[Série] Olhos que condenam
Nova série da Netflix apresenta história verídica que ilustra racismo estrutural
TEXTO Revista Continente
21 de Junho de 2019
Foto Reprodução
Na primavera de 1989, cinco jovens negros americanos, entre 14 e 16 anos, são presos e coagidos a confessar o crime de agressão e estupro contra Trisha Meili, ocorrido no Central Park. Essa é uma história real que agora vira enredo em nova série da Netflix, a mais assistida da plataforma de streaming nos EUA desde a sua estreia. Dividida em quatro partes, Olhos que condenam (When they see us) traz Linda Fairstein (Felicity Huffman) e Elizabeth Lederer (Vera Farmiga) para o centro da história, duas representações fortes de como o Estado pode ser desumano. Ocupando os cargos de procuradora de Nova York e promotora do caso, respectivamente, suas ações ilustram como o racismo é estrutural, através do discurso de que os garotos negros, apenas por estarem no local, eram automaticamente autores do crime. O nome por trás dessa grande produção é Ava DuVernay, cineasta conhecida pelas obras que apresentam crítica incisiva ao racismo – em Selma: Uma luta pela igualdade – e ao sistema carcerário estadunidense – no documentário A 13ª Emenda. Em Olhos que condenam, Ava dirige os quatro episódios e é corroteirista, além de assinar como co-produtora.