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Personagens: 15 frases que marcaram

TEXTO Revista Continente

01 de Janeiro de 2015

[conteúdo vinculado à reportagem especial de aniversário | ed. 169 | jan 2015]


Francisco Brennand. Foto: Divulgação

“Eu me defino como feudal, supersticioso e pornográfico. E digo mais: Quando não existem superstições catalogadas, eu invento.”
Francisco Brennand, junho, 2001

“Já naquela época, nas discussões com os colegas, eu dizia: ‘Não sei se essa utopia socialista é realizável; não sei se a realidade da vida humana permite que ela se instale’. Os colegas brigavam comigo: ‘Você é um fracote’. Sempre discuti com as esquerdas em relação a esse dado utópico: eu já desconfiava que não dava.”
Gilberto Gil, novembro, 2001

“Parece que a crítica, mesmo nos Estados Unidos, escolheu fazer vista grossa com os meus erros e limitações, destacando sempre as coisas boas que eu fiz. Não que tenha sido assim sempre, mas percebo uma enorme generosidade.”
Woody Allen, junho, 2003


Hermeto Pascoal. Foto: Divulgação

“A melhor música do mundo é a música do Brasil, feita por mim. Boto banca mesmo. Tenho que falar isso, porque não dá para ouvir uma besteira dessas de um cara como CAETANO QUE, COMO POETA É MUITO BOM, MAS MUSICALMENTE É UM MUSIQUINHO. (…) Caetano é um músico medíocre, ele não toca bem os instrumentos que toca, ele não toca nada, quase nada.”
Hermeto Pascoal, agosto, 2004

“Metade da população mundial se enquadra na vida familiar. Se você não se enquadra, não ridicularize. Porque família é, sob vários aspectos, uma forma de arte.”
Norman Mailer, julho, 2006

“A literatura foi substituída pelo que essas pessoas chamam de ‘estudos culturais’. Mesmo que ainda seja chamada algumas vezes de Literatura Inglesa, Literatura Comparada, ou o que seja, não é mais o estudo da literatura enquanto literatura.”
Harold Bloom, maio, 2002

“Ser excepcional não é fácil, requer trabalho. A cultura exige audácia, e nós temos esse ‘algo mais’ a oferecer ao público. Eu sou um anjo, mas não sou castrado.”
José Celso Martinez, fevereiro, 2007


Marcelino Freire. Foto: Divulgação

“Outro assunto que me cansa! Homocultura, preconceito, parada da diversidade. Porque o assunto é primitivo, é óbvio. Em 2008, a gente ainda discute o respeito ao próximo, o respeito às diferenças. Reconheço a importância da mobilização, da causa coletiva, mas me dá preguiça. EU SOU UM HOMOSSEXUAL NÃO PRATICANTE.”
Marcelino Freire, novembro, 2008


Gil Vicente. Foto: Divulgação

“Continuo sem entender nada de política. O que mudou é que perdi a ingenuidade. Desde 1976, quando completei 18 anos, votava com muita esperança em mudanças sociais para o país. Seguidamente, tive decepções, e, seguidamente, renovei as esperanças. ATÉ COMPREENDER QUE A POLÍTICA É UM ÓTIMO NEGÓCIO QUE FAZ MILIONÁRIOS COM O DINHEIRO PÚBLICO.”
Gil Vicente, outubro, 2013

“É preciso que seja dito, de uma vez por todas, que o criador, seja compositor, escritor, artista plástico, ator, vive (ou deveria viver) daquele único trabalho que sabe fazer: sua arte.”
Marlos Nobre, fevereiro, 2009

“Acho que o humor tem que destruir. Ele não constrói nada, quer dizer, pode até construir, mas, no meu modo de ver, ele precisa bater em alguém. NÃO EXISTE ‘HUMOR A FAVOR’ – BEM, ATÉ EXISTE, MAS É HORROROSO.”
Allan Sieber, fevereiro, 2012


Jordi Savall. Foto: Divulgação

“O download gratuito é algo lastimável, porque penso que um artista que investe sua vida nesse processo criativo tem direito a recuperar um pouco do tempo investido. Isso é a morte da criação. Isso é como se eu pudesse comprar um carro sem pagar nada, as fábricas de carro não poderiam existir.”
Jordi Savall, setembro, 2014



Antonio Risério. Foto: Divulgação

“Um dos erros espetaculares do marxismo, com sua ênfase no confronto antagônico entre burguesia e proletariado, foi, exatamente, o de achar que o destino da humanidade estava inteiramente nas mãos do proletariado e de atacar e afastar a classe média do campo progressista, empurrando-a para os braços do conservadorismo de direita.”
Antonio Risério, setembro, 2012

“O Ministério da Cultura, já que existe, deveria cuidar do patrimônio histórico, investir pesado na conservação de cidades que merecem ser protegidas, na criação de bibliotecas e em formas de criação que não rendem muito dinheiro, balé, dança e orquestra sinfônica, e estimular a presença dessas orquestras em praças públicas, espetáculos gratuitos. É para isso que deveria existir, e não para bancar show de rock na praia ou então CD de cantor baiano, que é o que mais tem.”
Ruy Castro, janeiro, 2013

“Quando surge algum tipo de problema, perguntamos: de onde vem? É minha culpa ou a culpa é do sistema? Vivemos sob uma espécie de dominação dos modos liberais de pensar em que tudo é culpa nossa, o sistema é perfeito, então, se há algo errado, é uma culpa individual. Acho isso completamente inverídico.”
David Harvey, dezembro, 2014 

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