Um filme para Consuella
Curta-metragem de Alexandre Figueirôa resgata história da famosa travesti pernambucana dos anos 1980 e 1990
TEXTO Revista Continente
22 de Agosto de 2023
Além de performer, Consuella trabalhou como maquiadora de TV e teatro, no Rio de Janeiro
Foto Divulgação
Nas décadas de 1980 e 1990, Consuelo era uma das mais famosas travestis de Pernambuco. Após ter aprendido a maquiar com Múcio Catão, foi morar no Rio de Janeiro, onde trabalhou como maquiadora na televisão e no teatro. Em seguida, viajou a Paris, onde realizou diversos procedimentos no corpo, mudou o nome para Consuella e trabalhou como performer em casas de shows. Mas sempre voltava ao Recife para participar de concursos carnavalescos de fantasia, nos quais se destacava e conquistava premiações, se tornando, ao mesmo tempo, uma figura midiática e também importante para a luta LGBTQIAPN+.
Desde que faleceu em 2013, seu nome entrou em ostracismo. Mas agora ganha resgate no documentário Consuella, que tem lançamento nesta quarta-feira (23), às 19h, no Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista). O filme foi realizado pelo jornalista Alexandre Figueirôa, também responsável por outras obras de resgate, como Eternamente Elza (2013), Kibe Lanches (2017), Piu Piu (2019), Recife, Marrocos (2022).
Uma realização da revista O Grito!, o documentário tem apoio do coletivo Surto & Deslumbramento e da Escola de Comunicação da Universidade Católica de Pernambuco. A equipe de Consuella é formada ainda por Jonatan Oliveira (direção de fotografia), João Maria (montagem e finalização), Chico Lacerda (som direto), Túlio Vasconcelos (direção de produção) e André Antônio (direção de arte).
A entrada para a sessão, que tem apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura, é gratuita. A produção, no entanto, pede que os espectadores tragam 1kg de alimento para doação à ONG Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE).