Em pinceladas e palavreados, Tânia Carneiro Leão abre exposição
ColeTânia — Memória, Traço e Cor tem abertura nesta quinta-feira (11), às 19h, no Mepe, com exposição de 170 obras e lançamento de livro de memórias
11 de Dezembro de 2025
Tânia Carneiro Leão diante de dois de seus grandiosos painéis coloridos
Foto Divulgação

De painéis a mini quadros, do desenho à gravura, mais de 170 obras compõem o elenco da exposição ColeTânia — Memória, Traço e Cor. O trocadilho nomeia também o livro que a artista plástica e escritora Tânia Carneiro Leão lança nesta quinta-feira (11), no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), às 19h. Com curadoria de Carlos Trevi, a mostra e a publicação prometem revelar as muitas histórias que Tânia expressa em palavras e pinceladas.
Entre os trabalhos da artista, destaque para os oito mapas, com temas diversos e homenagens igualmente distintas a Vicente do Rêgo Monteiro, Cícero Dias e Francisco Brennand. Ela começou a pintar suas próprias interpretações cartográficas em 1983. A memória octogenária não falha: “Foi quando Carlos Augusto Lira, terminando a bela reforma que fez no restaurante do meu filho, Rodrigo Carneiro Leão e de Toninho Monteiro, em Olinda, que se chamava Berro D’ Água, em homenagem a Jorge Amado”.
Tânia, filha do ex-prefeito de Olinda, Eufrásio Barbosa, é viúva do poeta Carlos Pena Filho, além de pintora. “As salas estavam belíssimas. Uma delas tinha duas paredes grandes que imploravam por quadros. Resolvi pintar dois quadros grandes, de 1,20 x 1,30m e não sei lhe dizer porquê, mas decidi que o tema seriam mapas”.
Não são quaisquer mapas, no entanto. Ao menos não os que estamos habituados a ver nos atlas. “Envelheci as pinturas e emoldurei com molduras clássicas, douradas. Pareciam quadros muito antigos e eram admiradíssimos por todos que entravam no restaurante”. Encorajada a pintar outros mapas, ela conta que os pinta até hoje.
“Em texto do crítico de arte André Carneiro Leão para a Revista Ventura sobre meus mapas, ele escreve que Maurício de Nassau, já de volta à Holanda, oferece ao Marquês de Pompone 40 quadros de sua coleção, fazendo referência aos seis pintores que ele trouxe para Pernambuco. Cinco dos pintores são conhecidos, mas o sexto pintor, nenhum historiador conseguiu encontrar. Acredita-se que Nassau se referia a um cartógrafo. Então André brinca: ‘quem sabe não seria Tânia, em fins do século XX, a reencarnação deste sexto pintor de Maurício de Nassau’”.

HISTÓRIAS
Na publicação ColeTânia, o leitor conhecerá personagens marcantes que passaram pela vida da artista, além de experiências vividas em outros lugares e no exterior. Segundo o release divulgado pela assessoria de imprensa, trata-se de “um livro de memórias bem-humorado, de leitura leve, envolvente e dinâmica”.
O livro contém 220 páginas e será vendido por R$ 100.
SERVIÇO
ColeTânia — Memória, Traço e Cor, de Tânia Carneiro Leão
Onde: Museu do Estado de Pernambuco (Mepe)
Quando: Quinta-feira (11), às 19h