Além do álbum, Siba gravou também um documentário, que mostra seu processo de realização. Nos balés da tormenta, gravado por Caio Jobim e Pablo Francis, da Doble Chapa, deve ficar pronto em abril e, segundo Caio, vai correr o circuito de festivais, além de ser exibido em um canal de televisão.
Por causa das influências que vão desde Jimi Hendrix às guitarras do oeste africano – e especialmente à transposição da música tribal da África ao som mais elétrico e urbano –, passando pelas sonoridades cubanas e caribenhas dos anos 1940, com uma pitada da Cidadão Instigado, definir o estilo de Avante é uma tarefa difícil. Porém, por conta das nossas recorrentes necessidades de classificação, quem se propuser à aventura terá que concordar com Catatau: trata-se de um “rock estranho”. O certo é que não há lugar para saudosismos. Assim como migrou sem problemas do Mestre Ambrósio para a Fuloresta, Siba chega ao novo projeto com vigor e sinceridade, emocionando, ao transformar sua trajetória em poesia.
O show – que rodou um pouco em São Paulo no último semestre de 2011, como uma espécie de ensaio da banda, que só havia se reunido para gravar o disco – deve chegar ao Recife ainda nos primeiros meses deste ano. Com o carisma reconhecido de Siba, e a força de entrosamento que o cantor tem com o público, Avante, ao vivo, deverá ser como a audição do álbum: sublime e intenso.
GABRIELA ALCÂNTARA, estudante de Jornalismo e estagiária da Continente.