[Ciência] Quando as espécies se encontram

“Quem e o que eu toco quando toco minha cadela?”, “Como o devir-com é uma prática de devir-mundano?” Com essas perguntas em mente, Donna Haraway elaborou o seu novo livro, Quando as espécies se encontram (Ubu). Na publicação, a zoóloga, bióloga e filósofa norte-americana reflete sobre como os humanos dividem o seu espaço no planeta com outros seres e organismos não humanos – de bactérias a animais, máquinas e ferramentas – e sobre como nos moldamos uns aos outros. “Adoro o fato de que genomas humanos sejam encontrados em apenas cerca de 10% de todas as células que ocupam o espaço mundano que chamo de meu corpo; os outros 90% das células são preenchidos pelos genomas de bactérias, fungos, protistas e que tais, alguns dos quais tocam uma sinfonia para que eu esteja viva…”, escreve. A autora analisa conexões, interações e intra-ações entre espécies e aborda temas que vão da engenharia genética aos privilégios de raça e classe.