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Minimalismo de Marcela Dias em primeira individual pernambucana

Artista investiga o caráter fugidio da paisagem em 18 obras em óleo, na Garrido Galeira, nesta quinta-feira (15), às 18h

14 de Maio de 2025

Artista explora a materialidade própria da pintura a óleo

Artista explora a materialidade própria da pintura a óleo

Foto Danilo Galvão/Divulgação

Longe, enfim, título da primeira exposição individual da pernambucana Marcela Dias em sua terra-natal conta com 18 trabalhos que apresentam a sua atual pesquisa: o caráter intangível e fugidio da paisagem. Nela, a artista segue explorando a materialidade própria da pintura a óleo, aprofundando a experimentação de diferentes possibilidades visuais e tratamentos no processo de feitura. A curadoria é assinada por Guilherme Moraes e o público poderá conferir as obras nesta quinta-feira (15), às 18h, na Garrido Galeria.

A proposta das criações que compõem a exposição se dá sobretudo a partir de dois procedimentos observados: o primeiro é a divisão da tela em blocos de cor alusivos a horizontes, céus, mares, colinas, chãos e gargantas; o segundo consiste no acontecimento de formas ovulares, das mais diversas densidades, que por vezes parecem flutuar — como uma fauna amebóide ou nuvens em suspensão —, por outras aparentam estar fincadas no chão, como seixos, rochas, penedos e lagos.

“Marcela Dias transita entre o pitoresco — que nos suscita certo repouso contemplativo de um olhar passeador por campos cromáticos disformes — e um sublime íntimo, atmosférico, vertiginoso de suas paisagens indefiníveis. Essa incerteza advém sobretudo de propostas ambíguas espacial e escalarmente, desassossegados para o nosso senso de orientação e proporção”, analisa Guilherme.

Marcela Dias (Recife/PE, 1998) investiga a pintura a contar da própria especificidade do meio, traçando experimentos para aprender sobre e criar a partir da materialidade com a qual lida. Abraçando o caráter objetal de suas telas, propõe encontros de massas de cores serenas, minimalistas, com configurações de tinta de maior agressividade e contraste. À superfície matérica construída sobre lona, dada a partir de nacos de tinta, raspagens e diluições diversas, acrescenta complexas relações cromáticas que vão de cores esmaecidas a vibrantes.

CURADOR
Guilherme Moraes (Recife/PE, 1998) é mestre em Artes Visuais pelo Programa Associado de pós-graduação em Artes Visuais UFPB/UFPE, e membro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP). É curador, educador e editor da Propágulo, espaço autônomo de pesquisa, difusão e criação em arte localizado no Recife (PE). Pesquisa processos de criação em artes visuais, a curadoria enquanto práxis educativa e o curatorial enquanto metodologia de aprendizado.

SERVIÇO
Longe, enfim
Quando: Quinta-feira (15), a partir das 18h. A mostra segue em cartaz até 11 de julho, e contará com uma visita guiada pela artista e o curador, com data a ser definida. Os horários de visitação são de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 14h
Onde: Garrido Galeria (Rua Samuel de Farias, 245, Casa Forte, Recife)
Quanto: Entrada gratuita
Contato: contato@garridogaleria.com | (81) 99573-4867

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