Artista nigeriano expõe fotografias na Fundaj de Casa Forte

“Fiz essas imagens e montei essa mostra para passar a mensagem de que as pessoas busquem suas origens, suas ancestralidades. Para que saibam de onde vieram e onde querem chegar. A África tem mais de 200 idiomas e apenas um dos seus 54 países não foi colonizado, que é a Etiópia”, diz o artista nigeriano Mallam Mudi Yahaya sobre os mais de 70 registros fotográficos que compõem a exposição  “ECOAR - Refletindo A Sombra Africana da Memória”. A mostra é fruto de parceria entre o Consulado-Geral da Alemanha no Recife e será aberta ao público no dia 2 de novembro, na Pinacoteca da Fundaj, em Casa Forte. 

É a primeira vez que o Brasil recebe obras de Mallam, cujo enfoque do trabalho está em exibir a complexidade das culturas africanas e as interpretações diversas que percorrem as identidades híbridas do continente em seus diferentes dialetos visuais e vocabulários. O artista exibe seu próprio arquivo fotográfico, criado ao longo de mais de 20 anos durante suas extensas viagens por países do continente africano como Nigéria, Benin, Gana e Senegal.

“Esta exposição é dedicada à maior influência intelectual da minha vida, Sra. Jumoke Ali Baba, que me apresentou a história da Nigéria e particularmente a terra, cultura, história e tradições Kalabari. Foi ‘Aunty’ quem primeiro me levou ao Delta do Níger e me conectou à influência portuguesa na história do povo da região”, disse o artista em texto divulgado para a imprensa.  

O artista nigeriano está no Recife para acompanhar a montagem da exposição, cujas imagens pretendem incentivar as pessoas a buscarem suas origens e ancestralidades para que saibam de onde vieram e onde desejam chegar.  São fotografias coloridas de pessoas, residências, manifestações culturais e religiosas, além de objetos e texturas. A mostra fica em cartaz até 28 de fevereiro de 2024. 

SERVIÇO

Exposição “ECOAR - Refletindo A Sombra Africana da Memória”

Visitação: Terça a sexta, das 10h às 16h30, e sábado a domingo, das 13h30 às 16h30

Localização: Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte

Entrada gratuita