Cinema

XI Recifest premia diversidade

Filmes Lança Foguete (PE), Como Nasce Um Rio (BA), Americana (PA) e Velcro (PE) foram premiados no sábado (5/10), no Cinema São Luiz

29 de Setembro de 2025

Equipe de produção e premiados do Recifest 2025

Equipe de produção e premiados do Recifest 2025

Foto Heudes Régis/Divulgação

O XI Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero encerrou neste sábado (5/10), no Cinema São Luiz, sua 11ª edição, que entrou para a história com 271 curtas inscritos, o maior número já registrado no festival. Ao todo, 26 obras de 13 estados brasileiros integraram as mostras competitivas, reafirmando o caráter plural do evento.

O júri oficial, formado por Ziel Karapotó, Sandra Seixas e Ruby Nox, elegeu Lança Foguete (PE), de William Oliveira, como Melhor Filme Pernambucano, e Como Nasce Um Rio (BA), de Luma Flôres, como Melhor Filme Nacional. Já o júri popular premiou Americana (PA), de Agarb Braga, como Melhor Filme Nacional, e Velcro (PE), de Carol Lima e Renata Pimentel, como Melhor Filme Pernambucano.

Além dos prêmios principais, o júri oficial distribuiu reconhecimentos em diversas categorias: Espelho da Memória (SP), de Felipe Travanca e Roberto Simão, levou Melhor Roteiro ou Argumento e Melhor Direção; A Vaqueira, a Dançarina e o Porco (CE), produção de Janaína Bernardes e Dominique Welinski, recebeu o prêmio de Melhor Produção; Americana (PA) rendeu a Beatriz de Oliveira e Ana Júlia Antunes o prêmio de Melhor Direção de Arte; Na Volta Te Encontro (BA) premiou Gabriel Teixeira em Melhor Fotografia; Ponto e Vírgula (RJ) garantiu a Matheus Tiengo o troféu de Melhor Som; Geni e Thor (PR) destacou Pedro H. Machado em Melhor Montagem; e Descamar (DF) premiou Érika Beatriz como Melhor Intérprete.

O júri também concedeu menções honrosas: uma para Leona Vingativa e todo o elenco de Americana e outra para o ator Buda Lira, pela atuação em Ponto e Vírgula.

Para Carla Francine, uma das diretoras do Recifest, os resultados mostram a força da produção contemporânea. “O recorde de inscrições e a qualidade das obras premiadas comprovam a potência do cinema LGBTQIAPN+ em todas as regiões do país. O público caloroso no São Luiz coroou essa trajetória."

Já Rosinha Assis, também na direção, ressaltou o caráter político do festival. “O Recifest é resistência e celebração. Os filmes premiados carregam histórias de luta, afeto e diversidade, que se tornam ainda mais fortes quando encontram o reconhecimento do público e do júri.”

Com direção e produção de Mauro Lira e Manu Monteiro, a 11ª edição levou sessões e debates ao Recife, às Terras Indígenas Pankararu (Tacaratu e Jatobá, sertão de Pernambuco) e ao ambiente online.

O festival foi realizado pela Olinda Produções e pela Casa de Cinema de Olinda, com incentivo do Funcultura e apoio da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.

Premiados do XI Recifest 

Júri Oficial
Melhor Filme Pernambucano: Lança Foguete (PE) – direção de William Oliveira
Melhor Filme Nacional: Como Nasce Um Rio (BA) – direção de Luma Flôres
Melhor Roteiro ou Argumento: Espelho da Memória (SP) – Felipe Travanca e Roberto Simão
Melhor Direção: Espelho da Memória (SP) – Felipe Travanca e Roberto Simão
Melhor Produção: A Vaqueira, a Dançarina e o Porco (CE) – Janaína Bernardes e Dominique Welinski
Melhor Direção de Arte: Americana (PA) – Beatriz de Oliveira e Ana Júlia Antunes
Melhor Fotografia: Na Volta Te Encontro (BA) – Gabriel Texeira
Melhor Som: Ponto e Vírgula (RJ) – Matheus Tiengo
Melhor Montagem: Geni e Thor (PR) – Pedro H. Machado
Melhor Intérprete: Descamar (DF) – Érika Beatriz

Menções Honrosas
Americana (PA) – Leona Vingativa e todo o elenco
Ponto e Vírgula (RJ) – Buda Lira, pela atuação

Júri Popular
Melhor Filme Nacional: Americana (PA) – direção de Agarb Braga
Melhor Filme Pernambucano: Velcro (PE) – direção de Carol Lima e Renata Pimentel

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