Conceição em nós, do Experimental, é encenada no dia 15. Fotos: Rogério Alves/Divulgação
O retorno da mostra aos palcos presenciais, após dois anos tragada pela pandemia, vem com a fluminense Focus Cia. de Dança, que apresenta As canções que você dançou pra mim, uma interpretação delicada de 72 músicas de Roberto Carlos, abrindo o evento na noite do sábado (11), no recém-inaugurado Teatro do Parque. Ao acompanhar quatro casais em performance de dança contemporânea, a plateia é transportada para o universo de irreverência e romantismo das músicas lançadas pelo rei, entre as décadas de 1960 e 1990.
“Trouxemos obras leves, bonitas e descontraídas porque entendemos que, nesse momento, o público precisa voltar a sonhar com dias melhores”, informa a diretora da MBD, Iris Macedo; sua fala é indicativo das emoções almejadas pela mostra. Tal suavidade pretendida contempla também o público infantil, que, logo no segundo dia de programação, tem a oportunidade de conferir duas sessões do espetáculo Bichos dançantes. A história lúdica acompanha um grupo de animais da floresta em jornada para celebrar o aniversário da jabuti centenária Elisa.
As companhias pernambucanas são maioria na programação. Para marcar ainda mais essa presença local, o DNA do Passo vem para narrar a origem do frevo, discutindo ainda as possibilidades futuras do ritmo. A montagem é realizada na noite do dia 16, no Teatro Luiz Mendonça, pelo grupo recifense Destramelar.
Também há viajantes nessa edição da mostra, como Marcos Katu Buiati e Edson Beserra, que vêm de Brasília para dançar o Velejando desertos remotos, cujo enredo é livremente adaptado do livro As cidades invisíveis, de Ítalo Calvino, publicado em 1972.
A obra Velejando desertos remotos é performada pelos brasilienses Marcos Katu Buiati e Edson Beserra. Foto: Nityama Macrini/Divulgação
Saindo da dança contemporânea, a 16ª MBD finda as apresentações numa Noite de gala, realizada no teatro-monumento de Santa Isabel. Em sessão única, uma sequência de três montagens: Suíte do Ballet Coppélia (Ballet Cláudia São Bento), Suíte ao ar (Grupo Endança) e O quebra nozes II Ato (Cia. Fátima Freitas).
O ingresso para cada apresentação custa R$ 30 (inteira) ou R$ 15 (meia), já à venda pelo Sympla. Nos teatros, as bilheterias abrem duas horas antes para disponibilizar também a venda presencial. A mostra conta ainda com três workshops gratuitos e têm inscrições abertas – acesse o site oficial: www.mostrabrasileiradedanca.com.br/2021/
TAYNÃ OLIMPIA é jornalista em formação pela UFPE e estagiária da Continente.