Cinema

Festival do Rio anuncia vencedores

Com maratona de 300 filmes, mostra abrigou a estreia no Brasil de seis obras pernambucanas, premiando algumas delas, como a animação "A menina e o pote" e as atrizes de "Ainda não é Amanhã" e "Manas"

TEXTO Bruno Albertim

14 de Outubro de 2024

Mayara Santos recebeu troféu pela atuação em

Mayara Santos recebeu troféu pela atuação em "Ainda não é amanhã", de Milena Times

Foto Divulgação

Diante de uma cerimônia concorridíssima em que o PIB intelectual e artístico do cinema brasileiro disputava cada poltrona do histórico cinema Odeon, na Cinelândia, o Festival do Rio, um dos mais importantes do Brasil, premiou novíssimos nomes a serviço do cinema pernambucano. Gratíssima revelação, a jovem paraibana Mayara Santos recebeu o Troféu Redentor de Melhor Atriz da Seção Novos Rumos da Première Brasil, seleção de filmes de promissores e estreantes realizadores, pela atuação em Ainda não é Amanhã, estreia sensível e segura da pernambucana Milena Times à frente de um longa-metragem. A maratona de mais de 300 títulos de vários países consagrou também a animação A menina e o pote, de Valentina Homem, como Melhor Curta-Metragem, num panorama, que, de tabela, serviu para apresentar um extrato da recentíssima produção pernambucana.

"Mayara Santos é o coração do fime. Mereceu esse prêmio como uma decisão unânime do júri. Trouxe para à personagem a densidade e também a inocência de sua personagens. Uma jovem atriz extraordinária", disse, à reportagem de Continente, Lucas Paraíso, presidente do júri. "Mayara foi a primeira atriz que testei e, logo percebi que a personagem seria dela. Fiz vários outros testes e ela não me saia da cabeça", diz a diretora Milena Times. "Ela tinha 19 anos, na época em que filmamos. Além de muito talento e conivência com a câmera, trouxe muita maturidade e delicadeza com as questões abordadas", segue a diretora.

O Festival do Rio 2025 consagra também o ingresso de Milena Times no grupo dos longa-metragistas. Amadurecida pela assistência a diretores como Hilton Lacerda, Milena, com Ainda não é amanhã, chega com uma direção tão segura como sensível da trama que é um caleidoscópio íntimo na vida da jovem Janaína, universitária de 18 anos residente da periferia do Recife, vértice mais novo de um  agrupamento familiar formado por um triângulo de mulheres tão comuns como resilientes. São, em andares distintos da vida, mulheres marcadas pela experiência da maternidade e seus abandonos. “Essas famílias compostas por mulheres, muito frequentes, sempre me chamam a atenção”, dizia a diretora, minutos antes da estreia no cinema do Shopping da Gávea, onde aconteceram as premières nacionais.

Seria nutir o falso clichê afirmar que Milena chega para trazer o olhar estruturante fêmeo a um cinema pernambucano marcado pela presença de realizadores homens - falar em um cinema feminino único seria tão leviano como empobrecedor - mas ali vemos claramente que as articulações vieram da cabeça de uma mulher sensível às questões contemporâneas de gênero. "A divisão dos trabalhos e dos cuidados nesse arranjo familiar cada vez mais comum, apenas de mulheres, é algo consciente que quis abordar", diz ela. “Parto muito da sensação – ou seria uma constatação? – de que, via de regra, tanto na vida cotidiana como nos momentos críticos, nós mulheres só podemos contar verdadeiramente umas com as outras. Em se tratando da maternidade, ou da escolha de não ser mãe, talvez isso seja ainda mais verdadeiro. Mostrar essa rede de cuidado, suporte e cumplicidade entre mulheres também sempre foi um dos meus desejos com esse filme”, segue a diretora.

