Perfil

O fantasioso e fenomenal Dila é aqui

Natural de Cumaru, no Agreste pernambucano, o gravador, artista gráfico, editor, poeta e escritor José Soares da Silva é um dos grandes protagonistas da história da cultura popular brasileira

TEXTO Maria Alice Amorim

04 de Dezembro de 2017

Mestre Dila

Mestre Dila

Foto Ricardo B. Labastier/JC Imagem

[conteúdo na íntegra (degustação) | ed. 204 | dezembro 2017]

Dila é nome
próprio. Dila, o poeta do Agreste. Dila, o narrativista. Dila, o ex-cangaceiro. Dila, o capitão. Dila, o Barba Nova. Dila, o marechal do cordel de cangaço. Dila, o papa da xilogravura no Brasil. Dila, em grosso e varejo. Dila, Dila, o que há neste nome, explique-se: “Eu, Dila José Ferreira da Silva na vida do cangaço levei vários cercos, levei 2 tiros do Tenente Valentão, fui procurado no enterro de meu pai, em 1952 me livrei do último cerco pelo Tenente Abdias Patriota. Nos anos de 1940 fiz meu campo de trabalho em cima da história do cangaço, tenho de minha autoria 70 Cordel de cangaço; Escrevi Lampião e Maria Bonita com 48 páginas, 32, 24, 16, 12, e agora venho publicando o mesmo com 8 págs.…”.

Nas tantas décadas em que trabalhou no próprio ateliê olhando todos os dias para a chaminé da antiga fábrica de caroá, em Caruaru, a escada íngreme, de madeira, artesanalmente talhada pelo próprio Dila para estar ali encaixada, a um ângulo de quase 90°, a reduzida distância entre dois pisos, servia como espécie de portal e senha para mergulho num mundo à parte de qualquer lógica, previsibilidade, razão. Um mundo à maneira daquele maravilhoso mundo de Alice, pleno de enigmas e desrazão. Um mundo para iniciados. Próxima à janela, a mesa de trabalho, trabalho solitário, ancorado naquele cenário milimetricamente planejado para, em seguida, explodir em exuberância e liberdade criativa. As mãos, firmes, tramam histórias de grande beleza, manejando canivete, quicé, peixeira, lâmina de barbear. Mais adiante, antigo prelo manual para impressão de gravuras e clichês. Prensa, à Gutenberg, imprime textos montados com tipos móveis. Pendurados nas paredes ou pousados em armários, fotografias, impressos, matrizes em madeira e em borracha, alfabetos de formatos variados em letras de metal e, sobretudo, a delicadeza de objetos em miniatura, objetos para além dos utensílios de trabalho, como cabeças de bonecas, talvez alusão à cena da epopeia do cangaço que tanto povoa a imaginação de José Soares da Silva, o fantasioso e fenomenal Dila.

E assim o artista nos seduz e protagoniza, na história da literatura de cordel e da gravura popular, relevante papel de gravador, artista gráfico, editor, poeta, escritor, mais cultuado pelas artes dos gravados até mesmo do que pela poesia nem sempre conforme os modelos técnicos da poesia de cordel. Produziu folhetos, sobretudo autorais, contendo não apenas poemas, também lendas, narrativas em prosa, “literatura de cordel em contos”. Inovou nos anos 1970, com álbuns coloridos impressos no formato cordel. Criou infinidade de “rótulos simples e em cores para calçados, bebidas e doces”. Trabalhou de modo artesanal os rótulos, preparando-os em carimbos de borracha, para impressão em papel, em tecidos para bordado, e em outros usos no comércio. Criou clichês de madeira para logotipo. Gravuras em madeira, ou xilogravura. Todos, invenção que o artista sempre gostou de anunciar na quarta capa dos folhetos e alardeava em letras garrafais na fachada da residência-ateliê. Em 1974, quando Tânia Quaresma filmou o documentário Nordeste: cordel, repente, canção, na parede da casa onde Dila morou até 2016, em Caruaru, tinha o letreiro: Art Folheto São José. Romances e folhetos. Do autor e editor: Dila é aqui.

