No próximo dia 13, o Magiluth ocupa a praça Dídimo Carneiro, em Surubim, com a peça Luiz Lua Gonzaga. Trata-se de uma importante utilização do espaço público para manifestações culturais gratuitas. Para o ator, ações como essa podem sensibilizar o público sobre os constantes ataques ao cenário artístico.
"Neste momento, é importantíssimo que as expressões artísticas quebrem as barreiras das estruturas que as colocam num lugar de distanciamento, principalmente das camadas mais populares. É importante que a gente saia dos teatros, que as artes plásticas saiam dos museus e que o cinema ganhe exibições fora das salas. É importante que a gente chegue às pessoas e elas vejam nosso trabalho. Eu acho que a gente não tem a obrigação de forçar que as pessoas vejam, mas é importante que as pessoas percebam que a gente está trabalhando, e é importante que elas saibam que a gente faz esse trabalho para comunicar. De fato, fazer com que vejam nossas apresentações, nosso discurso, e dialoguem com elas, discordem delas, entendam por que estão discordando ou confirmem alguns pensamentos. É importante dialogar, é importante agora se encontrar com as pessoas, fazer com que essa arte volte ao encontro do público, e o público perceba que aquilo faz falta e faz bem para eles, que os forma também", reflete Giordano Castro.
À Continente, o grupo falou ainda sobre seus próximos projetos. Neste momento, duas novas montagens estão engatilhadas: Morte e vida Severina, espetáculo de rua cujo ensaio será aberto ao público de Surubim no próximo dia 14, e outra sobre Miró da Muribeca, renomado poeta contemporâneo recifense. "A primeira etapa terminou, de levantamento de informações. Agora a gente começa a segunda, que é a criação. É um espetáculo que a gente tem vontade de fazer com a criação ao longo do próximo ano, e a estreia em 2021", adianta Giordano sobre o projeto.
VICTOR AUGUSTO é estudante de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco e estagiário da Revista Continente