Música sinfônica e camerística no teatro e no subúrbio
Concertos no Recife continuam lotando espaços consagrados, como teatros e igrejas, e têm se disseminado pelos bairros da Região Metropolitana em busca de novas plateias
TEXTO Carlos Eduardo Amaral
30 de Dezembro de 2025
Orquestra Criança Cidadã
Foto Augusto Cataldi/Divulgação
Em uma capital tão multicultural, o que responder àqueles que começam a se interessar por música clássica e querem saber: onde assistir a concertos de música sinfônica e de câmara no Recife? Um lugar é certo: no Teatro de Santa Isabel. A fonte de informação também: no perfil do teatro no Instagram. Além de abrigar a maioria das apresentações da Orquestra Sinfônica do Recife (OSR), eventualmente o Santa Isabel recebe eventos da Orquestra Criança Cidadã (OCC), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e parte da programação do festival Virtuosi, sem falar de apresentações isoladas de solistas, grupos de câmara e orquestras locais e de fora.
Após a atual gestão de direção artística da OSR assumir suas funções, em dezembro de 2021 (vide ed. 255 da Continente), os concertos do grupo se intensificaram a partir de março de 2022. Em uma semana pode chegar a haver duas sessões noturnas para a população em geral, que estão ocorrendo muitas vezes com casa lotada, e um ensaio aberto diurno, de caráter didático, dirigido a alunos de escolas públicas e projetos sociais.
Por meio de uma seleção pública simplificada em 2022, que preencheu 25 vagas temporárias, a OSR sanou temporariamente o déficit de músicos e agora celebra a proximidade de uma definição da Prefeitura do Recife sobre a abertura de um concurso público para suprir o quadro funcional em caráter efetivo. A aquisição de novos instrumentos musicais, a ser avalizada pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife, foi mais uma decisão comemorada internamente e se aproxima de sua concretização.
Outro ponto positivo do momento presente da OSR está na valorização do repertório sinfônico nacional – com inclusão de obras de compositores pernambucanos vivos, em especial. O diretor artístico e regente titular da orquestra, Lanfranco Marcelletti Jr., acrescenta que foi formada, na presente gestão, uma comissão artística com a qual tem aperfeiçoado as ações do grupo. Além disso, solistas do Brasil e do estrangeiro vêm se apresentando com regularidade com a OSR, graças, segundo o maestro, a patrocínios e parcerias institucionais articuladas pela direção artística.
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