CARUARU
Domicílio escolhido na juventude, a cidade onde vive e criou os seis filhos com a esposa, Valdecila Leopoldina, fica na mesma região pernambucana, Agreste, a pouco mais de 50 quilômetros do domicílio de nascimento, Cumaru. Virginiano de 17 de setembro, ano 1937, Dila é filho de Domingos Soares da Silva e Josefa Maria da Silva. “A minha mãe era a Cangaceira Beleza e meu pai é apelidado de Relâmpago”, segreda e, sem jamais esconder a paixão, mergulha nas histórias de cangaço, nas invenções e reminiscências de quase seis décadas devotadas às artes gráficas, ao cordel, à xilogravura. A facilidade para os desenhos, segundo Dila, foi herdada do pai, um caricaturista que, em meio às fabulações, afirma ter nascido na Holanda, mudando-se para o Brasil aos sete anos, onde teve 130 filhos e 127 filhas, de 63 mulheres.

“A minha vida é tão comprida, que, se eu for escrever todinha, não paro. Em 1952, era na Vanguarda e na Defesa (jornais de Caruaru), eu armava meus folhetos tudinho, compondo. Disseram: esse sujeito não é um idiota, não. O jornal Agreste já vem depois, mas eu entrei nele. Me botaram numa reportagem que eu fazia carimbo e xilogravura, e até a página do jornal montada na madeira. Trabalhava com uma faca de 12 polegadas, peixeira, e em poucas horas fazia uma página de jornal. Desenho de carro, o desenho que botasse eu ia traçando na madeira. Foi acima, foi abaixo, eu fiquei em Caruaru, era pra voltar no outro dia, fiquei seis meses. Quando cheguei em casa, o velho estava meio aperreado. Disse: – mas você não deu notícia, não voltou mais, vai comprar folheto e não volta. E eu digo: vou voltar agora, eu tenho lá o compromisso de trabalhar. Cheguei a comprar seis máquinas, enchi a casa de folheto. Tinha semana de ter dois, três sacos de folheto amarrados pela boca. Em Caruaru, quando cheguei em 52, comecei a publicar pessoalmente, em 63 comecei com as máquinas.”

INOVAÇÕES GRÁFICAS
Quando inicia o manejo da prensa, ainda assim o ofício não se torna puramente mecânico. É pelo trabalho de mãos habilidosas que o artista cava respeito e admiração com o ofício de gravador de centenas de capas de folhetos, de criador de álbuns em xilogravura ou linóleo e impressos em policromia, de criador de rótulos de cachaça e remédios, de ilustrador de livros e publicações diversas. Com a experiência na fabricação de carimbos, substituiu o taco de madeira por lâminas de sola de sapato ou neolite, obtendo um resultado de impressão batizado pelo pesquisador Roberto Benjamin de folk-off-set.


Obras de Dila. Foto: Acervo Maria Alice Amorim

Inquieto, decidiu experimentar diversas cores numa mesma matriz, criar figuras e desenhos de cenário separadamente para montar novas gravuras a partir da combinação dessas matrizes autônomas. Inventou, ainda, de abrir letreiros e desenhos das capas de cordel numa mesma matriz, em borracha vulcanizada ou mesmo na madeira, recriando o tipo fixo, conforme lembra Roberto Benjamin, no texto Aparatos dos livros populares – Dila editor popular.

