Entrevista

"'Amigos de risco' é um retrato de uma masculinidade muito patética"

O pernambucano Daniel Bandeira fala sobre a saga do seu primeiro longa para entrar em cartaz, 17 anos depois de rodado, e como ele pode ser entendido pelo público em pleno 2022

TEXTO Luciana Veras

06 de Junho de 2022

Daniel Bandeira

Daniel Bandeira

Foto Helder Lopes/Divulgação

[conteúdo exclusivo Continente Online]

“Estou numa ressaca boa”
, diz Daniel Bandeira logo no começo da conversa com a Continente. Faz sentido: poucos dias antes, seu primeiro longa-metragem ficcional, Amigos de risco, havia estreado no Cinema São Luiz e em outras salas do Recife (e do país). Se lançar um filme já é um ato de luta e resistência neste 2022 em que a produção cinematográfica do país segue estacionada (sem Ministério da Cultura e financiamento, como seguir em atividade?), imagina exibir uma produção rodada em 2005, selecionada para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2007 e depois “desaparecida” até 2015? “Tudo que envolve Amigos de risco é bem bizarro”, reconhece o roteirista, montador e diretor.

As latas com a cópia em 35mm do filme foram extraviadas por uma companhia aérea em 2008. Depois de anos de contendas judiciais, um acordo foi feito e Amigos de risco pôde voltar a ser apreciado na tela grande, na edição de 2015 da Janela Internacional de Cinema do Recife. Um outro setênio, contudo, decorreu até que o longa pudesse, efetivamente, entrar em cartaz. Agora, nesta primeira semana de junho, chega às salas do Rio de Janeiro e de São Paulo, enquanto segue em exibição por aqui, nas salas do Cinema da Fundação, no Derby, e no Museu, em Casa Forte – o São Luiz foi fechado para reformas na semana passada e deve permanecer de portas cerradas por seis meses.

No enredo, três amigos – Joca (Irandhir Santos), Nelsão (Paulo Dias) e Benito (Rodrigo Riszla) – marcam de se encontrar numa noite na capital pernambucana. Morando fora da cidade há um tempo, Joca quer rever seus parceiros de outras noitadas. Porém, a alegria se transforma em caos quando ele passa mal e, “sem dinheiro, transporte ou comunicação”, como reforça o material de divulgação, seus amigos precisam literalmente carregá-lo em uma longa jornada madrugada adentro.

Para Daniel Bandeira, embora seja possível recalibrar a lente para mirar Amigos de risco agora, quinze aos depois, o filme já trazia um olhar para “esse mal-estar da masculinidade”. “É uma coisa meio de tragédia grega, de pico de prazer, em que os homens se divertem, fazem tudo e caem por esse signo de masculinidade suburbana. O filme já vislumbrava um beco sem saída nas relações pessoais, nessa masculinidade suburbana dos pequenos grupos que se juntam entre si e têm seus códigos bem estabelecidos de macheza, sabe?”, comenta.

Nessa entrevista para a Continente, ele falou, também, sobre atualizações necessárias e as revisões propiciadas pelo tempo, Amigos de risco como uma jornada de amadurecimento para os personagens e para todos os envolvidos na produção e seu segundo longa, Propriedade, que deve estrear no segundo semestre.

CONTINENTE Como foi a sessão de estreia no São Luiz?
DANIEL BANDEIRA Estrear um filme é sempre muito forte. É uma palavra que chega aonde tem que chegar, que é no público. Considerando todo o histórico dos problemas de Amigos de risco, todo o tempo que ficou sem dar as caras, considerando toda essa situação também, em que estamos saindo da quarentena e reencontrando as pessoas e o mundo, acho que o efeito desse lançamento tem sido muito forte. Tanto a sessão do São Luiz como a sessão da Fundaj, quando houve um debate, sinto que foram momentos de muita força.

CONTINENTE Vamos recapitular o que aconteceu nos últimos sete anos, pode ser? Em 2015, houve a exibição de Amigos de risco na Janela de Cinema. Como foi essa travessia de lá pra cá?
DANIEL BANDEIRA Bem, em 2015 chegamos ao final do processo judicial com a companhia aérea que extraviou os rolos de filme em 35mm… Sim, foram aqueles rolos de 20kg que foram perdidos. Entramos num acordo, na verdade, e conseguimos os recursos necessários para fazer a remasterização do filme. Então, se o filme saiu primeiro em 35mm, depois daquele momento,  pude, a partir dos arquivos do Final Cut (um software de edição de vídeo), recapturar o material que existia em miniDV, que foi o suporte original do filme. Ao conseguir recapturar, estava a montagem toda prontinha lá. Aí passamos por uma correção de cor, pela Dub Colour, com Pablo Nóbrega, que tinha sido assistente de câmera de Pedrinho Sotero nas filmagens – e nesse momento, voltou como uma espécie de resgatador. Essa cópia que foi exibida em 2015 já estava remasterizada, com correção de cor nova, com a mixagem original que aproveitamos da master do som.


