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Morre o surrealista Sérgio Lima

O escritor e artista plástico brasileiro faleceu na última quinta-feira (25), aos 84 anos

26 de Julho de 2024

Desde os anos 1950, Lima se dedicou a registrar e produzir surrealismo

Desde os anos 1950, Lima se dedicou a registrar e produzir surrealismo

Foto Divulgação

Morreu nesta quinta-feira (25) o escritor, poeta, crítico e artista surrealista Sérgio Lima, aos 84 anos. Conhecido internacionalmente, é autor de diversos livros sobre o tema, como o recém-lançado Imagem-Acontecimento (2023), publicado pela Cinemática em parceria com a Afluente, e A Aventura Surrealista: Cronologia do Surrealismo, tomos 1 e 2, publicados pela Edusp em 1995 e 2010.

Em recente entrevista à Continente, o artista anunciou que um próximo livro seu sobre surrealismo seria publicado em breve. No Brasil, porém, Sergio Lima nunca teve o devido reconhecimento. Assim como o surrealismo brasileiro. No ano em que completa centenário, o movimento ainda encontra quem ignore sua importância.

Lima ressaltou a exclusão do tema surrealista da pauta do modernismo brasileiro. “O surrealismo faz parte do espírito moderno, que Graça Aranha já havia abordado no pré-modernismo. O problema do Brasil é que ninguém lê nem discute o que lê. Nem os modernistas leram”.

Natural de Pirassununga, em São Paulo, Sérgio Lima participou, nos anos 1960, do Grupo Surrealista de Paris, convidado pelo fundador e autor do Manifesto Surrealista de 1924, André Breton. Como curador, organizou a XIII Exposição Internacional do Surrealismo, em 1967, em São Paulo. Como artista, começou a produzir, nos anos 1950, pinturas e colagens. Como poeta, publicou, em 1963, Amore, livro resenhado por Breton.

O velório do artista acontece nesta sexta-feira (26), às 12h, e o sepultamento será às 17h, no Cemitério Paz do Morumbi, em São Paulo.

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