Entre os dias 8 e 17 de outubro é possível conferir filmes brasileiros e de outros países, como Chile, França, Reino Unido, Quênia e Japão. "Nosso perfil sempre foi mais artístico e menos industrial e mercadológico. Buscamos oferecer ao público filmes que se destaquem por uma expressão pessoal marcante, autoralidade e uma estética artística evidente, nas mais diferentes técnicas", explica Júlio Cavani, curador do festival que é uma dos mais importantes do Brasil em seu segmento. Além das sessões, a programação dos nove dias de festival reserva mostras especiais, oficinas (inscrições já encerradas) para crianças, iniciantes e profissionais, além de masterclasses, entrevistas e painéis.
Premiando nas categorias Melhor Curta-Metragem, Melhor Curta Infantil, Melhor Curta Brasileiro, melhor Direção, Roteiro, Direção de Arte, Técnica e Som, a Mostra Competitiva conta com participação de 49 curtas de 26 países. Esses são os selecionados para a competição que teve mais de 1200 inscrições neste ano. Além dos prêmios ofertados pelo festival para cada categoria, a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) vai premiar com troféu o melhor curta brasileiro escolhido por um júri indicado pela entidade.
Dentro da Mostra Competitiva, destaque para três curtas brasileiros, que trazem a diversidade da produção nacional. Carne (2019), trabalho de estreia de Camila Kater, foi um dos curtas mais premiados em 2020, cujo enredo discute as relações de diferentes mulheres, de diversas idades, com seus corpos. Já o realizador Marco Arruda compete com o Magnética (2019), produzido pela Otto Desenhos Animados, que conta a história de uma cidade de seres desenhados que recebe a visita de uma entidade de materialidade desconhecida. E o brasileiro Rasga Mortalha (2019), de Thiago Martins de Melo, todo feito em stop-motion, se inspira na lenda da coruja Suindara para abordar as urgências sociopolíticas do Brasil. Assim como os demais filmes da programação virtual, os da Mostra Competitiva ficam disponíveis na plataforma: online.animagefestival.com.
Seguindo o modelo das edições anteriores do festival, o acesso é gratuito para todas as atividades. Nas sessões presenciais os ingressos começam a ser distribuídos na bilheteria uma hora antes da exibição do filme. Na semana atravessada pelo Dia das Crianças, há também programação presencial no Compaz Miguel Arraes, Zona Norte do Recife, nos dias 14 e 16 de outubro. Ainda para os pequenos, o festival exibe também, de forma online, a mostra Foi Assim e Foi Assado, com uma sequência de 13 episódios do programa infantil de animação.
Longa Yellow Fever, da Mostra Africana. Imagem: Divulgação
A já tradicional Mostra Erótica tem exibição realizada no Teatro do Parque na noite da sexta-feira, dia 15. Será exibida uma sequência de 11 curtas-metragens que ora sutis, ora mais escrachados, expressam através de diversos estilos de animação as diversas camadas do desejo sexual. Outra mostra aclamada pelo público do Animage é a Africana, com sete curtas selecionados pela curadora convidada Kalor Pacheco.
A programação ainda traz seleções especiais com audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos que podem ser conferidas online, disponível a partir da noite do domingo (10). Esta edição do Animage é a segunda realizada em 2021. Todavia, devido à pandemia, a edição que ocorreu em março teve a grade inteiramente virtual. Agora, com apoio da Cepe - Companhia Editora de Pernambuco, o festival promove desconto de 20% nas assinaturas da Continente com o cupom ANIMAGE20.
TAYNÃ OLIMPIA é jornalista em formação pela UFPE e estagiária da Continente.