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Vinte e cinco anos de cinema em 75 críticas

Crítico Luiz Joaquim lança "Vinte e cinco: escritos de cinema" (1997-2022), publicação que reúne textos sobre os cinemas pernambucano, brasileiro e estrangeiro

30 de Setembro de 2024

Luiz Joaquim selecionou 75 dentre 3 mil textos

Luiz Joaquim selecionou 75 dentre 3 mil textos

Foto Divulgação

Com trajetória profissional na imprensa, universidade e curadoria de salas de cinema, o crítico Luiz Joaquim tem um olhar apurado para essa arte cinematográfica e é exatamente essa verve que o leitor vai acompanhar em nos 75 textos que o jornalista filtrou, dentre 3 mil, para compor o livro Vinte e cinco: escritos de cinema (1997-2022). O título da Cepe Editora tem lançamento, nesta segunda-feira (30/09), das 19h às 22h, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), sala do Derby, Recife.

No lançamento, antes da sessão de autógrafos, o autor e o crítico cinematográfico e curador Ernesto Barros batem um papo sobre A possibilidade de a crítica de arte/cinema ser ou não identificada como um gênero literário. E também será exibido o curta Conceição, analisado no livro e dirigido por Heitor Dhalia.

Os textos do livro estão organizados em três perspectivas. Cada uma, um capítulo. O primeiro capítulo, Do meu lugar, reúne 25 análises sobre produções pernambucanas. No segundo, Do nosso lugar, o autor traz 25 críticas relacionadas a filmes brasileiros, enquanto no terceiro, Do lugar de todos, 25 analisam trabalhos estrangeiros. “Quando imaginei o livro pensei que seria interessante selecionar um texto para cada um dos anos vividos no período que corresponde aos primeiros 25 anos de minha carreira no segmento da crítica cinematográfica”, explicou Luiz.

Quando se refere aos estrangeiros, o título apresenta críticas relacionadas a nomes que, na época de suas publicações, não tinham a atual dimensão para os brasileiros. O diretor sul-coreano Bong Joon Ho, ganhador do Oscar e do Festival de Cannes de melhor filme com Parasita (2019), exemplifica bem a escolha. Dele, Luiz Joaquim analisa O hospedeiro (2007). Outros nomes são Takeshi Kitano, no texto de 1999 para Hana-Bi: fogos de artifício, e Apichatpong Weerasethakul, no texto de 2010 para Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas.

Limitação numérica à parte, a professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Pelotas (UFPel) Ivonete Pinto, prefaciadora do livro, enfatiza as qualidades do trabalho do autor. “Luiz Joaquim, que não escamoteia o traço do jornalista que é, vê o cinema tentando apreendê-lo e traduzi-lo. Sua vocação pela busca do que é informativo, por vezes se sobrepõe ao viés subjetivo das interpretações”, analisa.

Vinte e cinco: escritos de cinema (1997-2022) é o terceiro livro de Luiz Joaquim e o segundo pela Cepe Editora. Antes, o jornalista e mestre em Comunicação assinou Celso Marconi: o senhor do tempo (Cepe Editora, 2020) e Cinema brasileiro nos jornais (Massangana, 2018). Trabalhou como repórter e crítico de cinema no Jornal do Commercio e na Folha de Pernambuco e chefiou o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o bacharelado em Cinema e Audiovisual da Uniaeso. Em 2022, geriu o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (Mispe) e fez a curadoria do Cinema São Luiz (Recife), tendo ainda, desde maio de 2023, coordenado o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e pela Cinemateca Pernambucana Jota Soares, da Fundaj.

SERVIÇO

Lançamento do livro Vinte e cinco: escritos de cinema (1997 – 2022), de Luiz Joaquim. Haverá bate-papo entre o autor e o cineasta e crítico de cinema Ernesto Barros, além da exibição do curta Conceição, de Heitor Dhalia, analisado no livro
Onde: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Rua Henrique Dias, 609, Derby, Recife-PE
Quando: 30 de setembro de 2024 (segunda-feira), das 19h às 22h
Quanto: Entrada franca. Livro: 60,00 (impresso) / 30,00 (e-book)

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