Ensaio

Os sinos que dobram e os homens que não se dobram

TEXTO Victor Heringer

01 de Agosto de 2017

“Os sinos daqui falam”, me disse uma menina. “Cada toque significa uma coisa. Quando morre alguém, quando nasce, quando é dia santo…”

“Os sinos daqui falam”, me disse uma menina. “Cada toque significa uma coisa. Quando morre alguém, quando nasce, quando é dia santo…”

Ilustração Karina Freitas

[conteúdo na íntegra (degustação) | ed. 200 | agosto 2017]

Em comparação
com a vizinha Tiradentes, São João del-Rei é uma Nova Déli mineira. Tiradentes é cenográfica, calada e impassível em suas fachadas coloniais, muitas delas falsamente coloniais, construídas recentemente, mas no velho estilo, para dar a impressão de autenticidade. São João é maior, mais vibrante, suja e bagunçada: ali convivem supermercados e igrejas barrocas (os templos máximos de suas respectivas épocas); lojas de capinhas de celular e o Fortim dos Emboabas; as casas do povo, construídas como deu, e os casebres cartão-postal do centro histórico. Em suas vielas e avenidas, veem-se turistas, estudantes, doidos mansos, toda sorte de gente em sua sina orgânica. No ar, misturam-se o barulho dos motoboys, o grito dos bêbados, o riso das meninas e o badalar dos sinos.

Passei horas tropeçando nas ruas crocantes de São João, em companhia do ator franco-espanhol Charles González e alguns amigos da região. Estávamos ali para o Festival Artes Vertentes – ele atuando em sua trilogia de mulheres em hospícios (Camille Claudel, Teresa d’Ávila e Sarah Kane), eu lançando um romance e fazendo leituras. Mas naquele momento estávamos em busca de cerveja, sob os olhares severos das igrejas, que nossos amigos explicaram traçar uma cruz na planta da cidade. Mostraram-nos a rua das casas tortas e a casa do Tancredo Neves, na frente da qual, na última vitória de Dilma, a cidade inteira foi festejar.

Tanto eu quanto Charles nos encantamos com a loucura são-joanense, depois de dias enclausurados na beleza calculada de Tiradentes, onde se dava a maior parte das atividades do festival. Na nossa confusão de línguas – francês, espanhol, português, inglês –, tentamos traduzir o maravilhamento aos anfitriões. E às nossas falas se misturavam os sinos. Quando sentamos para beber, lá estavam os sinos. O dia inteiro os ouvimos, em ritmos e tons diversos. Mais de um são-joanense nos confessou que os acha insuportáveis. Tocam o tempo todo, não o tranquilo belém-belém que nos ensinam na escola, mas um poéimmmm, poéimmmm capaz de endoidecer um sujeito.

“Os sinos daqui falam”, me disse uma menina. “Cada toque significa uma coisa. Quando morre alguém, quando nasce, quando é dia santo…”

Perguntei se ela sabia identificar os diferentes toques. Respondeu que não, nem os outros. Quase ninguém sabia. Ali, na nossa babel de mesa de bar, os sinos eram a única coisa realmente intraduzível, como se falassem as mil línguas incompreensíveis que se falam em Nova Déli.

Um dia, conheci uma velha senhora que, incapaz de sair da cama, chamava suas filhas por meio de um sininho, quando queria comer, ir ao banheiro ou trocar o canal da TV. Era sempre o mesmo toque, cada vez mais insistente, porque as filhas se distraíam. A gente se acostuma com qualquer coisa, e qualquer som, inclusive o Concerto para piano nº 2 de Rachmaninoff, pode virar ruído de fundo. Até Bach vira música de elevador.

Nos templos budistas do Japão, os bonshō, enormes sinos em forma de (em vez do tradicional formato ocidental: Ω) e sem badalos, servem para chamar os monges aos rituais, marcar as horas e dar alarmes. O maior deles, em Chion-in, pesa 74 toneladas. São necessárias 25 pessoas para manejar o martelo que o faz soar. Os bonshō são mágicos: seu som induz o estado meditativo e é tão penetrante, que as almas do mundo inferior o escutam.

