Edição #183

Março 16

Nesta edição

Chico Science

Ele está nos muros da cidade, na Rua da Moeda, em camisas, pôsteres, infinitos vídeos de YouTube, suvenires da Casa da Cultura. Está também na Rua da Aurora, na casa de Mabuse, de Jorge Du Peixe, do DJ Dolores. Está em objetos icônicos, como o chapéu de palha em formato de “coco” ou os grandes óculos escuros, que passaram a ter vida própria após Chico Science. O compositor e músico, cuja inquietação musical nasceu no Bairro de Rio Doce, em Olinda, e foi parar no Japão, faria este mês 50 anos.

Apesar de seguir onipresente, o mito que se fez de encontros e acasos jamais havia figurado em uma capa da Continente, nestes 15 anos da revista, embora tenha sido assunto de várias matérias especiais. Para quebrar o jejum, dedicamos a capa e 12 páginas desta edição à trajetória de Chico e seus companheiros. Companheiros de músicas que ouviam juntos e de ideias processadas a partir do que se tinha à mão na Região Metropolitana do Recife do início dos 1990. Quase nada: uma Rádio Universitária, revista cultural estrangeira comprada no aeroporto… Como reporta o jornalista Bruno Nogueira, que assina duas matérias do especial, “Chico ia pintar miséria com a internet”, citando frase de H.d. Mabuse, um dos cérebros do manguebeat. O que faria Chico se tivesse tido acesso a plataformas de streaming, como o Spotify, e a redes sociais, como o Facebook? E como teria sido o desdobramento da “música pernambucana” se não tivesse ido embora tão cedo? Essas perguntas permeiam o texto de Bruno, não no intuito de respondê-las, mas de nos fazer olhar criticamente para nossa história e o que hoje se passa no estado.

Além da matéria de capa, também rendemos uma homenagem de aniversário a outro pisciano: o comediante norteamericano Jerry Lewis, que completa este mês 90 anos. Parabéns aos mitos! Eles vão além das datas.

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