Artes Visuais

Juliana Notari lança catálogo no encerramento de "Spalt-me"

No domingo (1º), às 14h30, a artista pernambucana vai estar no Mamam para realizar uma visita guiada da mostra que reúne obras de seus 20 anos de carreira

29 de Novembro de 2024

Foto Andrea Rego Barros/Divulgação

Para marcar o encerramento da exposição Spalt-me, da artista Juliana Notari, no domingo (1º), às 14h30, acontece visita guiada no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), onde a mostra está em cartaz. A visita será mediada pela própria artista. Em seguida, haverá roda de conversa com participação de Agrippina R. Manhattan, Inês Maia e Sheila Bezerra. No mesmo dia, também será lançado o catálogo, tanto impresso quanto digital. Spalt-me faz um amplo recorte dos mais de 20 anos de trajetória artística de Notari. Com curadoria de Clarissa Diniz, é a maior exposição já realizada da obra da artista pernambucana.

O título da exposição deriva de um dos trabalhos em exibição, que reúne fotografias de paisagens diversas nas quais surge uma grande fenda vermelha. Para nomear esse trabalho, a artista se apropriou do verbo da língua alemã spalten que, de modo semelhante ao inglês to spalt, indica a ação de abrir uma fissura, de separar, de rachar. Ao levar a expressão para o título da mostra, a ideia é abrir fendas que possam ajudar a compreender a poética da artista. “Acompanhado da partícula ‘me’, spalt torna-se um neologismo de caráter reflexivo, uma convocação à ideia de abrir uma fresta em seu próprio corpo, seja ele humano, arquitetônico, histórico, semântico. Spalt-me é, por isso, a imagem que, oriunda do corpo poético de Notari, torna-se um convite  a percorrer as diversas fendas de sua vasta produção”, explica a curadora Clarissa Diniz.

A exposição foi organizada em três núcleos que expõem questões centrais dentro da sua poética: corpo, ferida, gênero, carnalidade, tempo, violência, sexualidade, historicidade, linguagem, trauma, paisagem. “Clarissa acompanha meu trabalho há muitos anos, então ela trouxe essa proposta de dividir a mostra em núcleos diferentes, que abordam o meu olhar para o corpo (inclusive meus projetos em torno dos cabelos), a urbanidade, a alimentação, o risco e o cuidado. A exposição ressalta a centralidade das feridas sociais, dos traumas ligados à urbanidade e à modernidade: uma crítica ao  capitalismo falocêntrico e patriarcal. Tudo isso está na exposição”, resume a artista.

SERVIÇO
Spalt-me, de Juliana Notari
Onde:
Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam)
Quando:
Domingo (1º), às 14h30
Quanto: Acesso gratuito

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