E, na última história, Rios voadores, a revolta e a força da natureza – a enxurrada destruindo tudo – diante da ação predatória do homem, exemplos que deixam à mostra peculiaridades e o descaso das autoridades com determinadas questões, como o meio ambiente. “Minha família materna é de Goiás. Tive essa vivência familiar de visitar o interior. E depois, mais velha, senti o interesse por esse ambiente de cultura”, revela a autora.
Neste que é seu primeiro livro de contos, fica constatado que Paulliny integra o grupo de escritores brasileiros destacados na literatura contemporânea. Ressalte-se que, no seu romance de estreia – Allegro ma non troppo (Oito e Meio, 2017) –, marcou presença: foi semifinalista do Prêmio Oceanos. Trata-se de um prêmio literário para livros de autores lusófonos publicados em qualquer país de língua portuguesa.
A respeito do significado do título do livro, que à primeira vista pode causar surpresa para alguns leitores, uma das histórias revela o sentido. “Isso, durante a leitura, o leitor vai ter que descobrir” – acentua, de forma bem-humorada, a brasiliense Paulliny Tort, jornalista, mestre em Comunicação e Sociedade pela Universidade de Brasília. Estuda Ciências Biológicas e possui interesse por evolução e divulgação científica. Atualmente trabalha na Rádio Nacional da Amazônia.
PAULO CEZAR SOARES, jornalista.