Amigos de risco (que trás Jr. Black e Irandhir Santos no elenco) foi rodado em 2005, exibido em festivais em 2007 e 2008, depois, extraviado por uma companhia aérea, sendo resgatado apenas em 2015. Foto: Frame 'Amigos de risco'/Divulgação

CONTINENTE É o mesmo filme que está em cartaz agora?
DANIEL BANDEIRA Sim, é o mesmo filme. O que aconteceu é que, depois daquela exibição na Janela de Cinema, eu me vi nessa situação de estar em um mundo completamente diferente, com um mercado exibidor completamente diferente, com padrões completamente diferentes. E me vi sozinho nessa ponta da distribuição. Produzir e pós-produzir sozinho, ok, mas, na distribuição é um outro jogo. Eu não só não sabia o que fazer com o filme, como também não fazia ideia de como jogar esse filme no mercado. E olhe que nem havia a pandemia a se considerar. A minha dúvida era: que mundo é esse que vai receber esse filme e essa temática agora?

CONTINENTE Até porque estamos falando de uma obra que foi rodada quando? 2005 ou 2006? Para ter estreado em Brasília, em 2007?
DANIEL BANDEIRA
Filmamos em 2005. Aí, fomos para Brasília em 2007. O filme passou em 2008, no Cine PE – Festival do Audiovisual de Pernambuco, e depois, Pedro Pinheiro (então gerente de programação do Grupo Severiano Ribeiro em Pernambuco) pediu para exibir uma sessão especial no (Shopping) Tacaruna. E depois aconteceu o extravio dos rolos. E é muito louco, né? Hoje, nesse momento de lançamento, cai a ficha de como um monte de coisa na minha vida, e na minha carreira, ficaram relacionadas a essa ausência. E que essa ausência nunca me deixou, na verdade.

CONTINENTE E imagino que tenha estado com você quando rodou seu segundo longa, Propriedade, em 2018.
DANIEL BANDEIRA É como eu te disse: essa ausência esteve sempre comigo. E depois desse lançamento, ou relançamento, em 2015, eu não sabia o que fazer com o filme. Aí recebi o apoio fundamental de Kika Latache e Lívia de Melo, da Vilarejo Filmes, que abraçaram Amigos de risco e encamparam o projeto de distribuição para o Funcultura. Quando foi aprovado, entrou a Inquieta para distribuir, e deu início a esse trabalho de capilarização do filme. No dia 19 de maio, entrou em sete ou oito salas, duas aqui no Recife e em mais cinco cidades: Palmas, Manaus, Fortaleza, Aracaju e Maceió. Agora, nessa semana, vai entrar em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

CONTINENTE Assim como o filme mostra o arco dramático do trio de personagens, que não terminam a narrativa da mesma maneira que começaram, também espelha uma jornada de amadurecimento das pessoas envolvidas com ele. Tem muita gente que esteve ali, em 2005, e hoje já tem seu nome consolidado, a exemplo da preparadora de elenco Amanda Gabriel, do diretor de arte Juliano Dornelles e do diretor de fotografia Pedro Sotero.
DANIEL BANDEIRA É interessante você colocar dessa forma, porque eu acho que é uma jornada de amadurecimento dos personagens, sim, e também do nosso próprio amadurecimento, nosso pessoal e profissional daquele grupo de amigos que estava se inserindo no audiovisual naquele momento. Acho bem preciso isso. Hoje, muita gente tem me perguntado o que mudou de lá pra cá… Eu acho que a cidade não mudou tanto, nem a nossa relação com a cidade mudou.

CONTINENTE Mas você não acha que o Recife ficou mais hostil?
DANIEL BANDEIRA Sim, continua hostil e essa hostilidade se intensificou, ainda mais com os ímpetos tecnológicos, como o Uber, o 4G e o PIX. Tudo isso mudou a forma como vivemos e como acontecem os problemas retratados no filme. A forma com nós nos relacionamos com a cidade, com o sistema, talvez colocasse o filme para ser visto e pensado como um “filme de época”. Agora, o que mudou realmente foi a lente com que a gente vê o que acontece no filme, principalmente a questão de gênero. Isso me pegou muito forte, aliás, vem me pegando à medida que o tempo passa. Pois tenho consciência dos debates de gênero e de como Amigos de risco é um retrato de uma masculinidade muito patética, muito em crise consigo mesmo. Já havia esse mal estar da masculinidade naquele tempo, naquela época já se captava isso; é uma coisa meio de tragédia grega, de pico de prazer, em que os homens se divertem, fazem tudo e caem por esse signo de masculinidade suburbana. E o filme já vislumbrava um beco sem saída nas relações pessoais, nessa masculinidade suburbana dos pequenos grupos que se juntam entre si e têm seus códigos bem estabelecidos de macheza, sabe? Não falam entre si, não trocam seus problemas pessoais entre si, mas, “vale tudo pelos meus amigos e a comunidade que se foda”. Nesse sentido, o filme acabou num resgate de sua relevância nesse momento político em que a gente vive, de uma masculinidade caquética, em colapso total, que tenta viver desses bolsões de masculinidade de potência.