Bem-conduzido, a câmera intimista e respeitosa dentro daquela família de mulheres, um filme atento às mudanças sociais atravessadas por questões de gênero no Brasil recente: num conjunto habitacional da periferia de Olinda, a personagem central vivida por Mayara Santos sintetiza a lenta ascenção socio-racial dos tempos recentes. No grupo de mulheres pretas de sua linha familiar, é a primeira a ingressar na universidade. Sua mãe e avó a ajudaram a ser universitária de Direito, trabalhando como manicure e diarista, respectivamente. Delicademente humano e de cores sociais vívidas, um filme que se sustenta, claramente, neste trio de atrizes, completado por Clau Barros e Cláudia Conceição. Além dos coadjuvantes, como Bárbara Vitória, no papel de melhor amiga e exemplo de sororidade juvenil imprescindível, a experiente Lalá Vieira, dando corpo a uma professora que, também negra, simboliza contraditoriamente as pressões sociais sobre a jovem na navalha dos conflitos. "O filme traz questões muito fortes sobre mulheres e gênero na socidade brasileira, mas, também, atrizes negras representando papéis para além da total subalternidade. Isso é muito importante para nós", diz Lalá. : "No flime, não vimos Mayara atuar, a vimos vivenciar tudo aquilo. Ela tirou do roteiro pro corpo, imprimiu cada sentimento da personagem de maneira tão verdadeira que nos fez viver tudo aquilo junto com ela".

Estudante de Artes Cênicas da Universidade Federal da Paraíba, com quase dez anos de palcos, apesar da pouca idade, Mayara diz que recorreu às memórias das mulheres à sua volta para construir a personagem. "Não tem como interpretar uma personagem como essa sem recorrer à ancestralidade diárias das mulhesres à nossa volta", diz a atriz. "Tive que trancar a faculdade, ficar três meses no Recife, fazendo só isso. É um filme feito com muito amor. Toda a imersão e a atmosfera na tela é muito coerente com esse processo de preparação. Ficávamos de segunda a sábado, durante um processo muito imersivo, afetuoso. Esse prêmio materializa tudo isso".

OUTROS TÍTULOS
Exibido no último Festival de Cannes, a animação de 12 minutos A Menina e o Pote trata de um pote que, ao ser quebrado, abre portais para mundos paralelos e, seguindo antigas cosmologias ameríndicas, destila beleza e lirismo ao falar da iminência dos colapsos contemporânos. Desenvolvido a partir de um conto da própria diretora Valentina Homem, um filme de densidade literária e lirismo imagético.

O festival serviu de plataforma de lançamento da novíssima safra pernambucana. Trouxe as estreias em solo nacional de Serra das Almas, de Lírio Ferreira; Lispectorante, de Renata Pinheiro; Um certo Oriente, de Marcelo Gomes e, fora de competição, Manas, de Mariana Brennand, premiado com uma chancela para novas e originais narrativas no último Festival de Cannes.

Dirigido po Lírio Ferreira, Serra das Almas é, provavelmente, o mais vigoroso filme do diretor desde sua estreia em longa, ao lado de Paulo Caudas, com Baile Perfumado (1996), filme que marca a chamada retomada do cinema pernambucano. Com uma muito eloquente direção de arte de Diogo Balbino e figurinos de Andrea Monteiro localizando a trama, visualmente, em algum lugar pelo começo dos anos 2000, a  história se passa entre o Recife de marinas e iates, varandas espelhadas sobre a Avenida Boa Viagem e um sítio em algum ponto do Agreste, onde um grupo de amigos erráticos se refugia depois de uma tentativa de roubo de pedras valiosas de traficantes a serviço de um senador pernambucano. Desejo, ganância, testosterona deliquente, tropicalidade, breijerice e corrupção açucarada se misturam numa narrativa alucinante, capaz de surpreender e magnetizar a cada sequência. Ponto para a montagem-vertigem de André Sampaio.

