Para catalogar todas as obras, a curadoria as dividiu em oito mostras com eixos temáticos. Dedicada à garotada, foram separadas duas: Mundos mágicos e Pequenas histórias. Esta última reúne filmes protagonizados por crianças de diferentes culturas, da África do Sul até a Argentina.
O público adulto foi contemplado com seis mostras, que agrupam os curtas mais por semelhança temática do que por abordagem estética. São elas Nas Profundezas; Humanas Relações; Estranhamentos; Planeta em Transe; Amor, Suingue e Simpatia; e Pernambuco Animando para o Mundo, uma seleção com seis trabalhos de animação realizados por pernambucanos.
Como nas outras edições, o Animage exibe dois longas-metragens internacionais. Um deles é o soturno Psiconautas: Los Niños Olvidados, dos espanhóis Alberto Vázquez & Pedro Rivero, que narra a aventura de Birdboy e Dinki contra uma catástrofe ecológica que assola suas terras – um importante subtexto para os tempos atuais.
O segundo longa, e grande destaque da programação, é Dilili em Paris, do francês Michel Ocelot, responsável por obras como Kiriku e a feiticeira (sucesso, principalmente, no Brasil), Azur e Asmar e uma parceria com a cantora Björk para o videoclipe de Earth intruders. Em seu novo filme, Ocelot narra a história de uma jovem negra, Dilili, que é levada a desvendar os misteriosos por trás de sequestros de várias meninas na cidade de Paris.
Seguindo sua tradição de fomento à produção local, o Animage também oferece uma gama de atividades formativas. Serão realizados dois painéis, com os temas Produção de Longas de Animação e Documentários em Animação, ambos com mediação de Júlio Cavani. Ainda serão ofertadas duas masterclasses, com dois importantes realizadores da animação brasileira: Wesley Rodrigues e Aída Queiroz, animadora, professora, pesquisadora e diretora do Anima Mundi. Tanto os painéis quanto as masterclasses oferecem tradução para Libras.
A edição é uma realização da Rec-Beat Produções com apoio da Cepe - Companhia Editora de Pernambuco, Revista Continente, e Patrocínio da Lei Aldir Blanc através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
JOÃO RÊGO é jornalista em formação pela Unicap e repórter estagiário da Continente.