Artes Visuais

A vida contemporânea da natureza-morta

Gênero discriminado pela história da arte tem refletido o momento atual através de leituras do cotidiano e dos objetos

TEXTO Carol Botelho

12 de Janeiro de 2025

"Podres de rico", de Rodrigo Torres, revela a ironia da contemporaneidade da natureza-morta

Foto Divulgação

Ao retratar o ambiente doméstico, a natureza-morta revela muito mais do que o caráter meramente decorativo. Na representação do inanimado, a efemeridade da existência e da beleza é seu pensamento mais filosófico e atemporal. Mesmo assim, ainda há quem a considere o patinho feio dos gêneros artísticos - sempre colocada atrás das pinturas religiosas, paisagens, guerras e retratos de reis e seus asseclas. Mas a história da arte prova que, de morta, ela não tem nada. Segue girando a ampulheta do tempo, do primeiro século depois de Cristo até hoje. Ao fazer um mix do ontem e do agora, ajuda a arte a refletir sobre o que há por trás de objetos e cenários aparentemente comuns e cotidianos.

Expressa atualmente não somente em pinturas, mas também fotografias, instalações e performances, a natureza-morta volta a surfar na onda do realismo da antiguidade, após haver dado suas braçadas no mar do hiper realismo; da pop art das Sopas Campbell de Andy Warhol; do pós-impressionismo das caveiras de Paul Cézanne e do vaso de flores de Van Gogh; do cubismo de Picasso. Se a vida é cíclica, sabemos que outros tempos podem nos levar a percorrer novamente os mesmo caminhos. Só que nunca será do mesmo jeito.

Quem poderia imaginar, por exemplo, lá no século XVII, que as flores dos arranjos de mesa poderiam ser de plástico nas casas mais kitsch; que as frutas in natura, as caças e o pão handmade dariam lugar aos sucos de caixinha e achocolatados com biscoito Passatempo e salsichinha? O artista paulista Rodrigo Yudi Honda se utiliza do realismo para mostrar a mudança de hábitos alimentares em obras como  “Suco Geladinho”, “Pão com salsicha” e “Bombril e Latas de Sardinha”. “O realismo não é só um jeito de pintar. É um modo de encarar a vida. A capacidade de contemplar a realidade concreta está em falta nos nossos dias. E isso tem seus motivos: através da internet, somos apresentados a tantos lifestyles, pontos de vista e possibilidades que acabamos nos comparando a todo momento uns com os outros e, com isso, ficamos completamente perdidos, sem enxergar um sentido sólido que nos guie. A epidemia de depressão e ansiedade que assola nossa geração é um sintoma dessa incapacidade de contemplar e ver sentido nas coisas simples”, analisa Honda.

Biscoito Passatempo retratado por Rodrigo Yudi Honda à mesa mostra que houve um deslocamento social da representação do inanimado. Foto: Divulgação

No lugar da opulência das travessas de prata, utensílios de plástico revelam também, na pintura de Honda, um deslocamento de classe social, o que faz pensar sobre a predominância do espaço elitista da arte. “Há um senso comum de que a arte é um meio de exaltação da individualidade e das diferenças. Mas vejo a arte como um meio para nos reconhecermos uns nos outros. Para isso, é preciso se esforçar para encontrar dentro de si aquilo que está dentro de todos, dando muito mais ênfase às nossas semelhanças do que às nossas diferenças. Não quero dizer que o artista deve buscar a unanimidade, e sim o senso de unidade”, declara.

“Nem sei dizer de onde exatamente surgiu meu fascínio pela natureza-morta, mas sempre observei pinturas com esse tema desde criança. Na faculdade, tive uma total identificação desse retrato do que é doméstico”, conta a artista paulista Ana Elisa Egreja. Ela é um dos grandes nomes nacionais a trazer para o contemporâneo uma natureza morta repaginada e atualizada, tanto no conceito quanto no suporte. “É um tema muito importante que diz muito sobre a sociedade e eu acredito muito nisso”.

Através da imagem, a natureza-morta é a versão artística - não somente materializada em pintura, mas também em escultura e instalação, por exemplo - dos costumes da sociedade que o espaço interior, doméstico, tão bem revela. “É impossível falar da casa sem falar do que está na mesa da casa. Me identifiquei e fiz dessa temática meu objeto de pesquisa na faculdade”, revela Elisa, pintora do gênero há 20 anos.