Serra das Almas, de Lírio Ferreira, mistura ação, roadie movie e thriller
Foto: Fred Jordão/Divulgação

Após a tentativa do roubo, o grupo se envolve em um sequestro não planejado de uma jornalista e sua estagiária, brilhantemente interpretadas, respectivamente, pela carioca Julia Stockler e pela penambucana Pally, até que (vários golpes menores dentro do grande golpe), elas se juntam à personagem da não menos brilhante atriz Mari Oliveira, como a mulher de um dos bandidos. Acabam formando um inesperado triunvirato feminino que soluciona os impasses após, nas palavas do diretor, aqueles personagens serem confinados a “uma intimidade que os mesmos não queriam ter, mas foram, compulsoriamente, sujeitos a ela“.

Depois de alguns anos, Lírio Ferreira destila uma musculatura impressionante na direção do longa de produção da Urso Filmes em associação com a Carnaval Filmes, de Nara Aragão e João Júnior. Com o filme, o cinema pernambucano avança casas numa trincheira marcada, recentemente, por Propriedade (o excelente drama de ação social, de Daniel Bandeira, lançado no ano passado): o domínio preciso de ferramentas da cinematografia de gênero.

Há doses fartas de uma violência esteticamente intrigante à Tarantino, ecos de road movies como Árido Movie (2005), do próprio Lírio, thriller psicológico, boa gramatura sociológica e, sobretudo, uma engenhora narrativa de ação. Grande parte do êxito da narativa se dá, naturalmente, pela escalação de um elenco primoroso e, à exceção do veterano Bruno Garcia, plausível e vestuto na pele do senador, um casting desconhecido do grande público. Além das mulheres, Ravel Andrade,  David Santos, Jorge Neto e Vertin Moura magnetizam sobre um roteiro generoso, firme como rocha, em que o protagonismo é usufruido por todos. Ou, para respeitar o universo da obra, em que todo mundo tem uma bala para dar seu tiro. Um filme para ver e rever.

O Festival do Rio apresentou também a première nacional de Lispectorante, de Renata Pinheiro, com assistência de direção e roteiro do parceiro Sérgio Oliveira. Uma história aparentemente banal, com a diva paraibana Marcélia Cartaxo interpretando a personagem central, o filme nos aproxima intimimamente de Glória Hartman, uma mulher comuníssima, na borda de uma crise existencial e financeira ao chegar à casa de uma velha tia nos arredores da Praça Maciel Pinheiro. Ali perto, ela descobre a residência (atualmente em ruínas e sob promessa de virar memorial) onde a escritora Clarisse Lispector viveu sua infância ao fugir com a família de uma guerra na Ucrânia. Por frestas nas paredes ainda de pé, ela observa o interior da casa onde a escritora viveu seus carnavais residentes e acessa, se não o imaginário, uma espécie de "energia" lispectoriana.

Marcélia Cartaxo interpreta protagonista de Lispectorante, de Renata Pinheiro Foto: Divulgação

Depois de sua estreia com Amor, plástico e barulho (2015), Renata Pinheiro, um naticlássico sobre as mulheres do brega penambucano, vem destilando prazer por uma cinematografia menos linear, intencionalmente errática, de pouca verborragia e grande provocatividade visual. Não é o que podemos chamar de cinema "para todos", mas cativa quem entra na subjetividade delirantemente imagética de Renata. Espécie de filme-poema, uma narrativa (ecos de Bressane) em que há filmes dentro do filme. Como, por exemplo, na divertidíssima cena em que a cantora Karina Buhr interpreta a dona de um antiquário que, sem maiores justificativas, coloca a personagem de Marcélia ao centro de uma espécie de máquina catalizadora do prazer inspirada pelo pensamento do psicanalista Wilhelm Reich. Ao contário do que o título pode sugerir, não é um filme sobre, mas a partir da energia literária de Clarice. Lispectorante, na história, é tão somente o nome da antiga banda de roquenrrol do hippie tardio vivido com carisma por Pedro Wagner, pelo qual a personagem de Cartaxo se apaixona.

