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Projeto “Fitas na Tela” preserva memória cultural pernambucana

De shows a entrevistas, 270 horas de filmagem registram eventos de 2004 a 2010. Lançamento do catálogo ocorre nesta segunda-feira (5), às 20h, em live no YouTube

05 de Maio de 2025

Acervo é preservado graças a projeto de digitalização

Acervo é preservado graças a projeto de digitalização

Foto Divulgação

Show de Lula Côrtes no Tipóia Festival (Tracunhaém, 2005), V Assembleia Xukuru do Ororubá (Pesqueira, 2005), além de entrevistas com importantes personagens da cultura pernambucana, com destaque para Zé da Macuca (1954-2021), na comemoração de 15 anos do Boi da Macuca.

Essas e outras filmagens de eventos culturais e entrevistas com mestres e mestras da cultura popular pernambucana somam 270 horas de filmagem registradas entre 2004 e 2010 pela jornalista e videasta Lu Rabelo. Muitas horas do acervo são registros de ações pelo direito à comunicação em Pernambuco, e também sobre o abandono do prédio da Usina de Algodão em São José do Egito, que, segundo Lu Rabelo, deveria ser tombado como patrimônio histórico do Pajeú.

Para preservar essa memória, Lu lança nesta segunda-feira (5), às 20h, em live no YouTube, o catálogo Fitas na Tela. Trechos do acervo podem ser assistidos no canal do YouTube do projeto e também no perfil do Instagram @fitasnatela.

O projeto foi contemplado no Edital de Ações Criativas para o Audiovisual - Memória, Preservação e Digitalização de Obras – LPG, com incentivo financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura do Estado, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

“Diante das mudanças tecnológicas, eu não estava mais conseguindo capturar as filmagens (gravadas em fitas MiniDV) de forma caseira, e tinha muito receio de perder o material. O incentivo recebido foi fundamental para acessarmos as filmagens em formato digital e salvaguardar a memória de momentos e pessoas marcantes de nossa cultura”, conta Lu Rabelo.

Lu começou a atuar de forma amadora no audiovisual quando passou a integrar, em 2003, a equipe da TV Comunitária Canal Capibaribe. Em 2005, já fora da TV, criou junto com Anderson Lucena e Irma Brown, o Coletivo de Mídia Independente Ventilador Cultural, sediado no Recife/PE. A videasta e jornalista fez parte também de coletivos como o Fórum Pernambucano de Comunicação (Fopecom), Centro de Mídia Independente (CMI-Recife) e Rádio Livre-Se.

O catálogo ainda está disponível numa versão em Braille, e pode ser consultado na Associação Pernambucana de Cegos (APEC), localizada na Rua Conselheiro Silveira de Souza, 85 - Cordeiro, Recife/ PE.

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