Comentário

Notas sobre Jean-Luc Godard, que se foi aos 91

Crítico que fez parte do grupo que começou a exibir, no Recife, os filmes do cineasta, nos anos 1960, comenta a obra do maior inventor de novas formas de linguagem no cinema

TEXTO Celso Marconi

14 de Setembro de 2022

Jean-Luc Godard no 'Festival de Veneza' de 1983

Jean-Luc Godard no 'Festival de Veneza' de 1983

Foto MARCELLO MENCARINI/Leemage via AFP

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Qualquer cineasta dono de uma produção de mais de 40 filmes longos ficaria muito contente e satisfeito em impor ao mundo a sua carreira. Jean-Luc Godard tem essa produção, porém nunca que usaria esse número para mostrar grandeza. E isso pelo fato de que cada obra desse cineasta suíço-francês tem uma estrutura própria e, mesmo assim, também demonstra que um grande artista da imagem e do som está por trás dele.

Seus filmes servirão de agora por diante para que especialistas no mundo todo mostrem que o cinema de JLG, e o cinema em geral, é uma arte ainda em estruturação. E esse século e pouco não constituiu, com toda certeza, numa concretude única. 

Quando comecei a fazer crítica de cinema nos anos 1950 não imaginei que, aos 92 anos, seria convidado a fazer uma matéria sobre um dos cineastas mais famosos no mundo todo e que, tendo um pouquinho menos do que a minha idade e faltando quatro meses para completar 92, cometeu suicídio assistido. Um ato, sem dúvida, inteiramente novo do ponto de vista da ambiência social. Mas tinha que ser um artista com a estrutura de Jean-Luc Godard para tomar tão tranquilamente esse comportamento. 

Nos anos 1960, no Recife, eu e Fernando Spencer éramos responsáveis pelo Cinema de Arte que funcionava no Cinema Coliseu, em Casa Amarela. E, como programador, coloquei os novos filmes de Godard em exibição, o que causou pelo menos estranheza. O próprio Spencer não concordava muito com essas marcações minhas, mas aceitava, pois sabia que algo diferente estava acontecendo e, se não era propriamente em nosso país, era em muitos outros. 

E assim a presença de JLG foi se afirmando também em nossa cidade. Não quer dizer que as pessoas gostassem muito sempre. Por exemplo, Fernando gostava muitíssimo de Fellini, de Vittorio de Sica e outros grandes cineastas italianos com filmes mais fáceis de serem amados. Desde suas primeiras produções, Godard mostrou que não veio fazer cinema para divertir. O que lhe interessava era mexer com a linguagem cinematográfica.

Não se importava em contar uma história à máxima fórmula para que um filme atraísse muitos espectadores. 

Mesmo quando fez Acossado (À bout de souffle, 1960), que é um filme com uma historinha simples e sem dúvida agradável para muita gente – com dois atores de aparência também agradável –, Godard utilizou uma forma de contar que, desde aí, já traz as maneiras não tradicionais de contar. O espectador era obrigado a se interessar por procurar saber coisas como o que esses jovens estão fazendo aí, coisa que o cinema predominante de Hollywood não se preocupava em colocar no contexto do filme. 

Mesmo assim, a “esquerda” não se interessou muito pelos filmes de Godard, pois ele deixava dúvidas quanto ao seu modo de pensamento. O diretor vinha da Suíça de uma família de banqueiros e ninguém acreditava que esse menino rico estivesse interessado em fazer uma arte, em princípio, revolucionária. Deveria estar fazendo arte cinematográfica para se divertir. E esse pensamento ficou aparecendo até agora. 

Como Godard não faz arte para se divertir nem tampouco divertir o espectador, sua produção, em nenhum momento, entrou na indústria cinematográfica. Trabalhou a vida inteira no sistema de produção independente, tendo ele próprio que correr atrás das verbas para as produções. E assim sempre utilizou temas individualistas e mesmo políticos. Embora pela linguagem que sempre utilizou, se transformou involuntariamente num cineasta elitista. 