Daniel, no set de Propriedade, seu segundo longa, que deverá ser lançado ainda em 2022.
Foto: Helder Lopes/Divulgação

CONTINENTE Simbólico você falar de uma masculinidade caquética, em colapso total, no dia em que circula a notícia de um ex-namorado que tatuou, à força, seu nome no resto da mulher que o deixou.
DANIEL BANDEIRA Pessoalmente, eu tô meio que passando dessa fase da surpresa, sabe? É claro que fiquei chocado, mas vejo também uma relação muito explícita, e muito ideológica, entre essa notícia e o estado das coisas que a gente vive, esse estado de agonia do masculino. E isso é uma coisa que mudou bastante de 2005 para cá. Acho que muito também pela maior presença da internet, por essa discussão sobre o papel de gênero. Por mais que as mulheres sigam sendo atacadas hoje, também se posicionam e assim provocam uma reação dessa masculinidade tradicional, que é justamente de violência. Essas tomadas de posição machistas se tornam ainda mais evidentes porque o macho acusou e tem acusado o golpe e as porradas que ele vem levando.

CONTINENTE Daniel, você mexeu no filme? Essa versão que está em cartaz é igual àquela exibida na Janela de Cinema, em 2015?
DANIEL BANDEIRA Não mexi nem mudei nada. Quer dizer, mexi em alguns frames, que estavam corrompidos, aí dei um jeito. Mas eram, como disse, frames corrompidos. Pessoalmente, nunca quis mexer, sabe? Porque acho que isso tudo são as cicatrizes de batalha do filme. Até tive vontade de mudar a montagem, mas não achei que seria honesto.

CONTINENTE Voltando àquela ideia de uma jornada de amadurecimento coletiva, como você, dezessete anos para frente, avalia aquele momento de realização audiovisual que desembocou em Amigos de risco?
DANIEL BANDEIRA Aquela época em que filmamos Amigos de risco foi uma espécie de tomada de poder pelo proletariado. Estávamos começando a fazer cinema através do vídeo digital, que era a única possibilidade da gente produzir, e meio que contrabandeando o conhecimento e o modus operandi das produções da geração anterior: Cláudio Assis, Paulo Caldas, Lírio Ferreira e Marcelo Gomes. Íamos vendo como essa galera fazia cinema e éramos estimulados pela recepção que o cinema pernambucano já estava tendo na época. A gente se encontrava nessas produções e ia adaptando esse modus operandi para a nossa realidade, para nosso modo de fazer. Havia uma promessa tácita, entre a gente, que era algo assim: “Olha, a gente vai mostrar que é possível, que dá para fazer, dá pra montar uma carreira, uma outra forma de se fazer cinema, com uma narrativa um pouco diferente”. E assim, cada um poderia estourar. Era um sonho de grandeza.

CONTINENTE Mas um sonho de grandeza que, se naquela época poderia parecer somente isso, hoje se mostra profético, já que até mesmo Irandhir Santos, um dos atores mais talentosos e merecidamente celebrados da atualidade, também filmou ali antes de estourar em Baixio das bestas, que é de 2006.
DANIEL BANDEIRA É, eu sei, mas, à medida que o filme não sai, não acontece de uma certa forma, eu arco com essa dívida pessoal com a galera. Não tinha como não me sentir assim. Mas, cada qual usa seu próprio conhecimento para trilhar seu próprio caminho. Então, você hoje tem Juliano Dornelles como um diretor de arte estabelecido e codiretor de Bacurau. Pedrinho Sotero também fez a direção de fotografia de Bacurau e voltou a trabalhar comigo em Propriedade. Amanda Gabriel, uma excelente profissional, é queridona do circuito no eixo Rio-São Paulo. Jr Black é outro que manteve sua tradição de artista e ator. Irandhir, então… nem se fala. O curioso é que, muitos anos depois de Amigo de risco, ele veio fazer o Fim de festa, de Hilton Lacerda, e para o seu papel como um detetive da polícia, tinha que fazer um treinamento com arma. Aí, Irandhir caiu justamente para fazer o treinamento com Paulo Dias, o Paulinho, que é quem completa o trio dos amigos de risco no filme. Paulinho é a exceção: ele nunca mais atuou em nada, fez nada no cinema. Hoje, é delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP, e foi nessa quebrada que os dois se reencontraram, ele e Irandhir. Foi bom que Paulinho levou uma galera da polícia para ver o filme, na sessão do São Luiz, e eles disseram que a forma como ele aparece em cena é igual ao modo como se porta lá.

