Outros destaques da sexta edição são os espetáculos de dois dos artistas que vêm sofrendo censura no Brasil, o paranaense Maikon K e Renata Carvalho, com seus respectivos DNA de DAN e O evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu. DNA de DAN, que acontece dentro de um ambiente inflável e transparente, acabou fazendo com que Maikon fosse detido por apresentar sua performance nu, em Brasília. Enquanto, a obra apresentada por Renata foi alvo de ataques transfóbicos, mesmo com toda a importante reflexão trazida na obra.
Para o este ano, a equipe formada por Pedro Vilela, Thiago Liberdade e Mariana Russu tentou conciliar a situação orçamentária com as temáticas propostas pelo festival, foi daí que a ideia conceitual chegou. “Começamos a pesquisar e chegamos a umas informações de que o mundo passou por cinco extinções, até agora, a última delas foi a que destruiu os dinossauros. Normalmente, essas extinções foram de ordem externa e agora, na contemporaneidade, estamos próximos da sexta extinção, mas essa será diferente das outras porque nós mesmos seremos responsáveis por ela. Sexta extinção, sexta edição e então, as obras dialogam com essa ideia. Narrativas que são meio tristes por si só, mas que precisam ser estabelecidas. Se é que a gente tem interesse de ir para algum lugar”,afirma Pedro Vilela. Diante da vivência da máxima “A vida imita a arte”, a única coisa a fazer é ir ao teatro e tocar um frevo pernambucano.