Não é fácil. Essa espécie de êxodo cultural é, muitas vezes, acompanhada de privações de ordem afetiva ou financeira (ou de ambas, em muitos casos), longe do glamour que as revistas de celebridade costumam estampar em suas páginas. No entanto, cada vez mais o concorrido mercado do cinema e da TV investe em sotaques diferentes, absorvendo e projetando talentos regionais para o resto do país. Afinal, com suas dimensões continentais, o Brasil não é só verde, anil e amarelo...
Arlete começou a carreira numa época em que a dramaturgia ainda tinha espaço no rádio e na TV locais. Eram os anos 1960, e ela, depois de trabalhar como locutora, deu os primeiros passos como atriz em veículos como a Rádio Tamandaré e a TV Rádio Clube, na qual atuou na novela Rebeca, a mulher inesquecível. Quando Fabiana Karla iniciou sua trajetória, na virada dos anos 1980 para os 1990, a teledramaturgia já tinha perdido espaço em Pernambuco. Ela ainda participou de especiais protagonizados por Cinderela (a impagável criação do ator Jeison Wallace) na TV Jornal, mas, para quem sonhava em chegar ao estrelato nacional, as oportunidades eram mínimas.
É bem verdade que o teatro pernambucano sempre teve sua importância reconhecida em todo o Brasil, seja numa linha mais tradicional como a do Teatro de Amadores de Pernambuco, cuja trajetória foi reconstituída pelo diretor Antônio Cadengue nos dois volumes de TAP – sua cena e sua sombra, ou na pesquisa de linguagem do elogiado Coletivo Angu de Teatro, capitaneado por André Brasileiro e Marcondes Lima. Sem esquecer o teatro de resistência do Vivencial Diversiones, berço de um humor/escracho tipicamente pernambucano que até hoje rende frutos, ainda que sem o viés político de outrora.
Nada disso, no entanto, era garantia para um ator largar trabalhos bem-sucedidos em troca de um lugar de destaque nos créditos de uma novela ou seriado. “Eu sempre sonhei em trabalhar na TV. Via meus ídolos, como Nair Bello, e Dercy Gonçalves, e sabia que um dia poderia chegar lá. Mas a oportunidade não cairia do céu. Eu tinha que me mexer”, conta Fabiana Karla. Destaque em espetáculos de sucesso como Bar das ilusões e Hipopocaré, o rei da galhofa, a pernambucana seguiu sua intuição.
Paródia da presidente Dilma Rousseff , intepretada por Fabiana Karla, no Zorra total.
Foto: Divulgação
Em 2002, pegou as economias e comprou uma passagem para o Rio de Janeiro, para acompanhar o pequeno Pedro Malta, colega de espetáculos infantis que faria um teste para a novela Coração de estudante, da TV Globo. Só quando chegou ao Projac, ao lado do ator mirim e de Salete, a mãe dele, é que descobriu não ser nada fácil entrar no complexo de estúdios que faz as vezes de castelo encantado nos sonhos de muitos atores do país. Sem autorização, o jeito foi ficar na portaria, esperando o teste acabar.
“Fui percebendo o entra e sai e comecei a conversar com as recepcionistas, para saber quem era quem. Falei que sonhava em trabalhar com humor e uma delas, quando viu Maurício Shermann passar pela catraca, me avisou que ele era o diretor do Zorra”, recorda. Fabiana respirou fundo, abordou a mítica figura e mandou: “Sou uma atriz que acaba de chegar do Recife, cheia de sonhos na bagagem, mas que não sabe nem por onde começar. Queria só um minuto de sua atenção para mostrar meu trabalho”. Shermann parou, ficou em silêncio por longos segundos e disse: “Volte daqui a dois dias e diga que é a ‘menina do Nordeste que está me procurando’ ”.