Em 2016, Ana Elisa resolveu chamar sua série de 21 pinturas em natureza morta pop de Banalidade, título da exposição que realizou no Instituto Tomie Ohtake. “Foi a primeira vez que foquei exclusivamente na natureza morta, no tema e na pintura de pequeno formato em vidrinhos”, conta Egreja. Nessa época, ela passou um ano e meio sem produzir pinturas grandes. “Queria fazer uma releitura da história da arte em geral e do tema natureza morta em particular. Então haviam pinturas que possuíam a simbologia da natureza morta original holandesa para chegar na minha própria natureza morta, a que eu consumo, vivo, vejo, construo. Passeando pelo tempo, fui vendo que a série Latas de sopa Campbell são naturezas mortas. Mas Andy Warhol estava pensando na sociedade de consumo que vinha surgindo”. Ao refletir sobre o fato de que o artista carrega em si toda a história da arte, Egreja foi ao supermercado e à farmácia e montou um cenário de natureza morta com os produtos disponíveis nas gôndolas. “A natureza morta acompanhou todos os séculos de história”.

Natureza Morta "pop" (2022), de Ana Elisa Egreja, renova o conceito e o suporte do gênero. Foto: Bruno Leão 

Essa representação dos objetos de casa surge como o que Egreja chama de arqueologia contemporânea, a “metonímia do ser humano”, define. “Muito da nossa existência está nos detalhes das nossas memórias afetivas. Busco alcançar um inconsciente coletivo ligado à nossa história. Me sinto como uma escritora escrevendo um conto fantástico recheado de memórias afetivas das pessoas”.

O realismo fantástico que constrói um cenário com um rádio dos anos 1950, uma cadeira dos anos 1980 e um rótulo de produto de 2017 transmite a sensação cíclica de tempo. “Comecei a incluir na pintura uma janela com uma persiana de verdade, fazendo a ponte com o mundo real a partir dos objetos reais. Inseri mais uma camada de dúvida do que é real ou não na pintura”, explica. Mas não se trata de surrealismo ou de sonho, pois o que pinta não é impossível, apenas improvável.

Há nas obras de Egreja o vidro como barreira e filtro. “Sempre pinto algo que faz a intermediação entre a imagem e a minha pincelada”. Mas, segundo a artista, os vidros sempre foram foram mais que isso. “Vi neles uma certa subversão das questões da pintura a óleo. É muito interessante pintar um objeto translúcido, minucioso, que tem um movimento sempre presente. É a representação da pintura como um pixel”, compara Egreja, salientando o caráter impressionista dessa representação que, vista de perto, é pontilhista.

REPARAÇÃO
A discriminação com a natureza-morta também tem suas origens no patriarcado. Sendo o espaço doméstico relegado ao corpo feminino, o mesmo era tido como banal, inútil, fútil. Ao questionar esse pensamento, o artista paraibano Christus Nóbrega criou a série Natureza, Bela, Morta e do Lar (2016). Segundo Nóbrega, o trabalho nasceu de uma inquietação sobre o papel da mulher na arte e na sociedade, e sua concepção se deu durante o turbulento contexto do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

“Revisitei e reproduzi naturezas-mortas pintadas por Rachel Ruysch (1693-1750) e Maria van Oosterwijck (1630-1693), além de outras de suas contemporâneas, com o intuito de destacar como essas artistas foram historicamente confinadas a temas considerados menores, como a natureza-morta. Enquanto os homens dominavam as cenas políticas, os retratos heróicos e os grandes temas históricos, as mulheres foram relegadas ao espaço do 'doméstico' — como se houvesse uma expectativa de que sua arte se limitasse ao ornamental e ao decorativo”, ensina o artista, que é também professor do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em Arte Contemporânea pela mesma instituição. A partir de imagens de folhas murchas, pétalas caindo e frutas podres, aquelas artistas simbolizaram a transitoriedade da vida e o inevitável passar do tempo, sugerindo, de acordo com Nóbrega, “que a beleza natural está sempre à beira da falência”.

No trabalho de 2016, Nóbrega imprimiu imagens das naturezas-mortas em dezenas de aviões de papel que, quando dispostos lado a lado, reconstroem a imagem das pinturas de Rachel Ruysch e Maria van Oosterwijck. “Os aviões de papel estão alinhados como se estivessem prontos em uma base militar, uma formação de espera que evoca uma prontidão para um conflito. Alguns foram dobrados usando capas da revista Veja da época, que exaltavam o golpe e promoviam valores tradicionais, confinando as mulheres ao espaço do 'belo', 'do lar' e 'recatado', como no perfil idealizado da ex-primeira-dama Marcela Temer”, explica.

Christus Nóbrega ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, na exposição Floricultura. Foto: Sergio Paiva 

Novamente homenageando as mulheres, surge a série Floricultura (2023), em que o artista  recria imagens de natureza-morta fazendo uso da inteligência artificial para evocar o conceito de vanitas no contexto contemporâneo. Vanitas, palavra latina que quer dizer efêmero, está diretamente associada à natureza-morta, que por sua vez é chamada de still even na Holanda, traduzida para o inglês como still life. “ O uso da inteligência artificial aqui age como uma metáfora para o nosso impulso contemporâneo de resistir à mortalidade e ao decaimento, numa tentativa de controlar a natureza pela tecnologia”, explica.