CONTINENTE Uma curiosidade: com que orçamento o filme foi rodado?
DANIEL BANDEIRA R$ 49 mil, em um patrocínio direto da Chesf, na época de Jair Pereira. Era um projeto de curta-metragem. O pessoal que vinha do set de Cinema, aspirinas e urubus, como o próprio Pedrinho Sotero, chegava com a vivência de set para nossas conversas sobre o que daria pra fazer, sobre métodos para enxugar a produção. Porque também tem o seguinte: a gente fazia vídeo digital, e os filmes nesse suporte eram relegados a horários alternativos dos festivais de cinema e vídeo. Não era considerado cinema, na verdade. Havia uma sede de fazer com que a gente fosse escutado, e isso viria através do formato de um longa-metragem. Tinha esse sede da galera, e essa sede foi saciada com a seleção de Amigos de risco para o Festival de Brasília. Agora, é bom lembrar que, mesmo em Brasília, muita gente ficou questionando se aquilo era cinema mesmo. Porque era vídeo digital. Da mesma forma que hoje tem gente perguntando: “Será que o filme gravado na vertical é cinema?” (risos). Cada tempo vai colocando suas cerquinhas, e tem as pessoas que pulam essa cerca. Naquele momento, foi a gente.

CONTINENTE Em 2018, você rodou seu segundo longa, Propriedade. Como você fez essa travessia nos dez anos que separam 2008, quando as latas de filme 35mm de Amigos de risco foram extraviadas, e aquele momento de voltar à direção de um longa?
DANIEL BANDEIRA Como eu lidei com essa ausência? Bem, depois de Amigos de risco, dirigi um curta solo, Tchau e bença, e também fiz codireções – estive com Pedrinho Sotero no filme dele, Sob a pele, e com Joana Gatis, em Soledad. Continuei fazendo montagens também, mas posso dizer que o que aconteceu afetou minha segurança pessoal no sentido de conduzir a direção de um projeto maior. Aí fiz essas colaborações, atuando em projetos já meio que finalizados. Quando fui resgatado por Kika Latache, surgiu também o momento de fazer Propriedade. E o interessante é que a gente quer estrear o filme ainda em 2022.

CONTINENTE E qual é a trama de Propriedade?
DANIEL BANDEIRA A personagem principal é uma mulher de alta sociedade que sofreu um sequestro relâmpago e, por isso, não sai mais de casa. Para relaxar, o marido compra um carro blindado e a leva para a fazenda da família. Quando eles chegam lá, existe um levante dos trabalhadores. Ela, que está totalmente alheia ao que está acontecendo com essa massa trabalhadora, decide então se refugiar dentro do próprio carro.

CONTINENTE Que elos você vê entre seus filmes? O que vincula Amigos de risco a Propriedade, por exemplo?
DANIEL BANDEIRA Acho que são duas coisas. Uma é a forma narrativa: eu escolho dias muito ruins, normalmente um dia inteiro, 24h, onde coisas muito ruins acontecem durante esse período de tempo, e os personagens são levados ao limite, pelo acúmulo de eventos ruins que acontecem ali naquele curto período. A outra é mais temática e tem a ver com o trabalho, na forma de se relacionar com o trabalho e como a gente vive esse trabalho hoje. Esse trabalho que anula o que a gente é, o que a gente quer ser… E a forma como a gente quer esse limite que o trabalho impõe à vida. Acho que esse é um tema que até nos próximos projetos me interessa.

CONTINENTE Daniel, você passou esse tempo todo sem estrear Amigos de risco e, agora que estreou, pode ser um dos raros realizadores brasileiros que vai lançar dois longas-metragens ficcionais no mesmo ano.
DANIEL BANDEIRA Pois é. Incrível e curioso isso, não é? Nesse momento, estou trabalhando na finalização da edição de som e da trilha sonora e fazendo a correção de cor com Pablo Nóbrega. Só que Pablo viajou, está morando em Lisboa agora, e veja só: ele fez o teste do DCP do filme numa sala de lá, com Américo Santos, que é do festival de Santa Maria da Feira. E estamos trabalhando juntos, eu aqui no Recife e Pablo lá em Lisboa. Antes, a gente morava a 1km de distância, mas não podia ficar se vendo por causa da pandemia. Agora que o cara está lá do outro lado do oceano, a gente se fala todo dia.

CONTINENTE E é uma pessoa que estava lá com você em Amigos de risco também.
DANIEL BANDEIRA Incrível. Com Amigos de risco, tudo é muito bizarro. A cada passo que o filme dá, é uma bizarrice.

LUCIANA VERAS, repórter especial da Continente e crítica de cinema.

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