Fabiana retornou, mostrou sua personagem Lucicreide, uma empregada já conhecida nos palcos locais, e conseguiu fazer um cadastro. Mas o Zorra total não foi seu primeiro emprego na TV Globo. Antes, ela passou pelo extinto Linha direta – programa que reconstituía casos de polícia –, bem longe do humor que almejava. Fez pontas em outras produções até descolar um papel na novela Mulheres apaixonadas, de Manoel Carlos: a empregada Célia. “Foi um começo bem difícil. Deixei meus três filhos no Recife, dividia apartamento com um monte de gente, ia para o Projac de ônibus; cheguei a jantar uma casquinha de baunilha do Bob´s. Era preciso muita paciência para suportar tudo aquilo”, rebobina a atriz.
“Percebi no olhar da Fabiana que ela não estava para brincadeira, quando me abordou”, garante Maurício Shermann, descobridor de fenômenos de massa como as apresentadoras Xuxa e Angélica. “Não era uma garota querendo virar uma celebridade, mas uma atriz em busca de um espaço maior”, diz o diretor que deu à pernambucana a chance de viver personagens de enorme sucesso, como a própria Lucicreide, a ‘consultora para novos pobres’ Gislaine, a nutricionista Dra. Lorca e, atualmente, a condutora Dil Maquinista. “No Natal, a presidente Dilma me mandou um cartão agradecendo a homenagem. Chorei muito. Nem nos melhores sonhos imaginava chegar tão longe”, garante Fabiana – hoje, uma atriz de primeiro time na emissora, daquelas que não podem faltar nas vinhetas de final de ano. E que ainda encontra fôlego para atuar como uma espécie de repórter do Domingão do Faustão, viajando pelo Brasil em busca de figuras impagáveis, como o baiano que já comprou seu próprio caixão.
Apesar de ter nascido no Ceará, José Wilker começou sua carreira na TV e nos palcos pernambucanos. Foto: Reprodução
VIDEOTEIPE
Para a pioneira Arlete Salles, que nasceu em Paudalho e chegou ao Recife ainda pequena, a mudança para o Rio aconteceu num momento curioso. Apesar da intensa produção das emissoras locais naqueles longínquos anos 1960, um inesperado inimigo apareceu em cena: o videoteipe. Chegou roubando espaço dos profissionais da terra, trazendo do Sudeste uma programação praticamente pronta. A solução foi pedir transferência, já que Maomé não ia mais à montanha... E, assim, Arlete e o então marido Lucio Mauro, ator paraense que também brilhava na TV pernambucana, seguiram para a TV Tupi do Rio de Janeiro.
“Como todo começo, a chegada é sempre muito difícil. Mesmo com emprego garantido, a barreira do sotaque foi um choque”, diz Arlete. “Os programas de humor estavam em alta e sempre havia quadros que debochavam da maneira de falar dos nordestinos. Isso me deixava muito mal.” Por conta própria, a atriz começou a fazer exercícios para tentar neutralizar o sotaque. Deu certo. No início dos anos 1970, já mostrava seu talento em novelas da Globo, como a histórica Selva de pedra, de Janete Clair, com uma personagem bem carioca. Anos depois, ela pôde finalmente deixar seu sotaque original voltar à tona, em tramas como Tieta, Pedra sobre pedra e Porto dos Milagres, sem medo de ficar marcada.
Apesar de ter nascido no Ceará, José Wilker é outro nome consagrado que deu os primeiros passos na TV pernambucana. Porém, antes de virar ator, sua pretensão era a de ser locutor. Mas logo foi desencorajado pelos colegas (hoje, ironicamente, é um dos mais requisitados para narração de documentários e institucionais), e começou a bater ponto na TV Rádio Clube, no comecinho dos anos 1960, fazendo pequenas participações em teleteatros. “Mesmo sem vocação, achei aquele universo fascinante, e continuei”, garante. Da telinha, passou para o teatro, sob as bênçãos de Luiz Mendonça. Integrou o Movimento de Cultura Popular, apresentando-se pelo interior de Pernambuco em cima de um caminhão, até ser surpreendido pelo golpe militar de 1964, que tornou tudo difícil. Principalmente para jovens como ele, que tinham um posicionamento político.