Prefaciado pelo folclorista, escritor, poeta e professor pernambucano Aleixo Leite Filho, o livro popular Bagagem do Nordeste, de 1974, é um dos álbuns de Dila no qual apresenta o resultado das experimentações produzidas em cores e no formato 11x16 centímetros. Outro álbum, Rasto das histórias, editado por Roberto Benjamin, chegou a duas edições, em 1973 e 1975. Viver do cangaceiro sai em 1975, pela Artfolheto São José. O álbum Réstias do cangaceiro é de 1981. Dila passa, daí por diante, a adotar cores nas gravuras, quando o habitual era se valer da tradição do preto e branco da xilogravura popular. Usa quatro ou mais cores, o que significava imprimir, separadamente, uma a uma. Vermelho, amarelo, preto, sobre fundo branco, predominam na capa de Bagagem do Nordeste, enquanto sobressaem azul, amarelo e vermelho, sobre fundo branco, no Rasto das histórias.

Nos dois álbuns, os letreiros são escavados direto na matriz repleta de símbolos culturais, como o cacto e a terra árida, o sol escaldante e o coqueiro, uma sandália de couro e o busto de um cangaceiro. No folheto da bagagem, um livro é a principal imagem da capa do folheto em torno da qual giram as outras ideias. Na capa desse livro, um homem carrega mala na cabeça enquanto lê o livro que carrega na mão. Uma explícita homenagem às histórias que povoam o mitopoético mundo nordestino, e uma reverência ao mundo da leitura, inclusive expressa na quarta capa do folheto, na qual Dila registra gratidão a Chico Heráclio (“era filho do véio meu pai”) com gravura do busto e a legenda: “a quem devo minha leitura”.

DILA EDITOR
Foi durante décadas, dos anos 1960 em diante, que Dila imprimiu e comercializou folhetos nas feiras de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Ceará. “A gente andava pra o sul, vendendo folheto, cantando e tirando conta.” O sul, nesse caso, era a Zona da Mata Sul de Pernambuco. Entre memórias vívidas e rasgos de imaginação, lembra que as primeiras xilogravuras foram publicadas em folhetos dele mesmo, de Francisco Sales Arêda e de outros poetas de feira. J. Borges, ou José Francisco Borges tem orgulho de dizer que estreou na literatura de cordel, em 1964, com o folheto O encontro de dois sertanejos no sertão de Petrolina, cuja capa vinha ilustrada com uma xilogravura de Dila. Além dessa, inúmeras foram produzidas para folhetos de variados autores, muitos transformados em clássicos do cordel, seja pela poesia, seja pela capa, como Discussão de um fiscal com uma fateira, de Manoel de Assis Campina.

Qualidade e diversidade editorial aglutinavam representantes comerciais em torno de Dila. Na quarta capa do folheto Félix imitou Lampião, registra revendedores, o que inclui o poeta Olegário Fernandes, de Caruaru, e o comerciante Édson Pinto da Silva, tradicional distribuidor de literatura de cordel no Mercado de São José, no Recife. Entre as cidades onde adquirir as edições, Patos, João Pessoa e Campina Grande, Paraíba; Mossoró, Rio Grande do Norte; Juazeiro, Ceará; Maceió, Alagoas; Feira de Santana e Ribeira do Pombal, Bahia. Foram muitos os autores para quem editou e ilustrou, Dila recorda: “Os poetas Vicente Vitorino, Chico Sales, J. Borges, Antônio Ferreira de Morais – que é o autor de Rogaciano e Angelita, o folheto de 16 páginas que mais se vendeu na face da Terra –, e João José da Silva, que fazia aqui também depois que vendeu a tenda. Só não Olegário, que tinha uma máquina, e publicava para ele mesmo. Tinha o João Ferreira da Silva, que foi-se embora para a Bahia. Tinha o João Ferreira dos Santos. Tinha Joaquim Luiz, de Belo Jardim. Tinha Severino de Assunção, de Taquaritinga”.


Mestre Dila e seu universo. Foto: Leo Caldas

Talvez devoto de São José, Dila adota o santo para patrono de mutantes nomes de fantasia da editora: Só Cordel São José, Folhetaria São José, Artfolheto São José, Artesanato São José, Gráfica São José. A editora usou, ainda, o nome de Folhetaria e Confecções Brasil, Folhetaria São Damião, Preéllo Santa Bárbara, Sabaó Folheto, Gráfica Sabaó, Xilg-Cordel, Fhòlhéteria Càra d’Dillas.

