A edição deste ano conta com a presença de nomes como Bruno Collet, renomado diretor e cenógrafo francês que disputa a mostra competitiva com seu curta Mémorable, e também oferece mostra especial com seus filmes. Outra participação confirmada é a da alemã Kiana Naghshineh, que ministra uma oficina e também apresenta mostra com seus curtas. Chia Beloto, Marila Catuária e Bruno Cabús são os pernambucanos que capitaneiam duas oficinas que serão realizadas na Caixa Cultural Recife.
"Trazer Bruno Collet para o Animage é uma forma de proporcionar uma participação mais orgânica para ele no festival. É muito legal quando temos a presença dos diretores dos filmes da programação, sempre buscamos essa troca. Trazer todos os diretores seria incrível, mas isso depende de uma combinação de fatores que vai dos patrocínios às agendas pessoais de cada um. Com a presença dele na cidade, vamos fazer também uma retrospectiva de curtas que mostrará como ele amadureceu sua obra ao longo de mais de 20 anos", comenta o curador do festival Júlio Cavani.
A mostra competitiva deste ano recebeu mais de 800 inscrições, das quais foram selecionados 78 curtas de 30 países e diferentes técnicas de animação. O Animage premia as melhores produções nas categorias Melhor Curta-Metragem - Grande Prêmio Animage, Melhor Curta Infantil, Melhor Curta Brasileiro e Prêmio do Público, além de melhor Direção, Roteiro, Direção de Arte, Técnica e Som.
Apesar das expectativas para as premiações, exibições especiais, presença de diretores e realizações de oficinas, o Animage deste ano acontece em um cenário de ataques ao cinema não comercial: "Esta está sendo uma das edições mais difíceis de serem realizadas. A maioria dos festivais de cinema de Pernambuco deixaram de acontecer este ano. O Animage é um festival com dez dias de duração, com uma programação caudalosa e [parcialmente] gratuita [na Caixa Cultural], portanto é um evento que depende exclusivamente de patrocínios. Este ano não tivemos o edital do audiovisual do Funcultura, uma importante fonte de patrocínio para todo o setor do audiovisual do estado, onde se inclui o Animage. Estamos realizando o festival com um orçamento bastante reduzido, garantido pelo patrocínio do edital de ocupação da Caixa Cultural Recife e, em menor escala, pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e pelos apoios dos Consulados Francês e Alemão, e pela força de uma equipe unida e bastante aguerrida. Mas essas dificuldades não nos tira a felicidade e o prazer de chegar aos 10 anos".
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