Revelado em propagandas locais de TV, o ator Nruno Garcia deixou o Recife há duas décadas. Foto: Reprodução
Nesse meio tempo, Wilker já havia passado uma temporada no Rio de Janeiro, onde fez um curso de cinema. Com o golpe, voltou para a Cidade Maravilhosa, morou até na praia, mas – como era época de descobertas – não estava nem aí para os perrengues. Quando leu nos jornais que o diretor Kleber Santos estava produzindo uma peça sobre Padre Cícero, resolveu procurá-lo, pois era de Juazeiro do Norte – terra do padim – e conhecia bem o assunto. Pouco depois, reencontrou Luiz Mendonça, que montou no Rio o histórico grupo Chegança. E assim foi chegando e ficando...
O sotaque não era problema para o ator, uma vez que as peças da companhia tinham, geralmente, temática nordestina. Mas quando foi para a TV Tupi, os colegas cariocas não o deixaram abrir a boca. Só aparecia morto, coberto por um lençol. As passagens pela TV Rio e a TV Continental também não deixaram nenhuma lembrança marcante. Só no início da década de 1970, quando Wilker se juntou a Rubens Corrêa no premiado espetáculo O arquiteto e o imperador da Assíria, é que Dias Gomes o procurou com a missão de levá-lo para o elenco da TV Globo. Mais especificamente, Bandeira 2, trama escrita por ele e estrelada por Paulo Gracindo. “Na minha cabeça, a televisão brasileira havia crescido para dar suporte à ditadura, instalando uma espécie de pensamento único no país. Como tinha um pé atrás, respondi que não me interessava. Mas Dias insistiu, dizendo que seria bom para minha carreira. Passei um bom tempo até aceitar”, recorda o intérprete de Zelito, filho do bicheiro Tucão (Gracindo), um papel genuinamente carioca, longe de qualquer estereótipo de nordestino.
Na cabeça do ator, entretanto, ele faria apenas Bandeira 2 e voltaria a se dedicar exclusivamente ao teatro. “Para minha surpresa, aquela engrenagem toda me encantou. Além do texto incrível do Dias Gomes, o fato de conviver com pessoas geniais como Paulo Gracindo, Marília Pêra, Ary Fontoura, isso de segunda a sábado, durante um ano, foi uma experiência incrível”, avalia Wilker, que logo foi convidado para outra novela e, desde então, nunca deixou de mostrar a cara na telinha. Seja em personagens históricos, como o presidente (mineiro) Juscelino Kubitschek, ou nos tipos em que pode deixar seu sotaque original falar mais alto, a exemplo do impagável Giovanni Improta, de Senhora do destino, cuja história acaba de ser transposta para o cinema, marcando a primeira experiência do ator como diretor.
Desde que Arlete e Wilker migraram para o chamado Sul Maravilha, muitos artistas pernambucanos seguiram o mesmo caminho. Viúva do encenador Luiz Mendonça, Ilva Niño fez teatro político nos tempos da ditadura e estourou na TV como Mina, a empregada que tinha seu nome gritado todas as noites pela tresloucada Viúva Porcina, em Roque Santeiro.
Tuca Andrada viveu um cangaceiro na elogiada novela Cordel encantado, 2011.
Foto: Divulgação
Tempos depois, mais atores seriam projetados nacionalmente.Revelado em peças de João Falcão e em propagandas para TV, o ator Bruno Garcia deixou o Recife há duas décadas para se aventurar na TV, protagonizando o caso especial Marina, ao lado da atriz Adriana Esteves. Não voltou mais. Assim como Patrícia França, sua colega de palco e de publicidade, que há exatos 20 anos foi catapultada do mercado local para o papel-título da minissérie Teresa Batista.