Dentro dos 40 filmes que realizou, eu destacaria a série Histoire(s) du cinema, com oito episódios. A produção veio através de ligação com grupos do Canadá, onde promoveu uma espécie de curso sobre cinema e, além da série, também produziu um livro sobre a história do cinema. Como em todos os seus filmes, a história vem sendo em forma debatível. E assim muitos protestaram algumas afirmações. 

O que penso deve ficar claro: é que não se trata de gostar dos filmes de Godard. Eles não são feitos para agradar. O fundamental deles todos é colocar, o máximo possível, obras para mostrar o que pode vir a ser a arte cinematográfica. Tanto que, em alguns momentos, o cineasta se colocou como puro artista formalista; em outros, quis que a política fosse, na ação cinematográfica, mais importante. 

Na minha biblioteca pessoal, tenho alguns livros escritos por Godard: cinco guiones (roteiros). Le mépris, Jean-Luc Godard par Jean-Luc Godard – tomes I et II –, 1950-1984 e 1984-1998. A verdadeira história do cinema. O Film socialisme – dialogues avec visages auteurs. Neste último livro, tem um autógrafo de Godard para mim tomado em Paris pela minha filha Isabela Lins. 


Livro de Celso autografado por Godard. Imagem: Reprodução

Aqui, juntei alguns textos que já havia escrito antes e que me parecem importantes para mostrar que perdemos agora, com seu suicídio assistido, um artista excepcional. Você pode não gostar, mas não pode deixar de conhecer para ter uma cultura integral do cinema. 

GODARD NA MUBI
O maior inventor de novas formas de linguagem no cinema, desde a segunda metade do século XX, o cineasta Jean-Luc Godard está agora com seus filmes em exibição na Mubi, plataforma de streaming, e assim está sendo visto pela elite intelectual brasileira como um excelente realizador, de bom gosto e diversão sofisticada. Mesmo que os filmes de JLG não sejam mais surpresa para esse público, porque as suas principais descobertas formais foram assimiladas por todos os cineastas do mundo e assim viraram indicação para quem quer fazer cinema com estilo. Não tem mais mistério e sim diversão. 

Entretanto ninguém até agora conseguiu atingir o nível estético de Jean-Luc Godard e isso porque um bom cineasta pode simplesmente aproveitar os caminhos descobertos pelo francês, mas é preciso ter o toque de genialidade para então renovar e se recriar em cada filme. 

O filme que vi hoje foi Máfia em Paris, um título simplório para não utilizar o colocado pelo cineasta, “Detetive”. O fato é que todo cineasta profissional precisa fazer filmes com certa periodicidade e assim até um Godard se encaixa nesse esquema. Assim consegue uma produção e o filme com ares de popular tem que ser feito. Esse “Detetive” seria uma obra do gênero “policial” e o cineasta o desenvolve buscando a criação de um “policial”. A verdade, porém, é que um verdadeiro apreciador de filmes policiais não iria ficar na cadeira do cinema mais do que uns 17 minutos e sairia correndo, pois o filme tem a aparência, mas, no fundo, não tem nada do que um “policial real” deveria ter.

Basta observar os diálogos em que não se esconde nenhum mistério e nem mesmo violência. O lutador de boxe parece não um lutador, mas, sim, um imitador de um possível lutador. Afinal Jean-Luc Godard faz cinema não para divertir, no sentido tradicional de um filme hollywoodiano. O que ele termina deixando é algo que, antes mesmo de 1985, quando o filme foi feito, pode expressar um pensamento. E como é dito num dos diálogos, sim as pessoas falam e pensam que estão pensando. 

