Densidade de cores e formas

Renata Cabral, artista paraibana, inaugura exposição no espaço cultural Caratelli, em Cabo Branco, João Pessoa. Quase duas dezenas de pinturas em que o nome Retinta adensa o seu significado, ao fundir elementos latinos e africanos. Suas figuras de intenso colorido contam histórias, gritam e sussurram mensagens.

Ela pode ser incluída na galeria daqueles para quem o corpo, especialmente em suas pulsões, existe de modo mais substantivo que adjetivo, mais verbal que substantivo. Como se sublinhasse a frase “o Verbo se faz carne”. Tomando-se o termo verbo em múltiplos sentidos, a começar pelos cinco.

Sim, a arte de Renata Cabral se afirma sensorial e sensual. Sua firma é a do seu nome: a fecundidade que aponta a ideia de renascer, e a lascívia dos sinais cabralísticos. Ganha quem percebe o quanto de expressivo e literário há nessas composições onde as curvas dominam. Numa rápida olhadela, pode-se pensar numa arte proteica, que flerta com várias escolas e estilos.

A exposição permanece até o dia 26 de agosto, e tem a curadoria de Amanda Costa.