Música

Morre Roberta Flack, aos 88 anos

Morte da cantora famosa pelo hit "Killing me softly" foi anunciada nesta segunda-feira (24); artista recebeu diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), em 2022

24 de Fevereiro de 2025

Foto Divulgação

Conhecida internacionalmente pelo hit "Killing me softly (with his song)", Roberta Flack faleceu, aos 88 anos, nesta segunda-feira (24). O anúncio foi feito por seus agentes à revista Variety. A artista recebeu diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica (ELA), em 2022. "Estamos tristes pelo falecimento da gloriosa Roberta Flack na manhã de 24 de fevereiro de 2025”, diz o comunicado. “Ela morreu pacificamente cercada por sua família. Roberta quebrou limites e recordes. Ela também era uma educadora orgulhosa.”

Roberta Cleopatra Flack nasceu em 10 de fevereiro de 1937, na Carolina do Norte, em uma família de pais pianistas. Quando tinha nove anos de idade, ganhou de seu pai um piano, encontrado em um ferro-velho. Praticando desde então, aos 15 anos, foi admitida na Universidade Howard. Gravou seu primeiro disco em 1969, First take. Em 1972, emplacou o top 10 da Billboard, com "You've got a friend", de Carole King.

Cantora de soul em ascensão, Roberta Flack ouviu, em um avião, "Killing me softly (with his song)", de Charles Fox e Norman Gimbel, na voz de Lori Lieberman, gravada no álbum de estreia da cantora folk em 1972. Em setembro daquele ano, Roberta cantou a música na abertura do show de Quincy Jones. Com os aplausos efusivos da plateia, o produtor disse à artista: "Não cante mais essa maldita música até gravá-la". Roberta gravou e foi um imenso sucesso. Com ela, em 1974, a artista recebeu seu segundo Grammy consecutivo de Gravação do Ano - a primeira a realizar tal feito. Antes, em 1973, já havia recebido pela música "First Time I Ever Saw Your Face".

No ano de 2016, ela sofreu um acidente vascular cerebral. Em janeiro de 2022, contraiu Covid-19 e, mesmo com as sequelas do AVC, ainda pretendia lançar um documentário autobiográfico e um livro infantil sobre seu primeiro piano. Em novembro, anunciou o fim da carreira musical, por estar com esclerose lateral amiotrófica, que dificultava sua fala.

Indicada por 13 vezes, recebeu sua última nomeação ao Grammy em 1995, na categoria Melhor performance vocal pop tradicional, por “Roberta”. Venceu, ao todo, quatro Grammys. A artista foi homenageada pela Academia pelo conjunto de sua obra em 2020. Em sua carreira, Roberta gravou 20 álbuns de estúdio. Flack, que se divorciou de Stephen Novosel em 1972, deixa um filho, o músico Bernard Wright.

Em 1996, "Killing me softly (with his song)" foi regravada por Laurin Hill, no disco The Score, dos Fugees, voltando a tocar no mundo inteiro e resgatando, para uma nova geração, o nome de Roberta Flack. 

veja também

Garapa Nervosa celebra 30 anos

Suraras do Tapajós na Casa Estação da Luz

Garanhuns Jazz Festival reúne atrações nacionais e internacionais