[Oscar] Honeyland
Filme da Macedônia foca suas lentes na apicultora Hatidze Muratova
TEXTO Revista Continente
31 de Janeiro de 2020
Foto Divulgação
Uma personagem encontrada por acaso e mais três anos de sua vida sendo registrada nas montanhas remotas da Macedônia renderam o documentário que marca o ineditismo de concorrer ao Oscar de sua categoria e de Melhor Filme Estrangeiro. Esse fenômeno chamado Honeyland, primeiro lugar na lista do New York Times dos melhores filmes de 2019, foca suas lentes na apicultora Hatidze Muratova. Ela cultiva o mel de forma sustentável, respeitando as abelhas e o tempo de cultivo. Com ele, provém seu núcleo familiar, que consiste apenas nela e sua mãe, uma idosa que está há quatro anos de cama. O documentário não tem narração, nem legendas informativas.Tudo o que sabemos vem da voz de sua protagonista e dos vizinhos. A amarração dessa história de episódios prosaicos é feita de forma lenta. Um filme poético, que evoca o amor, a solidão, a sobrevivência e, principalmente, o respeito ao outro e ao meio ambiente.