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[DEVOTOS] O fim de que nunca acaba

No aniversário de trinta anos, o trio formado no Alto José do Pinho leva seu punk rock hardcore para o sétimo álbum de estúdio

TEXTO Revista Continente

24 de Setembro de 2018

Cannibal, Neilton e Cello lançam 'O fim que nunca acaba'

Cannibal, Neilton e Cello lançam 'O fim que nunca acaba'

Foto Aline Sales/Divulgação

Com trinta anos de estrada, o Devotos, banda ícone do Alto José do Pinho, está com disco novo na praça. O fim que nunca acaba é o sétimo registro fonográfico do trio formado por Cannibal (baixo e voz), Neilton (guitarra) e Cello Brown (bateria). E o melhor é que o álbum já saiu com um clipe. A canção Eu o declaro meu inimigo foi escolhida para ser o primeiro single - não por acaso, um título bastante sugestivo para os dias de hoje. No vídeo, uma animação que teve a colaboração de 127 profissionais, entre ilustradores, artistas plásticos animadores, designers e artistas gráficos de todo Brasil.

Cannibal, vocalista do grupo, explica o título do novo álbum: "É pela longevidade de uma banda como a nossa em um Estado com pouco lugar de divulgação para o hardcore como Pernambuco. Aqui praticamente não existe espaço para o hardcore nas rádios e TVs locais. São poucos os festivais locais. Os editais também são raros. Acho que qualquer outra banda, no nosso lugar, já teria desistido há muito tempo. E a gente, ao invés de mudar para o Sul ou o Sudeste, onde os espaços de divulgação são maiores, optou por continuar morando aqui. É um verdadeiro trabalho de resistência".

O fim de que nunca acaba sai no Brasil pelo selo Red Star e em vinil na Europa pelo selo francês Mass Prodution. Com produção do próprio Devotos, mixado e masterizado por Mathias Severien, o disco traz participações que a própria banda descreve como "muito especias", a exemplo de Maciel Salú em Liga da Justiça e Maestro Forró nos trompetes em Chama Padre Quevedo e Incrédulo.

Detalhe: o álbum foi gravado no estúdio Altovolts por Neilton, que além das guitarras energéticas, assina as ilustrações e projeto gráfico da capa. Ouça O fim que nunca acaba aqui.

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