Os sinos rituais do hinduísmo (ghanta) trazem boa sorte e afastam espíritos maus. Geralmente são colocados na entrada dos templos, para que os devotos avisem que estão entrando na casa dos deuses. O mantra que os acompanha diz o seguinte: “Toco este sino para invocar a divindade, para que adentrem forças nobres e virtuosas; e para que forças demoníacas, de dentro e de fora, se afastem.” Os ghanta energizam os chacras e trazem equilíbrio para o iogue.

Nas casas de campo da classe média brasileira, não é incomum encontrar, pendurados nas varandas, sininhos que a brisa balança para trazer bons ventos e prosperidade às famílias. Um dos grandes sonhos da classe média brasileira é visitar Londres e ouvir o Big Ben.

OS DOBRES
Durante o festival, apresentei-me algumas vezes na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, com altares aos santos negros, como São Benedito, padroeiro dos cozinheiros, entalhado empunhando uma abóbora. Uma capela, como me contaram, construída e frequentada apenas por escravos.

A peça que apresentei – um dueto com Stela do Patrocínio, mulher, negra, interna da Colônia Juliano Moreira – era curta. Eu falava entre um movimento de Schumann e outro. Passava o restante do tempo na sacristia-camarim, sob o olhar amável de um Jesus de braços abertos, castanho de olho azul, que me incomodava profundamente. Parecia querer me falar alguma coisa. Ou, pior, que eu lhe dissesse algo.

No segundo dia, explorando a sacristia, descobri a escada que dá para a torre sineira. Para fugir do olhar do Cristo, subi. Não sou católico, não sei se é pecado, mas subi e fiquei ouvindo o Schumann lá de cima. Não sou católico, mas sou penosamente jovem: tirei fotos dos sinos, postei no Instagram, o que tampouco sei se é pecado. Em nenhum momento atinei para a complexidade sonora daqueles instrumentos. Foram um silêncio para mim, foto com pouco ruído.

Os sinos em geral, nunca os compreendi. Sabia o básico: que dão as horas e chamam para a missa. Do mesmo modo, confundo-me quando ouço fogos de artifício no Rio de Janeiro: pode ser gol do Flamengo, pode ser queda de presidente, pode ser que chegou droga na boca de fumo… Na Evocação do Recife, Manuel Bandeira, ainda menino, já sabia a língua deles:

De repente
                nos longes da noite
                                             um sino
Uma pessoa grande dizia:
Fogo em Santo Antônio!
Outra contrariava: São José!

Se a igreja aqui ao lado desse o toque de incêndio, eu só perceberia quando sentisse o cheiro de fumaça. Sou capaz de reproduzir fielmente a melodia de um daqueles velhos modems da internet discada, mas os sinos me escapavam totalmente.

Quando voltei de Minas, resolvi aprender. O dialeto sineiro das Gerais (São João del-Rei e Ouro Preto, sobretudo) tem uma gramática complexa. Suas unidades essenciais são três: a pancada, quando se move somente o badalo para fazer soar um sino imóvel; o dobre simples, no qual se inclina o sino para que o badalo bata uma única vez na campânula; e o dobre duplo, em que se pendula o sino para que o badalo bata duas vezes nas paredes de bronze.

Em uma segunda camada estrutural, há o repique: a junção de várias pancadas em dois ou três sinos diferentes, formando unidades rítmicas complexas, nas quais os sineiros podem imprimir seus je ne sais quoi pessoais. Como em toda linguagem, há espaço para a expressão individual e para o engenho artístico.

