A consciência social de Ivo Pitanguy
Moisés Wolfenson, ex-aluno do cirurgião, lança sua biografia com enfoque na abordagem humanista dos procedimentos reconstrutivos
TEXTO Revista Continente
23 de Novembro de 2018
A obra traz à tona o lado ético e socialmente desperto de Pitanguy
Foto Divulgação
Antes de ser “o melhor cirurgião plástico do mundo”, como fora nomeado pela New York Magazine, Ivo Pitanguy gostava de ser conhecido apenas como “o professor". Seu renome vem da notória habilidade com o bisturi, mas a trajetória do médico abarca um viés, sobretudo, humanista, ao lidar com a medicina e os procedimentos estéticos reconstrutores. Pitanguy, que se associou tanto à Academia Nacional de Medicina quanto à Academia Brasileira de Letras, via na cirurgia plástica uma ferramenta social.
Um de seus alunos, Moisés Wolfenson, também cirurgião plástico, escreveu sobre esses racontos e ensinamentos do médico em seu livro recém-lançado Ivo Pitanguy: além do bisturi – biografia de uma lenda, com apoio cultural da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Ao longo dos anos de atuação, Pitanguy voltou-se às vítimas de queimaduras e aos mais necessitados, oferecendo consultas gratuitas e realizando 150 mil cirurgias. Passou adiante esse modus operandi na academia, reiterando a importância de uma escola de medicina com uma abordagem mais altruísta e humana.
Na obra, Wolfenson traz à tona o lado ético e socialmente desperto do cirurgião, sendo uma leitura que desponta para além da medicina. O livro custa R$ 168.