torto, eu que faço os flyers, as capas de disco. Isso fica muito na minha mão porque é uma coisa que tenho prazer em fazer. Hoje em dia, a gente tem uma identidade visual que vive muito em função dos desenhos, das artes que eu faço. Isso me dá um respiro. Acho que se eu fosse só músico, não seria feliz. Preciso respirar, beber em outras fontes de literatura, cinema, artes visuais. A minha música necessita beber dessas fontes. Então, quando eu começo a lidar com a criação, nunca penso direito o que vai ser, se vai ser música, se vai ser filme, é como se viesse antes a poesia, depois você vai ver qual instrumento poético vai usar para botar isso em frente. Estou sempre aberto, gosto da experiência artística. Por exemplo, com o grupo Corpo, a gente fez a trilha, entregou e eles criaram coreografia, figurino, cenário, estética visual, os cartazes. Tudo a partir da música, a música não era mais o ponto final, foi só o começo de uma edificação. E daí você ver a coisa inteira construída junto com a música é muito prazeroso e surpreendente.

CONTINENTE Atualmente tem tido uma movimentação entre artistas de Pernambuco. Eles se frequentam, vão aos shows uns dos outros, fazem participações e até espetáculos assim, como o Reverbo [organizado por Juliano Holanda] e A dita curva. Essa movimentação também tem rolado lá em São Paulo?
KIKO DINUCCI Não é sempre que ocorre, embora tenha uma cena lá, as pessoas se conhecem, se respeitam. Aqui, por exemplo, o Juliano [Holanda] tem o trabalho dele, mas, daí, ele convida uma cantora e faz o show junto. Ele vai tocar guitarra. Eu assisti ele tocando guitarra no show do Jr. Black. É uma coisa colaborativa. Lá em São Paulo, na minha turma (eu, Rodrigo Campos, Juçara Marçal, Thiago França, Rômulo Fróes), você vê artistas tocando com outros músicos da cidade. Vejo o pessoal do Cidadão Instigado tocando com várias pessoas. Às vezes, o Fernando Catatau está tocando com a Karina Buhr, o Rian Batista está tocando com o Otto... Mas, no grosso, não vejo tanta troca. Só se for uma atração principal com outra atração principal. Mas esquecer entre aspas a carreira do artista e ser o guitarrista do show do amigo dele. "Tô aqui colaborando, vou tocar no seu disco, quando eu fizer o meu, vou te chamar também." Disso sinto um pouco mais de falta, rola em São Paulo, mas acho mais tímido. É massa essa cena na qual o Juliano frequenta porque a gente vê as pessoas tocando sempre. Sempre acompanho no Facebook, ele sempre está metido em alguma coisa, tocando e fazendo a coisa girar. É assim que as cenas se criam, né? Tem que ter essa coisa de colaborar.

CONTINENTE Falei daqui do Recife, mas na Bahia também tem a cena com Baiana System, Baco Exu do Blues, Larissa Luz, Luedji Luna e outros artistas… Isso fortalece.
KIKO DINUCCI Sim, tem que juntar, tem que tocar juntos… Cena é assim, precisa de um monte de coisa, de lugar para tocar. Esse lugar pode ser uma casa de show, um centro cultural, uma galeria, uma escola, biblioteca. Tem que ter lugar para tocar, tem que ter festival, tem que ter bandas, produtores e todo mundo se conhecer, é assim que nasce a cena. Uma banda só estourando e caminhando sozinha é muito difícil.

CONTINENTE Algumas bandas no início da carreira ou que ainda estão conquistando seu público aceitam tocar nos festivais, muitas vezes até com pouco cachê, mais pela divulgação e circulação de sua música. O que você acha disso?
KIKO DINUCCI Eu acho que as bandas têm que ser flexíveis. Lá em São Paulo todo mundo se baseia muito no cachê do Sesc, que não é alto, é digno. Só que se eu for tocar numa cidadezinha, não posso pedir o cachê baseado no cachê do Sesc. A gente tem uma produtora que trabalha com a gente, mas é sempre em parceria. A Juçara marca show, eu marco show, o Thiago marca show, a produtora marca também. A gente tem um e-mail nosso e chega a proposta e, às vezes, a pessoa fala: "Ó, é uma cidade pequena, tenho um espaço pequeno que vai caber só 100 pessoas". A gente negocia, tenta organizar e até pergunta: "Pode ir só o trio?". Violão, sax e voz, a gente tem esse formato também. Acho interessante as bandas serem flexíveis, ter vários formatos. Se não dá para ir oito, então leva quatro.

CONTINENTE Ah, você diz de flexibilizar também o formato, né?
KIKO DINUCCI Fica impossível uma banda com 10 músicos e a pessoa fala que só tem R$ 3 mil ou R$ 1.500, ou só tem o dinheiro das passagens. Com uma banda de oito pessoas, não dá nem para as passagens. Por exemplo, eu vim tocar no Coquetel Molotov e vieram só os três músicos. Não veio roadie, não veio técnico, beleza, vamos se autoproduzir. Ainda fizemos show em João Pessoa para conseguir mais cachê e é isso. Flexível não é só na hora de negociar. A negociação de cachê também vai vendo o formato que se pode levar, analisar o tamanho do lugar que vai tocar, a quantidade de pessoas, quantas vão pagar. Se é uma parceria, se o organizador está junto com a gente…

