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Quando foi exibido na abertura do 9º Olhar de Cinema, em outubro de 2020, Para onde voam as feiticeiras (Brasil, 2020), documentário de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, simbolizava tudo que estava interditado naquele tempo incerto de uma pandemia letal e ainda sem vacina: a liberdade de estar nas ruas, ocupando os espaços públicos e provocando reflexões a partir de corpos desviantes. O filme acompanha o grupo LGBTQIAP+ formado por Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes e Wan Gomez enquanto interage com várias pessoas no centro de São Paulo. As estratégias do gênero documental são alinhavadas com a performance, propondo uma encenação que também é uma busca pela convergência entre arte e realidade. Naquele momento, o filme era um sopro de esperança. Agora, ao estrear em agosto, é a certeza de que tudo pode e deve ser diferente.