Um deles é Elmiro Miranda Show (TBS, o primeiro canal veiculado no Brasil com 24 horas de comédia), que estreou em outubro de 2012. O humorista Rafael Queiroga interpreta Elmiro Miranda, um apresentador egocêntrico, machista e inconveniente, que conseguiu ter seu próprio programa de televisão. No decorrer dos 10 episódios, de 30 minutos cada, o programa dará aos telespectadores a oportunidade de acompanhar tudo o que acontece, diante das câmeras e nos bastidores, no dia a dia da equipe e, é claro, no cotidiano de Elmiro.
A tirinha Vida de estagiário, do cartunista Allan Sieber, virou série de televisão.
Foto: Divulgação
Há também a série Vida de estagiário (Warner), que teve seu primeiro episódio em março deste ano. A trama acompanha, em uma agência de publicidade, o dia a dia do estagiário Oseias (Thomas Huszar), que, não bastasse o salário de fome, ainda tem de aguentar funções maçantes e a incompetência dos colegas. Adaptada a partir das tirinhas homônimas do cartunista brasileiro Allan Sieber, a série tem como marca o sarcasmo e o escracho. Nesse projeto, zomba do universo publicitário em geral, com tipos como Marlon (Conrado Caputto) e Paulinho (Luciano Amaral), a dupla de criação pouquíssimo inspirada, e o caricato chefe, Seu Almeida, que é dono dos cachorros Duda e Nizan.
A série 3 Teresas, que começou em maio na GNT e trata dos conflitos e dilemas vividos por mãe, filha e neta, a partir do momento em que passam a dividir o mesmo teto, já tem bons índices de audiência. Em uma casa modesta no Bairro Bom Retiro, em São Paulo, Denise Fraga, Claudia Mello e Manoela Aliperti protagonizam um enredo que fala sobre a relação entre três gerações: adolescente, quarentona e sessentona, a maneira como cada uma enxerga a vida e os efeitos que suas atitudes provocam umas nas outras.
Além de ficção, há outros projetos, como a série de documentários Tabu Brasil, que aborda temas polêmicos na NatGeo sobre personagens reais. O argumento original não é brasileiro, mas teve adaptação nacional e já está em sua segunda temporada. Este ano, serão abordados temas como mudança de sexo, prostituição, fanatismo, cirurgia plástica, nudismo e compulsão. “A proposta do formato é gerar a dúvida no telespectador sobre o que é certo e o que é errado – se é que dá para haver julgamento dentro dos assuntos escolhidos”, afirma Paulo Franco, vice-presidente de Programação e Conteúdo da Fox International Channels Brasil.
FELIPE PORCIÚNCULA, jornalista, escritor e consultor da Unicef e Unesco.
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