É um cineasta experimental e que pensa, mas não se esquece de mostrar aos seus produtores que seu filme pode atingir uma determinada camada de público. E, para isso, não se esquece de colocar como intérpretes figuras que estão na mídia de comunicação, como Johnny Hallyday, Nathalie Baye, Laurent Terzieff e, em pequenos papéis, muitos atores famosos. Interessante como Jean-Luc Godard não se esquece nem mesmo de colocar uma trilha sonora com música que poderia também estar numa obra popular, como a música do extraordinário clássico Richard Wagner. 

Enfim quem por acaso ainda não conheça o cinema de JLG terá uma boa surpresa indo ver, ou melhor, assistindo na tela do seu computador ou da televisão esse trabalho, “Detetive”, divertido e muito inteligente no sentido de não perder tempo com falsas emoções. 

Olinda                                  17.3.22 

O SILÊNCIO E O CINEMA E MR. JEAN-LUC GODARD
A entrevista está no YouTube, mas quem me alertou para ela foi meu amigo Urariano Mota, que me enviou um link. E ela não é mesmo anunciada como uma entrevista, mas sim uma conversa entre o cineasta Jean-Luc Godard e o crítico, professor, documentarista indiano C. S. Venkiteswaran. Ele aproveitou o Festival de Cinema de Kerala, Índia, que aconteceu de 12 a 19 de fevereiro de 2021, para criar essa conversa. 

O crítico lá na Índia e Godard em sua casa no interior da França. A conversa aconteceu durante cerca de 1h30. O crítico falando em inglês e Godard falando uns pedaços em inglês e outros em francês. E havia uma moça que fazia a tradução, às vezes do francês para o inglês e outras do inglês para o francês. E, às vezes, quando se falava só francês havia uma legenda em inglês. Coisa refinada. 

O que eu gostei mesmo foi de ver a disposição de Godard para continuar falando sobre o cinema que ele faz. Um cinema que busca sempre descobrir a melhor forma para a criação da linguagem. Houve um momento em que ele teve que falar bastante para mostrar que estava distinguindo a simples linguagem, que é falada em qualquer língua como francês, italiano, chinês, da linguagem que é criada por um cineasta quando está fazendo um filme. Pelo menos por um cineasta como ele. Teve um momento em que Godard terminou de falar sobre os assuntos e, quando parou, aconteceu uma pausa de alguns segundos e ninguém falou. E Godard mostrando que continua com muita vivacidade; começou a comentar sobre silêncio, silêncio e silêncio e destacar a importância justamente do silêncio para a criação da linguagem do cinema. 

Durante a entrevista Godard acendeu o que me pareceu um justo cubano – tenho que perguntar ao amigo Daniel Santiago – e fumou o tempo todo. Esse primeiro charuto quase terminou. Ele dispensou e acendeu outro do mesmo quilate. Mostrando que continua vivo mesmo com os seus 90 anos de idade. Vale não é, Maurício Silva? 

Olinda                                  4.3.2021 

GODARD E A ARTE DE ENCOMENDA
Jean-Luc Godard é um artista que está sempre em evidência e o que me chamou a atenção hoje foi a presença de cinco filmes dele no site Making Off, todos feitos por encomenda. Dois são documentários, British sounds (1969), que tem duração de 51 minutos, e que é sobre a situação industrial ou a indústria da Inglaterra, e que ele dirigiu em parceria com Jean-Henri Roger. O outro é sobre a situação do jornal e do jornalismo, Comment ça va? (1976), e que ele dirigiu em parceria com sua mulher Anne-Marie Miéville e tem duração de 78 minutos. São dois filmes em que a presença do estilo de Godard não é muita. Mas sempre se mostram experiências não tão tradicionais de documentário. 

Os outros três fazem parte de uma série que ele fez para um grupo de Moda Marithé François Girbaud. Cada filme tem a duração de apenas três ou quatro minutos. São publicidade, porém realmente são raras as empresas que aceitariam esses filmetos. São filmes nos quais o que importam são os golpes de poesia que são jogados ou dados. Num deles tem a frase: “A moda é eterna e ela quer descobrir a eternidade”. Cenas de jovens gritando sim ou não. Uma jovem jogada num espaço alagado e um jovem a carrega nos braços. Cortes bruscos. Isso é a publicidade de Godard. 

