Morre, aos 65 anos, Ciano Alves
Quinteto Violado anuncia, nesta segunda-feira (30), falecimento de seu mais longevo flautista, de causa ainda não-informada
30 de Setembro de 2024
Foto Divulgação
"É com triste pesar que informamos a todos sobre o falecimento do nosso irmão Ciano Alves, esse gênio da música, o nosso mago da flauta. Ele deixou um legado de mais de 40 anos de música com o Quinteto Violado. Fica aqui nossa eterna gratidão e carinho a esse ser humano, que em vida foi uma das almas mais generosas e bondosas que pudemos conhecer. Vá em paz, Ciano; que seu legado será lembrado para sempre por nós e por todos que te admiravam!", anunciou a banda pernambucana, em post nas redes sociais, nesta segunda-feira (30).
Nascido em Garanhuns, no Agreste pernambucano, em 14 de fevereiro de 1959, Luciano Alves entrou para o Quinteto em 1981, no lugar de Zé da Flauta. O flautista integrou o Quinteto Violado por 43 anos. No início da década de 1970, o grupo começou a fazer música nos terreiros de Nova Jerusalém, distrito de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus, no interior de Pernambuco. Os integrantes originais eram Toinho Alves (1943–2008) (voz e baixo), Fernando Filizola (viola), Marcelo Melo (voz, viola e violão), Luciano Pimentel (1941–2003) (percussão) e Alexandre dos Anjos, o Sando (flauta).
O quinteto se tornou um dos grupos mais longevos da música brasileira, com mais de 50 anos de de carreira. Toinho Alves, Marcelo Melo, Ciano Alves, Roberto Medeiro e Dudu Alves (filho de Toinho) estiveram juntos na formação mais duradoura do Quinteto Violado, até a morte de Toinho, de infarto, em maio de 2008. Ciano, por sua vez, enfrentava problemas de saúde já há alguns anos. Em setembro do ano passado, o músico se afastou dos palcos após passar cerca de duas semanas internado em um hospital no Recife. "Quero tranquilizar os amigos e fãs, e dizer que em breve estarei de volta ao meu lar e também aos shows junto com o Quinteto Violado", escreveu, em sua última postagem no Instagram.
O velório de Ciano Alves será realizado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, das 7h às 10h.
Leia sobre a trajetória do grupo na matéria "Quinteto: apenas uns caras "tirando um som", de José Teles, autor do livro Lá vem os violados, lançado pela Editora Cepe. O texto foi publicado em maio de 2011.