Marcelo Gomes foi dono de uma das estreias mais disputadas do Fetival do Rio, com sua adaptação de Retrato de um certo Oriente, obra do escritor Milton Hatoum, vencedor de um Jabuti em 1990 e já traduzido para diversas línguas, sobre a imigração de seus pais e avós do Líbano para o Brasil. "Imigrantes libaneses chegaram a todos os cantos do Brasil durante o século 20. Mas a singularidade do livro de Milton Hatoum, que retrata a história de seus pais e avós, ilustra como esses imigrantes combinaram o estilo de vida amazônico nativo com suas tradições árabes. Meu desejo era capturar a vitalidade dos jovens imigrantes com uma câmera íntima”, diz Gomes.

O filme apresenta a travessia de dois irmãos católicos em fuga da guerra no Líbano de 1949 para o Brasil. No caminho, Emilie se apaixona pelo muçulmano Omar, o que cataliza o ciúme de seu irmão e suas consequências. Para adensar a verosimilhança, os papeis centrais são defendidos pelos atores libaneses Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel e Zakaria Kaakour. “A presença desses atores traz para mim uma verdade. E cada um deles me mostrou sutilezas de sua cultura e de sua religião que enriqueceram o filme”, avalia o cineasta.

Antes do Brasil, o filme havia sido exibido apenas no Festival de Cinema de Rotterdam, confirmando a bem-querencia a Marcelo no circuito dos grandes festivais internacionais. No filme, outra vez, Gomes avança sobre fronteiras da cultura e impasses. Afirma-se grandemente, mais uma vez, como um dos cineastas brasileiros dos deslocamentos, fugas e buscas. Universo, aliás, marcante em seu longa de estreia, Cinema, Aspirinas e Urubus (2005). Ali, também há tintas biográficas. O brasileiro da trama é inspirado na figura de seu próprio avô.

“Neste filme, como em outros que dirigi, sou fascinado pela ideia de explorar o conceito de alteridade. Acredito que a única maneira de desconstruir preconceitos é ver o mundo através dos olhos dos outros. Eu ousaria dizer que este é, talvez, o único antídoto para combater o fanatismo”, observa.

A fotografia em preto e branco de Pierre de Kerchove, além da alusão a um passado mais denso, acentuando diferenças de luz entre Oriente e Amazônia, mais o formato de tela de RRR, além de um desenho de som sinestésico levam a narrativa para além do registro naturalista. As ações - objetivas e subjetivas - ganham contornos expressionistas na montagem, alternando tensões verbais e silêncios grandiloquentes de Karen Harley.

Numa sessão concorridíssima, Manas, de Mariana Brennnand traz a história de uma menina de 13 anos vivendo na Ilha do Marajó, sob a lembrança de uma irmã mais velha "que fugiu para arrumar homem bom" numa das balsas da região.

O impulso inicial para a realização do filme ocorreu quando Marianna tomou conhecimento de casos de exploração sexual de crianças nas balsas do Rio Tajapuru, na Ilha do Marajó (PA). Em 2014, ela ganhou um edital de desenvolvimento de roteiro promovido pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e deu início às pesquisas para o trabalho, que incluíram diversas viagens para a região. Primeiramente, havia a intenção de realizar um documentário, campo no qual a cineasta atuava, mas logo essa ideia foi abandonada.

"No início da pesquisa, me deparei com uma questão ética muito séria. Era inaceitável para mim como documentarista colocar à frente da câmera crianças, adolescentes e mulheres para recontarem situações de abuso pelas quais haviam passado. Seria cometer mais uma violência contra elas. É um tema muito duro e complexo. O desafio era retratar não só uma dor física e emocional, mas também existencial, e isso foi algo que a ficção me permitiu trabalhar. Busquei estabelecer uma espécie de mergulho sensorial que conectasse o espectador à experiência emocional da protagonista. Eu optei por fincar o filme – em todos os seus aspectos – em um hiper-naturalismo que se liga ao documental, abrindo mão de qualquer artifício que pudesse desviar da vivência dela e de seu inconsciente”, explica a cineasta.

