Mônica (centro da roda) e os artistas do grupo e da cidade nos ensaios em Medelín. Fotos: Marina Branco/Divulgação
CORPO-CIDADE
Sempre muito focado no diálogo com o local, o Grupo Experimental e seu projeto foram aprovados em um edital do Rumos Itaú Cultural e abraçaram o desafio de levar a obra para cidades distintas. Desde então, circularam por São Paulo, Porto Alegre, Garanhuns e outros bairros do Recife, além de um experimento de estudo no Pelourinho, na Bahia. Agora, a obra dançada de intervenção urbana ganhou força ao se relacionar com diferentes cidades e, como forma de expandir a potência dessa conexão, o espetáculo foi levado justamente até Medelín, através do aporte do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura.
“É o Recife dialogando com todos esses lugares que já fomos e agora, saímos do nosso país pela primeira vez e chegamos a um país vizinho. A nossa proposta também é muito ligada às dores humanas, falamos muito da desumanidade e como enxergamos e percebemos a humanidade, onde nos encontramos enquanto humanos, quanto à sensibilidade humana, não precisa do idioma, de status, é falar do sentimento que nos habita e então chegamos em Medelín”, conta Mônica Lira.
Desde os primeiros dias de estadia na cidade colombiana, a equipe técnica e os dançarinos do grupo estão atuando junto aos artistas locais, através de uma residência artística em parceria com a instituição Comfama. Com mais de 109 inscritos, entre artistas de áreas diversas (além da dança, artes plásticas, teatro, cinema e mais), o grupo dança com a equipe brasileira mesclando conhecimentos, vivências e experiências, que culminam justamente nas apresentações desta semana em Medelín.
Buscando a humanidade como sua singularidade, Pontilhados – Intervenções humanas em ambientes urbanos quebra fronteiras e cria pontes entre diferentes realidades.
Foto: Marina Branco/Divulgação
LAURA MACHADO, jornalista em formação pela Universidade Católica de Pernambuco e estágiaria da Continente.