Ensaio visual

Natureza viva

Ensaio fotográfico no Engenho de Massangana, no Catimbau e em Bezerros

25 de Setembro de 2025

Foto Pedro Nabuco/Divulgação

Desde a cosmovisão indígena ao Romantismo em fins do século XVIII  — na epifania de um planeta vivente do bávaro Humboldt ao subir, no século XIX, o vulcão Chimborazo no Equador —; na consciência do século XX até a casa comum da Encíclica Laudato Si; na atual concertação internacional e busca tardia de caminhos ecológicos no século XXI, o ser humano sonha e se insere na vida do planeta.

A natureza viva existe em todas as esferas. Na coexistência de áreas habitadas e de preservação, em espaços naturais, nas plantas de nossas casas, nos biomas que são vida inteligente, em nós mesmos.

As fotografias foram feitas no Engenho de Massangana, no Catimbau, em Bezerros, no Recife, na Chapada dos Veadeiros, em Minas Gerais e na Mata Atlântica fluminense.

Adentrar áreas selvagens é transformador. O meu bisavô Joaquim Nabuco escreveu que aspirou os aromas agrestes ao revisitar o Engenho de Massangana de sua infância, ao decidir dedicar-se a combater a escravidão.

O que sentiam os povos agrestes das pinturas rupestres nos séculos idos no Catimbau? Impossível não se perguntar ao contemplá-las à luz da manhã, graças ao encontro e à hospitalidade da terra sagrada de Pernambuco.

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