A partir dessas partículas básicas, criaram-se dezenas de toques diferentes. Quando morre alguém, por exemplo. Caso o defunto seja homem, os sinos dão três dobres simples; se é mulher, dois. Se quem morreu foi o papa, há toques mais complexos, de hora em hora – algo similar ocorre quando falece alguém que “prestou grandes serviços à ordem ou irmandade” (imagino que se refiram a doações, também, em dinheiro). Quando morre uma criança com menos de sete anos, toca-se o clens fúnebre, lentamente, pianissimo.

Em uma carta aberta ao povo mineiro, o Sr. Paulo Roberto d’Angelo de Carvalho, ex-sineiro de todas as torres de São João del-Rei, em defesa de sua nobre tradição, lista os nomes dos toques, que, assim enfileirados, parecem a procissão fonética de um mundo perdido. Leia em voz alta: “tostolim ou tens-tolim, terentena, tchens, tanquins, clens, batucada, canchiquinha, tens-tens, tencão do rosário, tencão festivo, tencão atravessado, senhora morta, toque de santos, toque de Angelus comum, toque de Angelus de Páscoa, toque de almas, toque de agonia, toque de parto, toque de rebate, combate, dobre de finados, dobre de Via Sacra, dobre fúnebre para homem irmão, homem mesário, mulher irmã, mulher mesária, padre, bispo e papa; dobre das chagas, entrada de missa, chamada de sineiro, chamada de irmãos, principiada. E o mais festivo, o repique com dobro, destinado para anunciar festa religiosa ou saída da procissão”.

Soa como um cortejo radiante. Lembra a cena do funeral em Sonhos (1990), de Akira Kurosawa: em vez de caminharem calados e graves, os vivos dançam e cantam ao carregar o caixão, ao som de banda de música e, claro, sinos. A morta, uma velhinha da vila, viveu o bastante. Por que não celebrar?

O toque de calamidade se chama “toque de rebate”: pancadas descompassadas no sino maior, logo reproduzidas no sino médio, para avisar de incêndios e outros desastres. Esse era provavelmente o ruído fixado na Evocação do Recife, que citei acima. Podemos, portanto, imaginar mais uma camada sonora no poema. O mundo espectral dos sinos invade a convenção de fantasmas amáveis do Bandeira.

TEORIA GERAL DO SINO
Os sinos, não só os de Minas Gerais, falam dos dois campos humanos essenciais: o amor e a morte. Nos seus poéins-poéins, o humano nasce*, ama e morre – a tríade biológica por excelência. Por isso há toques para nascer, toques para se unir à coisa amada e toques para morrer. 

A cada badalada que dá as horas, a vida cotidiana estaca e, aos mais meditabundos, lembra a finitude da existência. É um memento mori (lembra-te de que vais morrer) e um carpe diem (porque vais morrer, aproveita a vida). Para os fiéis, o chamamento à liturgia é também um convite à vida maior que a vida, da qual eu, macumbeiro e ateu, tenho profunda inveja. O sino é um dos raros instrumentos que nos conectam ao ritmo geral do cosmo. Bendito seja o infeliz que primeiro bateu metal contra metal e viu que era bom.

OS QUE NÃO SE DOBRAM
Embora a linguagem dos sinos de Minas Gerais tenha sido tombada como patrimônio imaterial pelo Iphan em 2009, seus dias como língua franca estão acabados. O mesmo ocorreu com o latim: antes o idioma de um império, logo a língua do deus cristão, hoje está nas mãos sonolentas dos escassos estudantes de Clássicas, lembrança máxima de que todo poder, por mais impressionante que seja, uma hora tomba. Os sinos de Minas são o testemunho da derrocada do catolicismo (não do cristianismo, note-se) no Brasil: antes uma religião tão onipresente, que utilizávamos sua infraestrutura para comunicar assuntos de natureza civil, hoje seus sinos se tornaram mera curiosidade turística e fonte de dor de cabeça para os que vivem próximo.