Também ganhou o nome de Floricultura a exposição que em ficou em cartaz no Supremo Tribunal Federal (STF) até março de 2025. A mostra fez uma reparação a uma censura que o artista sofreu em 1999, ao ser impedido de doar sangue ao pai por ser homossexual. “O médico do hemocentro chegou a carimbar no meu prontuário a frase 'sangue inválido'.” Em 2013, o artista criou a série Sudário para expor o que lhe aconteceu, fazendo uso de flores e plantas, inspirado na natureza-morta. “Uso meu próprio sangue, que passa por um processo laboratorial complexo para ser transformado em tinta de impressora. Com essa ela, crio autorretratos, imprimindo imagens de flores e plantas que representam aspectos da vida, da transitoriedade e da resistência. Juntas, essas flores compõem uma metáfora da condição humana, uma reflexão sobre a força, a fragilidade e a resistência diante das múltiplas faces da vida”. O título Sudário remete ao Santo Sudário, o pano que teria coberto o corpo de Cristo e no qual sua imagem teria ficado impressa em sangue.

Em 2020, o STF declarou inconstitucional a norma que impedia homens gays de doarem sangue no Brasil. Vinte e cinco anos depois do episódio traumático de 1999, Nóbrega foi convidado pelo STF para a exposição. “Na exposição, convidei o Ministro Barroso para performar e carimbar e assinar uma das obras em um gesto de reparação histórica pelo que aconteceu comigo”.

INANIMADO?
O artista carioca Rodrigo Torres não enxerga suas produções como naturezas mortas porque o enfoque é na diversidade de maneiras de explorar o material da cerâmica. “O que importa não é representar flores, frutos, animais e objetos, mas, sim, encontrar pequenos vestígios e vislumbres de lugares e tempos que não existem”, destaca.

Em comum com o fazer e pensar da natureza-morta? “O fato de estar ali pensando sobre o objeto, alguma matéria, o tempo desprendido pensando naquilo, observando com cada detalhe”, enumera. Quando entra em cena a matéria orgânica, a decomposição é inevitável e ocorre mesmo durante o tempo de tirar o molde para reproduzir em cerâmica. “Há uma transição acontecendo em paralelo ao trabalho”. Para Rodrigo, essa passagem do tempo reflete vida e morte em temporalidade reduzida. “Ao mesmo tempo, a cerâmica, sendo inerte, contrapõe essa passagem temporal”.

Víveres, de Rodrigo Torres, revela o hiper realismo nas peças feitas de cerâmica. Foto: DivulgaçãoTexto

Ao ousar buscar algo além do óbvio, a natureza-morta subverte o objeto, funcionando como uma antropologia da arte. Não há mais tempo para observar, mas o gênero artístico exige esse tempo contemplativo, sem o qual não há descoberta de obviedades não percebidas ou perdidas na velocidade do contemporâneo. “Talvez seja o momento de fortalecer essas qualidades que a arte proporciona. É simples: lápis, papel e observação. É terapêutico: entende o objeto e a si mesmo. Esse contato com o analógico é importantíssimo pois há um horizonte para onde olhar que, na tela do celular, inexiste e acabamos por perder nossa referência de profundidade”, avisa Torres.

Frutas como banana, maçã, abacaxi e coco já viraram esculturas pelas mãos do artista, acrescidas de invólucros dourados e prateados que são nada menos que cerâmica esmaltada. Outros objetos são embalados por um suposto papelão, tão realisticamente representado que ninguém desconfia que aquele invólucro de formas orgânicas é na verdade cerâmica.

A artista cearense Paula Siebra gosta de explorar o caráter de composição de ambiente que a natureza-morta possibilita. “Um professor certa vez me disse que natureza-morta é como uma sinfonia em que cada elemento é uma nota”, compara. A relação afetiva com objetos de memorabília é, para Siebra, um exercício poético. “Na minha natureza-morta eu apresento objetos conhecidos como filtros de louça e barro, só que de uma maneira solene, convidando o espectador a olhar de outra forma”.

E assim Paula nos convida ao devaneio sobre o deslocamento do que nos é familiar para o âmbito do estranhamento. Uma mesa com duas pernas não nos parece tão absurda pois, vista de certo ângulo, ela aparenta realmente ter duas pernas. Já as frutas com sombras alongadas representam o olhar da criança. Não há visão em perspectiva; há, sim, a frontalidade do objeto. Paula crê que essa possibilidade se dá graças ao Surrealismo. “É o campo da experimentação poética, um convite para imaginar. O que acontece se eu juntar uma concha e uma maçã?”.

A carência de imaginação e de tempo para observação não nos deixa perceber o que existe atrás de um objeto. “As pessoas olham a fruta e pensam: fruta. Mas o pintor surrealista René Magritte bem dizia: ‘atrás de um objeto há outro objeto’”.

