"Cosmo/Chão" em Brennand

A partir deste sábado (9), a Oficina Francisco Brennand dá início às celebrações do seu 53º aniversário, com a principal exposição de 2024: Cosmo/Chão. Contando com um acervo de cerca de 90 obras de 15 diferentes artistas brasileiros, a coletiva inédita traz esculturas que dialogam com o título da exposição. De acordo com seus curadores, Germano Dushá e Gleyce Kelly Heitor, "Cosmo/Chão é a ideia que desce para tomar forma terrena; e é o chão que sobe, ganhando corpo. É o infinito num punhado de terra. É a incorporação do todo em um contorno”.

A partir dessa definição e diante de termos como "identidade", "espiritualidade", "memória e "território", as obras expostas na Oficina Francisco Brennand são artes escultóricas criadas por Advânio Lessa (MG), Aislan Pankararu (PE), Castiel Vitorino Brasileiro (ES), Celeida Tostes (RJ, 1929-1995), Ceramistas de Itamatatiua (MA), Conceição dos Bugres (RS/MS, 1914-1984), Cristiano Lenhardt (RS/PE), Christina Machado (PA/PE), davi de jesus do nascimento (MG), Josi (MG), Mestre Guarany (BA, 1884-1985), Thiago Martins de Melo (MA), Tiago Amorim (PE) e Solange Pessoa (MG), além de Francisco Brennand (PE, 1927-2019).

“Queríamos artistas que trouxessem novas perspectivas, tanto formais quanto conceituais, de modo a ampliar as possíveis interpretações do público sobre o que esse território representa — tanto fisicamente quanto no imaginário cultural. Além disso, essa pluralidade de vozes artísticas possibilita a criação de novos diálogos culturais, tensionando e expandindo a identidade da Oficina ao propor novas leituras e atravessamentos simbólicos”, explica Gleyce Kelly Heitor.

"Cada artista traz consigo a carga histórica, social e material dos lugares que habita e lhe atravessam. Naturalmente, isso traz uma diversidade de ideias, formas e materialidades. Há alguns pontos objetivos que talvez ligue muito das obras, que é o uso de matéria natural, como a argila, a terra, os pigmentos naturais, os resíduos vegetais etc. Mas, de fato, o que há em comum entre esses artistas é um pensamento voltado para o entorno, para significantes coletivos, para o espaço em que vivem, para questões do cotidiano coletivo, e para a imaginação de modos de ser e, por que não, de mundos”, destaca Germano Dushá.

Com entrada totalmente gratuita, o primeiro dia da exposição coletiva vai contar também com uma feirinha gastronômica e apresentações de DJs. A visitação ocorre das 9h às 17h, com fechamento da bilheteria às 16h. Nos demais dias, aqueles que desejarem conhecer as obras expostas, além de toda Cidadela criada pelo artista Francisco Brennand, podem comprar seus ingressos na bilheteria pelos valores de R$ 50 e R$ 25, a meia-entrada. Residentes de Pernambuco pagam R$ 40, na inteira, e R$ 20, na meia, e crianças de até 5 anos, professores e alunos da Rede Pública, funcionários de museus e guias de turismo têm acesso gratuito. 

SERVIÇO
Exposição Cosmo/Chão
Onde: Propriedade Santos Cosme e Damião - R. Diogo de Vasconcelos, S/N – Várzea, Recife
Quando: A partir do dia 09 de novembro
Quanto: Entrada Gratuita no dia 09/11. Nos demais dias, R$ 50 e R$ 25 para não residentes em Pernambuco e R$ 40 e R$ 20 para moradores do estado
Informações: site da Oficina / @oficinafranciscobrennand