Não costumo lamentar a decadência dos grandes poderes. Prefiro o latim morto dos calmos acadêmicos das faculdades de Letras ao latim vivíssimo das legiões romanas estuprando gaulesas. Do mesmo modo, prefiro os sinos como exotismo provinciano, coisa frágil a ser preservada por órgãos estatais. Pois antes foram a voz de uma estrutura monstruosa que, na ponta de seus tentáculos, inspecionava o comprimento das saias e decidia quem podia amar quem. E isso foi o de menos. Outros tentáculos os substituíram, mas, pelo menos, podemos levar estes ao laboratório e fazer a necrópsia. Que deles reste somente o vestígio de beleza.**

Sou mais afeito às línguas escusas. Ou melhor, às antilínguas, códigos de comunicação que jamais estiveram no poder e que convivem com ele em constante tensão. Uma antilíngua é a língua de uma antissociedade: um grupo de pessoas que vivem em uma dada sociedade, mas que, por uma razão ou outra, se contrapõem a ela. Em geral, são grupos marginalizados, que desenvolvem uma nova linguagem, incompreensível para a maioria, como instrumento de resistência, ressocialização ou desafio. É por meio da antilíngua, mais do que pelos códigos dominantes, que melhor somos capazes de compreender nosso tempo.

Um dos exemplos mundialmente conhecidos de antilíngua é o bangime, um dialeto críptico falado por cerca de 1.500 pessoas no Mali, uma população que se autointitula “os escondidos” (os bangande), descendentes de escravos que se refugiaram em sete vilas ao sul da mítica Timbuktu e desenvolveram uma língua própria, propositadamente confusa para despistar forasteiros, numa espécie de überquilombo. Até hoje os bangande vivem semiapartados da sociedade dogon ao redor (da qual, etnicamente ao menos, fazem parte), arautos de uma resistência linguística impressionante, aliás quase totalmente refratária aos esforços eruditos dos linguistas ocidentais. 

Na América do Sul, a antilíngua mais consagrada talvez seja o lunfardo, criado pelas classes baixas de Buenos Aires e Montevidéu, que logo contaminou o tango e encantou escritores hoje célebres, como Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges. No Brasil, mais ou menos na mesma época, Antônio Fraga publicava o seu Desabrigo (1942), um romance escrito no dialeto do Mangue carioca, reduto de putas, artistas, criminosos e outros marginais, incompreensível aos “homens de bem” (na edição mais recente, publicada pela José Olympio, há um glossário ao final). Fraga chegou a ser chamado de “o Joyce do Mangue”, mas morreu esquecido. A antilíngua, por sua própria natureza, raramente chega aos holofotes da sociedade maioral senão como pastiche ou macumba para turista (que foi a sina do lunfardo). Os “homens de bem” estão aí até hoje, Fraga não.

Atualmente, no Brasil, o pajubá é a antilíngua que exemplifica perfeitamente o conceito. Como geralmente acontece nas relações língua-antilíngua, o pajubá canibaliza a estrutura básica da língua portuguesa e a subverte, sobretudo no vocabulário, em que estão presentes termos oriundos do nagô, do iorubá, do quimbundo e outras línguas de matriz africana. Originalmente falado pelo povo do santo (isto é, devotos dos cultos afro-brasileiros) para evitar a repressão, o pajubá foi adotado pela comunidade LGBTT durante a ditadura militar. Hoje é utilizado em todo o território nacional (às vezes com o nome de bajubá ou endaca), como língua de resistência e socialização de duas populações historicamente perseguidas pelo Brasil majoritário. 

Hoje em dia, o pajubá é compreendido por um número estrondosamente maior de pessoas do que a linguagem dos sinos de Minas Gerais. Mas sua recente popularização tem dois gumes. Se, por um lado, é testemunho de um certo grau de inserção do povo do santo e da comunidade LGBTT na sociedade brasileira, por outro, pode significar a perda do caráter de resistência da antilíngua. Periga ocorrer com o pajubá o mesmo que aconteceu com o polari na Grã-Bretanha: de criptoleto da comunidade gay, passou ao mainstream cultural (Bona drag, o disco de Morrissey, é uma expressão polari que significa “bela roupa”, por exemplo). No entanto, tanto lá quanto aqui, a violência e a intolerância persistem. A evolução social não acompanhou a linguística. Popularizar, às vezes, também é um modo de calar.