O registro da autoria de texto e xilogravura é tão variável quanto o de editor. Entre muitos, há: José Cavalcanti e Ferreira Dila, José Ferreira da Silva Dila, Henrique Sabaó Sabóia Dila, José Ferreira da Silva Dila Sabóia, Dyyllas Sabóia, Dyyllas, Dillas ou Dila. De modo frequente, a quarta capa apresenta o nome da folhetaria e a cara do artista, às vezes fotografia em clichê, muitas vezes em autorretrato desenhado. Quando aparece, então, vestido de cangaceiro, Dila faz harmonizar a própria figura com o mundo fabular no qual viveu imerso e com os epítetos que vai conferindo a si mesmo nas editorações: marechal do cordel do cangaço, ex-cangaceiro, entre outros.

MITOS MOVEM ARTISTA
Xilógrafo cultuado pela mídia, recebe comentário entusiasmado de Jeová Franklin, jornalista com publicações sobre xilogravura popular: “Dila é o mais fantástico e criativo gravador do Nordeste”, reproduzido na quarta capa do folheto Cangaceiros do Coronel Eudócio. Temas recorrentes articulam topoi, exemplum, profecias, oposições, paradoxos, dialogias: santos e demônios, fada e diabo, cangaceiros e romeiros, beatos e bandidos, homem que vira bode, Lampião que sonha com o satanás.

Na edição de 1976 do folheto Jesus e o Diabo, o embate entre bem e mal tem vencedor. Jesus aparece montado em típica representação do diabo, besta com rabo, chifres, patas dianteiras com casco para trás. O ânimo do bicho é de desolação, com a cara enfiada no chão. Em Lampião e Belzebu, não se sabe qual vencerá. O diabo atrai o olhar, seja pela posição à direita da capa, seja pelo short em listras verticais harmonizando com listras horizontais de chifres, rosto expressivo, queixo e tridente enormes, ponta do rabo em tridente. Evidente polarização de bem e mal.

Gravura sempre talhada com esmero aponta o artista complexo, intuitivo, autor de narrativa imagética original, fora do previsível, sem iniciação em desenho acadêmico. Lembra o poeta que, pelos anos 1970, trabalhou para o marchand Carlos Ranulpho. Ganhou visibilidade, é certo. A extensa e rica produção conquistou mais e mais espaço em diversos livros de arte e pesquisas acadêmicas, mundo afora. Justamente a partir do início dos anos 2000, quando se envolve na criação das ilustrações para reedição do Folk-lore pernambucano, de Francisco Pereira da Costa, pela Cepe, o novidadeiro Dila resolve fazer “literatura de cordel em contos”, “literatura de cordel em prosas”. Ele confessou então: “Estou escrevendo o que passSSou-se na vida, não é em verso mais não. Estou com preguiça de escrever em verso, porque num minuto eu armo uma página, conto a história. E em prosa qualquer um pode escrever”. Dila disse, à época, que já havia escrito uns 20 desses, “fora o que ainda vou escrever”.

RELEVÂNCIA DA OBRA
Sofisticado jogo de luz e sombra, a composição das cenas desenhadas por Dila dá conta da vertigem provocada pelas fantasias do artista. Têm vitalidade. Com movimento, volumetria, profundidade, riqueza de detalhes, expressividade do rosto – olhar, nariz, boca, queixo, orelhas –, Dila nos arrebata principalmente quando faz retratos, inclusive o próprio, como no folheto Dila o ex-cangaceiro, de 1981. Sobressai o rigor de quem domina os materiais, extraindo deles a plasticidade mesmo quando a técnica é de mais difícil execução, na madeira, por exemplo. Para dialogar com as cenas, e organizar o enquadramento, muitas das capas trazem vinhetas, volutas, molduras. Constrói títulos em letreiro escavado, às vezes na diagonal, ascendente, o caso do folheto acima mencionado. Nesse livrinho, coerente com o tema e o título, põe na quarta capa soneto próprio, narrando os tempos no cangaço, quando uma bala alojou-se na perna, seduzindo leitores e ouvintes pela corriqueira fabulação. A assinatura, outro cuidado, está sempre pousada na cena, e quase sempre em locais surpreendentes, inesperados, com nítido propósito de agregar harmonia.

