Música

Orquestra Sinfônica de Pernambuco estreia tocando Mozart

Formada por 45 integrantes, entre professores, alunos e convidados, orquestra criada pelo Conservatório Pernambucano de Música faz sua estreia no Teatro Santa Isabel, nesta quarta-feira (23)

TEXTO Marcelo Pereira

23 de Abril de 2025

Fotos OSPE/CPM/Divulgação

“Hoje será um dia histórico para o Conservatório Pernambucano de Música”. É esta certeza que move a professora, pianista, pesquisadora, regente e diretora geral da instituição, Janete Florêncio. Uma certeza que ela divide com o professor e maestro Sérgio Barza e os 45 integrantes que formam a Orquestra Sinfônica de Pernambuco (OSPE), que faz sua estreia mundial nesta quarta-feira (23/4), às 19h30, no Teatro de Santa Isabel, com entrada gratuita. O repertório já está inserido na Série Grandes Mestres, com obras de Wolfgang Amadeus Mozart: Abertura Idomeneo, re di Creta, Concerto para Clarinete em Lá Maior, K622 e Sinfonia Nº 35 em Ré Maior, K385. O solista será o professor do CPM de clarinete Jônatas Zacarias.

Desde que assumiu a gerência do Conservatório Pernambucano de Música (CPM), em 2023, que Janete Florêncio tinha como meta a criação da orquestra. “É uma das ações mais importantes da nossa gestão”, afirma.

A OSPE é uma ampliação da Orquestra de Câmara Acadêmica do CPM, e aproximadamente há dez anos teve extinta a Orquestra Sinfônica Jovem. No princípio, houve uma dificuldade de compor o corpo da orquestra, mas o problema foi resolvido. “Após dois anos de muito trabalho e somado com a chegada dos novos professores efetivos nas diversas áreas, no segundo semestre do ano passado, foi possível planejar as ações necessárias para a concretização desse sonho agora”, diz Janete.

A orquestra foi formada com a participação de professores, estudantes e convidados, principalmente, de ex-estudantes. Atualmente, a OSPE conta com 45 integrantes, sob a regência do maestro Barza, professor do CPM. “A proposta é termos um regente residente vinculado ao Conservatório que tenha a missão de ensaiar a orquestra no dia a dia e ao longo da temporada também teremos regentes convidados”, explica a diretora. A OSPE será uma orquestra permanente com ensaios e apresentações regulares.

O processo para ingresso na orquestra será anual, por ser estruturalmente composta por professores efetivos e estudantes do CPM. Já o tempo de permanência vai variar, caso a caso, com a renovação dos estudantes dentro da orquestra. “Muito mais do que uma orquestra escola, a OSPE já nasceu com pretensões artísticas e pedagógicas que visa a excelência musical para ser um modelo inspirador”, afirma Janete.

Os recursos para manutenção e pessoal da OSPE virão dos cofres da própria escola de música. “Como a maior instituição de ensino musical do Nordeste, o Conservatório Pernambucano de Música precisa ter a sua própria orquestra", defende Janete.

Atualmente, Pernambuco possui a Orquestra Sinfônica do Recife, com 95 anos, a mais antiga em atividade do Brasil, fundada no mesmo ano do CPM; a Orquestra Criança Cidadã e a Virtuosi Rafael García, que se reúne em ocasiões de festivais que promove. Alguns músicos, por conta da realidade financeira desses grupos, terminam por tocar em mais de uma delas. “Existe espaço e demanda para OSPE e para mais orquestras”, garante Janete Florêncio. “Eu sou uma pessoa que tenho entusiasmo no poder que a Música suscita nas pessoas”, confessa. Um entusiasmo que pode se ampliar com a criação de novos grupos, como a reativação da Orquestra Dedilhadas e de um coro sinfônico e ampliação do número de estudantes da instituição.

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