CONTINENTE E sua relação com a música pernambucana? Você já tocou com Alessandra Leão, Rodrigo Caçapa...
KIKO DINUCCI Eu como um cara de São Paulo, do Sudeste, sabia o que era Recife até o Chico Science. Lógico que eu conhecia Alceu Valença, mas Chico Science e Nação Zumbi, Manguebeat, Mestre Ambrósio, para mim, aquilo foi a descoberta de um mundo. Na mesma época, eu estava ouvindo as coisas da Bahia, como Timbalada na época do primeiro disco. Era assim, Da lama ao caos e o primeiro do Timbalada. Foi uma descoberta. É engraçado que São Paulo descobriu o rap nos anos 1990, que também era uma coisa escondida. Quando estourou, era uma coisa que já estava em todas as periferias. O funk carioca é um pouco assim. Desde essa época, sou admirador, vou atrás, vou em show, começo a ter uma amizade mesmo. Você citou a Alessandra Leão, que é minha amiga desde o Myspace, a gente se conheceu lá. Um gostou do som do outro, começou a conversar, aí curtia sons parecidos. Caçapa foi revolucionário para mim. Ele me mostrou um jeito de fazer música que eu até então desconhecia, nunca tinha tentado fazer. Uma coisa da polifonia, dos contrapontos, de ter três guitarras e cada um fazer uma frase, e a Alessandra cantando em cima. Isso, para mim, foi muito revolucionário. Depois, eu casei com uma pernambucana também, então, me sinto parte daqui da cidade também.


Kiko Dinucci e seus vinis. Foto: Ricardo Moura

CONTINENTE Diz um disco bem incrível…
KIKO DINUCCI Estudando o samba, do Tom Zé.

CONTINENTE O que você tem escutado?
KIKO DINUCCI Eu tô gostando bastante do Baco Exu do Blues, mas o que me causa mais espanto, hoje em dia, é um rapaz chamado Edgar. Ele é da minha cidade, Guarulhos. MC, mas totalmente livre de gêneros. Ele canta rap também, mas canta qualquer outra coisa e toca e exerce a poesia dele. Antes de qualquer coisa, é um poeta livre que sabe se expressar, tem a voz legal, tem flow e sabe recitar de um jeito muito próprio, rítmico e inventivo. Ele me deixa muito esperançoso até para o rap. Eu sempre reclamo que acho o rap do Brasil muito regrado, com medo de ser ousado. Diferente do rap lá de fora, de onde a gente ouve coisas malucas. O Brasil criou uma coisa meio religiosa e com muitos tabus. O Edgar está acima dos gêneros musicais, acima dos formatos convencionais que a gente conhece de um artista. Tenho certeza de que a gente vai ouvir falar muito dele. Aliás, já ouve, ele está gravando um disco agora com o Pupillo, a família toda dele é pernambucana, ele é o único filho que não nasceu aqui e vai contribuir muito para a música do Brasil todo.

CONTINENTE Como são seus processos criativos?
KIKO DINUCCI Ah, cada vez é de um jeito. Para desenho é de um jeito, para filme é outro. Gosto de ter uma ideia inaugural que não é muito bem-definida. É uma coisa meio de pular no abismo, não sei direito, e depois começa a investigar, trabalhar, trabalhar, mexer. Eu lembro o Tom Zé falando uma vez que ele não era compositor, que ele era japonês e ninguém entendeu, né? Aí ele explicou que o cara vai tocar choro no Japão. Começa a comprar disco de choro de Jacob do Bandolim. Começa meio desajeitado, mas trabalha e chega num resultado. Às vezes, toca até melhor que um brasileiro. Quando eu vi o Tom Zé dizendo isso, me identifiquei muito. É isso: pegar uma ideia e trabalhar. Não dá para a ideia ficar só no campo da ideia, senão ela morre. Vai parar em outro lugar, elas ficam pairando por aí. É legal sempre fazer. Tenha a ideia na cabeça, trabalhe que vai dar em coisas boas.

CONTINENTE Como você consome música hoje?
KIKO DINUCCI Vinil! Gosto de ficar fuçando meus discos. Pego um disco que eu não ouço faz tempo. Tem uns que sempre ouço. Eu e minha companheira, a gente tem uns discos e seus hits.


Kiko com um de seus discos favoritos. Foto: Ricardo Moura

CONTINENTE Tipo qual?
KIKO DINUCCI Na fonte, da Beth Carvalho! É um disco muito interessante. A Beth Carvalho dá uma renovada na carreira dela porque tava convivendo muito com o pessoal do Cacique de Ramos, Fundo de Quintal, Almir Guineto e toda turma lá. Eles tavam botando um jeito novo de botar samba, talvez seja o último jeito novo de tocar samba que foi feito no Brasil assim com propriedade, agressividade. Fundo de Quintal foi uma coisa assustadora para a época, era muito novo tocar samba daquele jeito lá. O pagode dos anos 1990 vem disso, né? Mas eu considero menos impactante porque já é uma releitura do samba do Fundo de Quintal, misturada com outras coisas, com música pop americana. O Cacique de Ramos dos anos 1980, o próprio Zeca Pagodinho era muito inovador. Daí, a gente adora esse disco da Beth. Tem as canções boas, os caras tocam muito. Nunca fui tão fã da Beth e esse disco acho maravilhoso, descubro coisas novas a cada vez que escuto.

CONTINENTE E rola ciúmes com os vinis?
KIKO DINUCCI Não, já perdi muito disco porque eu empresto e não devolvem ou arranha, fica sujo, a capa fica ruim. Não empresta disco para mim que eu não cuido muito. [risos]

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Ouça Cortes curtos:

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