SÉTIMA ARTE
Há, no entanto, uma outra geração beneficiada pelo renascimento do cinema pernambucano, a partir do sucesso do Baile perfumado (1997). Reverenciado por seu trabalho nas peças É uma brasa, mora?, em que vivia Roberto Carlos, e Mamãe não pode saber, na pele da top model Priscila, Aramis Trindade ganhou o troféu Candango de melhor ator coadjuvante por sua interpretação como o tenente Lindalvo Rosas no Baile, derrotando atores renomados, como Tony Ramos. “O filme provocou uma curiosidade grande sobre o meu trabalho e eu passei a receber convites para a TV. Mas ainda não tinha uma estrutura que me desse segurança para trocar o certo pelo duvidoso”, conta.
Depois do longa de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, surgiu a oportunidade de fazer a microssérie O auto da compadecida, com direção de Guel Arraes. Seu personagem, o Cabo 70, caiu no gosto do público e, mais uma vez, despertou o interesse da Globo para tê-lo em outros trabalhos. O ator começou a fazer a ponte-aérea Recife-Rio, participando de séries como Mulher e Brava gente. “Tinha acabado de me separar, os convites não paravam de chegar, achei que era a hora de arriscar”, conta. Ao contrário de outros colegas, Aramis só se mudou por ter certeza de que não passaria apertos. “Não queria abrir mão do bem-estar que desfrutava na minha casa, na minha cidade”, recorda.
Na novela Cordel encantado, o ator trabalhou com os conterrâneos Tuca
Andrada, Edmilson Barros, Lucy Ramos, Renato Góes e Ilva Niño.
Foto: Divulgação
Há 12 anos no Rio, o pernambucano tem uma extensa lista de trabalhos, que inclui seriados (foi o eletricista Marreta, em A grande família, e o Visconde de Sabugosa, no Sítio do Picapau Amarelo), filmes (Reflexões de um liquidificador e Meu nome não é Johnny), peças (Homem-objeto e Um boêmio no céu) e, claro, novelas. Na última, a elogiadíssima Cordel encantado (2011), dividiu os créditos com os conterrâneos Tuca Andrada, Edmilson Barros, Lucy Ramos, Renato Góes e Ilva Niño. “Muitas vezes, eu conversava com Renato, que é um cara novo, bastante talentoso, sobre a dificuldade que é chegar num mercado como o da TV, com gente de todo o Brasil disputando espaço”, reflete Aramis, que estará na próxima novela das sete, cujo título provisório é Marias do lar. “Ele é um ator muito bem-preparado, tem um tipo físico que o ajuda a interpretar os mais diversos personagens. Sem falar que é uma pessoa agradável, que todo mundo adora”, diz o ator José Mayer, companheiro de teatro e TV.
Além de Aramis, o cinema pernambucano também revelou para o Brasil dois atores que, volta e meia, se cruzam em novas produções: Hermila Guedes e Irandhir Santos. Os dois, que estrelam o filme A luneta do tempo, de Alceu Valença, previsto para chegar às telas este ano, são sempre cortejados pela TV, como conta Hermila em entrevista à Continente (ver páginas 30 e 31 ). Irandhir foi protagonista da microssérie A Pedra do Reino, romance de Ariano Suassuna que ganhou versão eletrônica de Luiz Fernando Carvalho, rigoroso diretor que bancou um elenco de rostos desconhecidos do grande público, abrindo mercado para atores pernambucanos e paraibanos. A adaptação foi polêmica, mas é inegável o esforço empreendido por Carvalho para mostrar uma outra cara do Brasil.
Como muitos colegas que se destacam nos palcos e nas telas de cinema, Irandhir é sempre cortejado pela TV com novos projetos. Nos corredores do Projac, sua participação na terceira temporada do seriado Força-tarefa (que teve Hermila no elenco das duas primeiras) era dada como certa. Mas não aconteceu. Cuidadoso, ele espera o momento certo para aceitar a volta à telinha. A experiência na microssérie, segundo ele, foi única. Um modo de fazer televisão completamente diferente do usual.
A atriz Prazeres Barbosa em cena da novela Insensato Coração, com Tarcísio Meira.