Jean-Luc Godard vem da Suíça, onde a sua família é de banqueiros. Consta que sua mãe às vezes o ajuda. Mas, em geral, ele busca ganhar a produção dos seus filmes. E não buscar com a sua família. Claro que lutar por produção quando você vive numa família riquíssima é algo especial. Mas assim ele se sente e se apresenta como independente. O melhor é que, muitas vezes, ele briga com os produtores. E sai ganhando. 

Olinda                               24.2.21 

A CHINESA DE GODARD
No livro de Anne Wiazemsky, Um ano depois, ela conta que estava esperando viajar para a China em excursão de lançamento do filme A chinesa (1967), mas, quando falou com Jean-Luc, ele lhe disse que “os chineses não quiseram o filme”. E ele ficou abatido por essa rejeição. Mas me parece que, no fundo, ele sabia que os “chineses” poderiam não gostar do seu filme, pois o cinema que eles tentavam fazer na época, formalmente, tinha muito mais a ver com o hollywoodiano, com a linguagem norte-americana que era apropriada para ser entendida pelas massas, e isso era o que a China de Mao precisava. 

Não um cinema que, para ser entendido, exigia um espectador que fosse capaz de ler bem e com rapidez, pois o ritmo do filme de Godard é muito ágil. E não no sentido do norte-americano. Já vi algumas vezes A chinesa, mas essa semana fiz o seguinte: vi o filme sem legendas e com o áudio original em francês e depois li separado as legendas em português, e isso para melhor assimilar o que está no conjunto.

O cinema de Jean-Luc não é emocional, mas, sim, subjetivo, como se fosse um ensaio sobre a revolução socialista. Godard quer que seu cinema discuta uma questão sociológica ou/e filosófica e o espectador do cinema, em geral, pensa no cinema como uma arte que coloca o emocional como a sua linguagem. Aí é que está a grande diferença entre o que Godard faz e, por exemplo, o cineasta sueco Ingmar Bergman, que é ou foi também um gênio da sétima arte, faz. Penso que nem se fosse hoje os chineses entenderiam um filme como A chinesa, cuja dialética é hegeliana racional e ocidentalizada para o espectador europeu ver e entender. Jean-Luc criou uma obra dentro da sua visão francesa e se apegando às questões dessa cultura principalmente.

A luta interna que então existia entre URSS x China, os chineses nem mesmo queriam que ela fosse debatida publicamente. Pois tanto Stalin quanto Mao pretendiam que houvesse uma unidade no então campo socialista. Mas A chinesa ainda é hoje pré-Maio de 68 e, com ele, a nova linguagem cinematográfica ficou criada por JLG.

Seu visual imagético tem um certo tom de brincadeira pop, quase um filme de animação, mas os textos, diálogos quase monólogos, são importantes para uma obra visual dos anos 1960 no mundo ocidental. Em 1967, A chinesa ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza. 

Olinda               21.5.2018 

O FORMIDÁVEL GODARD
Os filmes de Jean-Luc Godard não conseguem ganhar muito público, isso desde o início de sua carreira profissional, nos anos 1960. Mas os que gostam dele e do trabalho dele não se cansam de pesquisar e debater sobre sua obra. E o livro Un un après, escrito pela sua ex-mulher, Anne Wiazemsky, atriz de La chinoise, vem dando motivação para essa conversa em torno dele e do filme O formidável (Le redoutable), que passou no Festival de Cannes em 2017 e jogou mais elementos para o debate. 

O filme foi dirigido pelo cineasta Michel Hazanavicius, que tem na sua filmografia o filme O artista (2011) – não sei mais sobre ele. O ator que representa Godard é Louis Garrel e a atriz que viveu Anne Wiazemsky se chama Stacy Martin. É um filme simples e que segue, de certa forma, a estrutura do livro de Wiazemsky e mostra a força que a literatura tem sobre o cinema, embora os dois produtos não fujam de um certo estilo elementar e propenso a agradar o grande público. Só que termina que não consegue chegar lá. 