Dez anos depois do incício do projeto, a diretora usa as ferramentas da ficção para um filme de uma contundência implosiva, claramente assinado por alguém de larga densidade documental. Tristemente plausível, uma trama sobre os abusos sexuais e intrafamiliares comuns nas comunidade ribeirinhas, magnetizante quadro a quadro, que se estrutura sobretudo pela atuação soberba de um elenco imensamente humano. Além de profissionais experientes como Rômulo Braga, no papel de chefe de família, e Dira Paes, como uma policial de aparição rápida mas estruturante, o talento de preencher a tela de Jamilli Correa. A atriz infantil, que vive a a protagonista Marcielle e não tinha sequer tido antes experiência com a câmera, venceu o Prêmio Especial do Júri. Um elenco de falas e, sobretudo, silêncios grandiloquentes. "Eu brinco que ela foi atriz em vidas passadas. A gente só destravou algo que já estava dentro dela. Ela tem um silêncio preenchido que imprime na tela muitas nuances e uma inteligência cênica impressionante, qualidades raras”, resume Marianna Brennand.

Os grandes vencedores do Festival do Rio foram foram Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire. Cada um com quatro prêmios, dividiram a honraria principal, o Troféu Redentor de Melhor Longa-Metragem de Ficção. Nos créditos de Baby, aperece o nome de outro profissional pernambucano: Thales Junqueira, ganhador do prêmio pela rubrica que, como um dos principais diretores de arte do país, tem dado, literalmente, materialidade visual às tramas do cinema contemporâneo brasileiro.

Premiados do Festival do Rio 2024

PREMIÈRE BRASIL

Melhor Curta-Metragem: A Menina e o Pote, de Valentina Homem
Melhor Som: Marcos Lopes, Guile Martins e Toco Cerqueira por A Queda do Céu
Melhor Montagem: Peterkino, por Salão de Baile
Melhor Fotografia: Arthur Sherman, por Kasa Branca
Melhor Direção de Arte: Thales Junqueira, por Baby
Melhor Trilha Sonora Original: Fernando Aranha e Guga Bruno, por Kasa Branca e Quando Vira a Esquina
Melhor Ator Coadjuvante: Diego Francisco, por Kasa Branca
Melhor Atriz Coadjuvante (prêmio duplo): Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, por Malu
Melhor Ator: João Pedro Mariano, por Baby
Melhor Atriz: Yara de Novaes, por Malu
Menção Honrosa para Diana Mattos, por Betânia
Melhor Roteiro: Pedro Freire, por Malu
Melhor Direção de Documentário: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, por A Queda do Céu
Melhor Longa-Metragem Documentário: 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado
Prêmio Especial do Júri: Jamilli Correa, por Manas
Melhor Direção de Ficção: Luciano Vidigal, por Kasa Branca
Melhor Longa-Metragem de Ficção (prêmio duplo): Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire

COMPETIÇÃO NOVOS RUMOS

Melhor Curta metragem: Carne Fresca, de Giovani Barros
Menções Honrosas para os curta-metragens: O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol AÓ E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa
Melhor Ator: Reynier Morales, por O Deserto de Akin
Melhor Atriz: Mayara Santos, por Ainda Não É Amanhã
Prêmio Especial do Júri: Paradeiros, de Rita Piffer
Melhor Direção: Davi Pretto, por Continente
Melhor Longa-Metragem: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes

PRÊMIO FELIX
Melhor Documentário: A Bela de Gaza (La Belle de Gaza), de Yolande Zauberman
Menção Honrosa para os documentários: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. Salão De Baile, de Juru e Vitã
Prêmio Especial do Júri: Baby, de Marcelo Caetano
Melhor Filme Internacional: Tudo Vai Ficar Bem (All Shall Be Well), de Ray Yeung
Melhor Filme Brasileiro: Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim

BRUNO ALBERTIM, jornalista e autor dos livros Tereza Costa Rêgo, uma mulher em três tempos (2018) e Pernambuco Modernista (2022), ambos lançados pela Cepe Editora.

veja também

Cinema é a maior diversão do São Luiz, outra vez

Ator francês Alain Delon morre aos 88 anos