São dois volumes de quase 100 artigos escritos por Lins nos idos de 1950 e 1960, sendo composto, também, por poemas avulsos, nunca antes publicados, e reportagens autobiográficas feitas em Vitória. A coletânea tece as costumeiras reflexões sobre literatura, mas não faz delas seu único escopo; é, ainda, um calidoscópio de retratos dessas duas cidades, e de um efervescente movimento cultural na Recife cinquentista.
Racontos sobre o teatro local, as igrejas e seus ritos e a lendária editora O Gráfico Amador – formada e circulada por intelectuais pernambucanos do meio, como Aloisio Magalhães, Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto. Imprevistos de arribação soa como um componente final à conjuntura da obra de Osman Lins, contextualizando-a no tempo e espaço em que fora feita e a partir das influências que a rondavam, podendo, assim, ampliar o ensejo de sua crítica com novas abordagens e olhares.
O livro é ilustrado pelos desenhos da série Estudos, do artista, poeta, colaborador e amigo pessoal de Lins, Montez Magno – cuja obra era estimada pelo escritor vitoriense. Por isso, o lançamento do livro de inédito de Osman Lins veio junto a outra publicação inédita, Crisálida, em edição limitada e com poemas e ilustrações do artista pernambucano.
Ambos os títulos têm o dedo de Cristiano Moreira, de Santa Catarina. A coletânea inédita de Osman é resultado da sua pesquisa de doutorado e o livro especial de Montez, fruto de seu ofício editorial na Oficina Tipográfica Papel do Mato, localizada numa pequena cidade catarinense.
Foto: Divulgação
Imprevistos de arribação e Crisálida estão à venda e custam, respectivamente, R$ 70 e R$ 100.