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“É difícil, pra mim, enquadrar A Pedra do Reino como uma experiência de TV. Tudo que a envolve, desde a densidade da obra literária até o processo de preparação de atores e filmagem, destoa – em tempo, temática e modus operandi – da maioria da produção televisiva. Do modo como foi trabalhada por Luiz Fernando Carvalho, gestava um tempo mais abrangente na exploração de espaços não tradicionais, na polivalência dos artistas envolvidos e na busca de novas formas de construção criativa. Tudo cercado de cuidados, como exige um processo como esse”, recorda.
Mas Irandhir acredita não ser impossível reviver esse tipo de criação, tão próximo de suas experiências no tablado. Enquanto o momento não chega, ele segue colecionando elogios e pavimentando sua estrada com atuações memoráveis, como a do defensor dos direitos humanos Diogo Fraga, no filme brasileiro mais visto de todos os tempos, Tropa de elite 2.
COOPERAÇÃO
Foi A Pedra do Reino que despertou na veterana Prazeres Barbosa o desejo de mudança. Grande nome do teatro de Caruaru, no agreste pernambucano, ela sempre sonhou em atuar na TV, mas o comando de seu grupo de teatro e a participação em filmes como Árido movie e Espelho d´água acabavam tomando todo o seu tempo. Quando a produção da Pedra aterrissou em Taperoá, na Paraíba, a atriz largou tudo e se mandou para lá. “Eu não tenho papel para você, mas se arrisca a ficar?”, indagou o diretor. Prazeres entrou no esquema de cooperativa e, durante dois meses, fez de tudo, menos atuar. “As pessoas não acreditavam como eu me sujeitava a tudo aquilo”, conta.
O esforço valeu. Próximo ao fim da empreitada, um ator desistiu e nada menos que dois personagens masculinos, os gêmeos Comendador Basílio e Eusébio Monturo, ficaram sem intérprete. E Carvalho apostou nela. “Eu tinha um cabelão, cortaram todo, quase morri. Mas, dentro de mim, dizia: “Amém, Meu Deus”. Quando apareci caracterizada, ele gostou tanto, que ainda me deu outro presente: criou uma prostituta chamada Prazeres para eu fazer. Quer nome mais sugestivo que o meu?”, brinca a atriz.
Hoje, aos 62 anos, há cinco vivendo no Rio de Janeiro, Prazeres não se arrepende da aventura. Não tem contrato fixo com a Globo, vive do salário de professora aposentada e divide as despesas com o marido e o filho. “A vida artística não é só o pódio. Estou dando os primeiros passos numa nova carreira.”
Por conta do tipo físico – baixinha, com traços fortes de sertaneja –, a atriz tem colecionado papéis de doméstica, fato que não diminui sua perseverança. No último trabalho de longa duração, a novela Insensato coração, contracenou com dois de seus maiores ídolos: Tarcísio Meira e Glória Pires. “Isso não tem preço. Eles não fazem distinção se o ator é ou não é conhecido. Receberam-me de braços abertos, trataram-me como igual. E estou falando de dois monstros sagrados”, conta ela, que interpretava a copeira Amélia. “Os papéis de doméstica podem não dar maiores chances, mas não me sinto diminuída. Faço como se fosse a protagonista. Adoro quando o meu celular toca e eu vejo que é um número confidencial. Sei que é da Globo e que um novo trabalho está à minha espera. Ainda acredito que alguém vai perceber que posso fazer outra coisa.”
Pelo menos uma pessoa, além de Luiz Fernando Carvalho, já conhece bem o talento de Prazeres: o diretor João Falcão. Quando adaptou a peça A máquina, escrita por Adriana Falcão, João criou para ela uma personagem chamada... Prazeres. E ainda lhe deu a chance de cantar. Não só em cena, mas também no CD que contém a trilha. A música se chama A natureza das coisas, cuja letra a atriz toma como uma oração: “Se avexe não, observe quem vai subindo a ladeira, seja princesa ou seja lavadeira, pra ir mais alto vai ter que suar”.
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