Jean-Luc Godard sempre foi um tanto escanteado pela “esquerda” intelectual, pois sempre foi considerado como um pop star e não um artista político – mesmo nos anos 1960, quando ele se ligou a um grupo maoísta chamado em homenagem ao cineasta Dziga Vertov, justamente Dziga Vertov. O formidável conta a história com simplicidade e tem cenas que se distinguem pela sua inteligente criação, inclusive algumas cenas de sexo entre os dois intérpretes, coisa que o livro obviamente só cita de raspão. A piada da quebra dos óculos também movimenta bem a narrativa e é bem-construída a sequência final.

Na verdade, Jean-Luc Godard vem sendo o mais vivo cineasta no mundo, desde os anos 1960, embora ele afirmasse, durante o movimento de Maio de 68, que Jean-Luc havia morrido e que Godard também, e que se chegasse à velhice, romperia com ele mesmo. E hoje ainda está participando com um novo filme Le livre d’image, do atual Festival de Cannes, e não sei ainda se foi premiado. É provável que não.

No Recife, os filmes de Godard, inclusive Acossado, começaram a ser exibidos através do Cinema Coliseu, em Casa Amarela, quando a exibição era organizada por um grupo de críticos do qual eu fazia parte. E quem fez um cinema em super 8, na cidade, mais próximo do estilo de Jean-Luc, foi Amin Steple Hiluey. 

Olinda                   16.5.2018 

REFLEXÕES SOBRE GODARD
Penso que dois filmes de Jean-Luc Godard que eu nunca tinha visto e que consegui baixar e ver essa semana são da época de maior radicalismo do cineasta nos anos 1960. Um foi realizado justamente no período em que os estudantes ocuparam as ruas de Paris no maio de 1968: Le gai savoir (A gaia ciência) e o título foi retirado do livro de Nietzsche; mas, além do nome, Godard não trouxe nada expressamente do filósofo. Esse é um filme que se vê com prazer e principalmente porque tem a presença de duas figuras profissionais como intérpretes de cinema, o ator Jean-Pierre Léaud, que trabalhou principalmente com François Truffaut, e a atriz Juliet Berto, que já era conhecida nessa época. 

O outro filme se chama Un film comme les autres (Um filme como os outros) e foi realizado um ano depois, em 1969, e também inspirado na ação dos estudantes nas ruas de Paris. Esse não tem nenhuma figura profissional de cinema e talvez seja o filme menos cinematográfico de Godard. Quando ele coloca “um filme como os outros”, deveria completar dizendo “como os outros não são”. Godard filma alguns jovens sentados numa área ocupada por capim e nem mesmo aparece os jovens todos, mas parte dos movimentos deles. E, no som, coloca uma narrativa sobre questões do operariado. Às vezes, alguns movimentos de greve e ou passeata. 

Esses dois filmes não são assinados por ninguém e apenas sabemos que foram realizados pelo grupo de Godard. Nessa época, ele era ligado a grupos maoístas, embora o que está dito não deixa nunca de ter uma certa ironia. Como é e foi sempre um intelectual da burguesia, Jean-Luc Godard assumiu posição radical de esquerda, mas sem se esquecer das suas dúvidas. 

Os dois filmes e outros de Godard estão no site Making Off. A única concessão que Godard faz à beleza é no final de Um filme como os outros, colocando uma coluna com a palavra bleu escrita em azul e a palavra rouge escrita em vermelho, e o som ocupado com uma bela canção revolucionária. 

Olinda                     20.10.2017

CELSO MARCONI é jornalista e crítico de cinema. Foi diretor do Mispe (Museu da Imagem e Som de Pernambuco) e programador de cinemas do Recife.

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