Filtro de cerâmica de Paula Siebra ganha tom alaranjado que remete ao barro e ao passado. Foto: Divulgação

Em busca desse objeto quase invisível, a artista Nydia Negromonte observa. De fenômenos cotidianos, passando pela casa e a natureza, tudo é inserido, consciente ou inconscientemente, no trabalho de Nydia. “É uma observação atenta à forma, aos aspectos físicos e, ao desenhar, já faço uma transcrição gráfica e apresento questões não ligadas à representação, mas, sim, à apresentação daquele objeto em forma de desenho discutindo outras coisas”.

Na obra Posta (2022), legumes e frutas são cobertos por argila e, ao longo da exposição, eles vão naturalmente se transformando, criando brotos que quebram a camada argilosa e se tornam outros objetos enquanto expostos. O resultado não é previsto pela artista, mas o elemento surpresa é algo com o qual gosta de lidar.

A obra Posta, de Nydia Negromonte, representa a transformação do que anteriormente se chamava de inanimado, refletindo também a passagem do tempo. Foto: Divulgação

“É um trabalho que lida com duas forças contrárias: potência e falência. As hortaliças que estão ali encapadas com argila crua respondem a esse encapsular de forma distinta. Umas apodrecem, outras desidratam, outras brotam e com outras não acontece nada. É um trabalho que desperta a observação. Claro que todas as obras são feitas para serem observadas. Mas Posta tem um estímulo a mais para essa observação”, comenta a artista.

Dentro da fotografia, a artista cearense radicada em Berlim Luzia Simões desenvolveu uma técnica de captura das flores que batizou de Scanograma. Tulipas coloridas sobre fundo preto inspiradas na natureza-morta do barroco holandês revelam o interesse da artista pela diversidade e pluralidade de percepções em relação aos diferentes patrimônios culturais.

Scanograma, de Luzia Simões, escaneia tulipas e as relica em pixels, reproduzindo as naturezas-mortas holandesas. Foto: Divulgação

“O significado das flores depende do contexto cultural de quem as observa. A identidade social, na era da globalização, pode ser vista como um fenômeno transcultural e como uma reflexão sobre o colonialismo e imperialismo ocidentais”, explica Luzia, que vê nas tulipas a representação da vulnerabilidade humana. “Grande parte do meu trabalho é baseada em amostras da natureza dentro de contextos específicos. Artisticamente, concentro-me principalmente nos efeitos de cor, que tendem à pintura”.

Quanto ao Scanograma, Simões explica que a palavra vem de fotograma, técnica de captura de imagem a partir de scanners industriais onde as tulipas são colocadas diretamente, replicando em pixels os mínimos detalhes e jogos de luz de maneira linear.

HISTÓRIA
Conceitualizada no século XVII, a natureza-morta tem sangue anglo-saxão e latino correndo nas veias. O pintor metafísico italiano Giorgio De Chirico batizou de vita silente. “Na Itália do século XVI, Caravaggio fazia críticas à pintura de objetos inanimados. Para o pintor italiano, a representação de coisas sem movimento era um mero exercício, mas isso não o impediu de criar obras com a complexidade que é intrínseca ao gênero”, disse a autora do livro A longa vida da natureza morta, Raisa Pina, em entrevista à Continente.

Mas, desde o século I d.C., que já se ouve falar em natureza-morta. “Os atenienses tinham como costume colocar um arranjo de flores, frutas e jarros de bebidas no quarto de hóspedes quando recebiam visitas. Esse hábito foi substituído, com o tempo, por uma versão não perecível: a representação imagética de alimentos”.

Na Holanda, segundo Raisa, o gênero artístico se popularizou e se tornou referência na história da arte pelo cenário de então. “De intensas mudanças econômicas, sociais, políticas e de liberdade religiosa”. Naquele século, o gênero trazia características de ilusionismo com a técnica do trompe l’oeil, e foi beneficiado pelo avanço das pesquisas em botânica e registros de animais.

O escritor francês Marcel Proust acertou em suas previsões sobre o gênero: “A natureza-morta se transformará, acima de tudo, em vida em ação. Como a própria vida, ela sempre terá alguma coisa para dizer a você, alguma maravilha brilhante, algum mistério para revelar”.

Que o diga a artista britânica Tracey Emin, na obra My Bed (1998), que Raisa analisa em seu livro. “Trata-se de uma instalação que é o quarto dela depois de uma crise de depressão. A cama desarrumada, cheia de caixas de remédio, calcinhas sujas e camisinhas usadas. O quarto é um lixo total”. Para Raisa, a obra é uma natureza morta contemporânea bastante emblemática. “Primeiro porque é uma instalação, segundo porque subverte um espaço relegado à organização, principalmente por ser um quarto de mulher”, pontua Raisa.

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