Das guerras e da queda à ascensão: A reestruturação e o potente ressurgimento econômico
Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, o Japão se beneficiou do Plano Marshall para se desenvolver como potência industrial e tecnológica
25 de Junho de 2025
Foto Fotoarena
No término da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Japão alcançou um grande crescimento e desenvolvimento industrial por meio do aumento das exportações de suprimentos necessários para a manutenção da guerra de seus aliados europeus. Entretanto, a intensificação de capital para o Japão, somada aos problemas de fornecimento de seu principal alimento – o arroz –, conduziu rapidamente o país a um processo de inflação nas vilas e cidades japonesas. Nesse processo, as forças de extrema direita e de militares que estavam no poder no Japão conduziram a uma rápida industrialização e expansão imperialista, mas o país enfrentou a escassez de recursos naturais necessários para o seu desenvolvimento, cujo acesso estava sujeito às interferências da marinha estadunidense.
A crise financeira de 1929 em Nova York também aprofundou os problemas econômicos já existentes no Japão, tais como a queda brusca nos preços de produtos como a seda japonesa e o arroz. Ao mesmo tempo, pressões externas como as interferências da marinha estadunidense permaneciam, que em conjunto com o grande apetite econômico e de contínuo crescimento da força militar e naval japonesas, não tardou a surgir ideias de que a única forma de suplantar as limitações impostas seria através de uma guerra rápida.
Nesse sentido, entre 1936 e 1939, foram assinados vários tratados entre a Alemanha, Itália e o Japão, mas a conformação do eixo entre as três nações ocorreu em 1940. Eric Hobsbawm afirma, no livro A era dos extremos (2015), que a ampliação do poder do eixo Berlim, Roma e Tóquio por intermédio da ocupação nipônica no Sudeste Asiático foi classificada como um episódio intolerável pelos Estados Unidos, que aplicaram um grande embargo econômico ao Japão e o congelamento de bens. Isso dificultou de forma significativa o acesso aos bens necessários para o abastecimento da nação oriental por meio do comércio marítimo – conduzindo a um conflito inevitável.
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