Dila combina os elementos com esmero e assim constrói visualmente a representação do que para ele seria a imagem de cangaceiro, beato, santo, artisticamente oferecendo muito mais do que propagandeava, com a consistência de uma poética visual particular. No folheto Lampião de Vila Bela, uma sextilha de cordel reproduzida na quarta capa, intitulada Epígrafe, e assinada por “Dilla”, atesta a versatilidade criadora não apenas no traço, também na voz poética:

Eu fui menino atrevido
Nasci de Bigôde e Pêra
Vim da turma do Cangaço
Que cantou “Mulher Rendeira”
Criei-me com Cascavel
Que fez a minha carreira

OITENTA ANOS
Pelas artes e genialidade, Dila é Patrimônio Vivo de Pernambuco desde a implantação da legislação de 2002. Há uma década, outubro de 2007, o aniversário de 70 anos foi festejado com o livro Xilogravura do Mestre Dila: uma visão poética do Nordeste, na VI Bienal do Livro de Pernambuco, estande da União de Cordelistas de Pernambuco (Unicordel). O organizador foi Hérlon Cavalcanti, presidente da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, na qual Dila ocupa, e não sem razões, a cadeira 20, cujo patrono é o paraibano Zé Limeira, Poeta do Absurdo.

Após décadas imprimindo folhetos e gravuras, Dila declara em 2006: “Faz três anos que eu não faço folheto, mas agora eu vou começar. Faz três anos que eu faço em off-set. Os tipos ficaram meio rombudos, aí deu preguiça e tem chegado muito serviço. Mas eu vou voltar”. E voltou, entretanto por pouco mais. Em junho de 2012, sofre um AVC. Permanece lúcido, embora limitado para tarefas manuais e viagens. Um ano antes, julho de 2011, havia recebido homenagem no Recife, durante a 12ª Fenearte, dedicada ao cordel. Com o falecimento da esposa, em setembro de 2016, deixa a casa-ateliê para morar com a filha mais velha, Conceição, noutro bairro de Caruaru. O acervo está sob a guarda dos filhos, que planejam inaugurar, no antigo endereço, o Memorial Mestre Dila.

Memorial onde será possível apreciar o universo poético expresso em palavras e imagens dançantes, vistas e sonhadas. Com eles e com olhos e mãos de quem vê e toca o sagrado, o mítico-imaginário, o artista engendrou mundos habitados por besta-fera, fadas, cangaceirama, messias, mundos situados no inferno, em Plutão, cheios de diabos e diabas. Fluxo criador sem trégua, fertilidade incansável de gênio artístico. “Quando minha mãe morreu, perguntou: – Quer ir, Dila? Eu respondi: – Não, eu vou depois.” E quando esse depois chegar, Dila? “Sonho vendendo meus cordéis do outro lado do mundo. Isto me leva a cinco caminhos. O nome Dila, meu bisavô. Dila, meu pai. Dila, meu irmão gêmeo. Dila, uma irmã gêmea, que foi dada com três dias de nascida e nela foi colocado outro nome. Esses Dila todinhos eram uma pessoa só, que morria e voltava pra casa, com 10 anos de idade. E, quando eu morrer, se não me agradar, eu tô de volta.”

MARIA ALICE AMORIM é jornalista, escritora, pesquisadora de cultura popular e doutora em Comunicação e Semiótica.

Publicidade

Banner Prêmio Cepe

veja também

Orlando Pedroso

Da crítica de cemitério

Arruar: história pitoresca do Recife Antigo