Essa é a diferença abissal entre a língua do poder e a língua dos destituídos do poder. A língua do poder, como a dos sinos mineiros, por mais injustiçada que pareça ao decair e morrer, tende sempre a contar com a proteção do poder, mesmo que seja um poder de outra natureza (o Estado laico moderno conservando a expressão tradicional de uma religião dominante). A língua dos destituídos, por sua vez, é forçosamente resistente ao poder e começa a morrer quando se aproxima dele. Quem a poderia proteger é impotente por definição, embora não se dobre facilmente à opressão. O poder a engole e a ressignifica, quase sempre para manter tudo como estava. 

Há um famoso conto de Guy de Maupassant – Mademoiselle Fifi – no qual o padre de uma cidadezinha normanda, em protesto à ocupação prussiana, se recusa a tocar o sino de sua igreja: “era sua única maneira de protestar contra a invasão, protesto pacífico, protesto de silêncio, o único, dizia ele, que convinha ao padre, homem de doçura e não de sangue”. 

Ao lembrar esse texto, lembro também que, ainda que historicamente ligados ao poder, os sinos católicos – como em toda linguagem – também podem ser cooptados para a resistência. O silêncio da igrejinha de Maupassant é uma espécie de bolsão de antipoder dentro da língua do poder (um poder distinto do militar, certamente, mas, ainda assim, impressionante – afinal, o catolicismo era muito mais poderoso do que o exército da Prússia). Não propriamente uma antilíngua, mas, ainda assim, um código compartilhado entre oprimidos: “a povoação inteira, entusiasmada com tal resistência, prontificava-se a apoiar até o fim o seu pastor”. Quando confrontados com uma opressão mais urgente, os citadinos se apropriam da infraestrutura de um outro poder para, em silêncio, resistir.

Eu me pergunto, nas beiras da ficção, se os sinos das Minas Gerais, com sua alta capacidade comunicante, não foram usados no passado para furar o bloqueio massivo da maioria. Já vimos que o sineiro tem certa liberdade para criar, dentro da linguagem dos sinos. Pois imagino um grupelho deles, como inconfidentes, repassando mensagens secretas em seus repiques, sob as barbas onipotentes da Igreja. Mensagens anticlericais? De amor livre? De independência ou republicanismo? Não importa muito, desde que incompreensíveis senão para alguns iniciados, que pouco a pouco vão espalhando a mensagem e disseminando algo novo, a nascer dentro do estômago do poder.

Tocavam os sinos de São João, enquanto eu, Charles e nossos amigos bebíamos a magra cerveja dos artistas. Quem sabe o que, no fundo, queriam dizer. 

*Nascer, evidentemente, é o amar primordial. A criança que observamos, tão engraçadinha, a se deslumbrar com o mundo é a prova. Depois é que descobrimos que o mundo não é tão amável assim.

**Por exemplo, acredito no fim de todos os exércitos. Todos, não só os de algumas nações (o que nos deixaria em lençóis pouco equânimes). Mas acho que podemos preservar as bandinhas militares. Há poucas coisas mais bonitas do que o coral do Exército Vermelho cantando a Canção dos barqueiros do Volga, com o solo de Leonid Kharitonov. Podem conservar os uniformes, não tem problema. Vocês ficam bonitos de uniforme.

VICTOR HERINGER,
escritor e artista visual carioca, autor dos romances O amor dos homens avulsos e Glória (prêmio Jabuti 2013), da plaquete de fotos O escritor Victor Heringer, entre outros.

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