Música

Panela do Jazz anuncia sua programação

Festival gratuito acontece no sábado (25), no Largo do Poço da Panela, com shows, performances, feira e ações formativas

21 de Outubro de 2025

O grupo pernambucano Treminhão é uma das atrações

O grupo pernambucano Treminhão é uma das atrações

Foto Sidarta/Divulgação

O Festival Panela do Jazz anuncia a programação completa da edição de 2025. O evento acontece no sábado (25), com acesso gratuito, no Largo do Poço da Panela, ocupando o espaço em frente à Igreja de Nossa Senhora da Saúde, no Recife (PE). A sexta edição do projeto tem como eixo curatorial o tema “Raízes em Improviso: A alma das cordas nordestinas no jazz contemporâneo brasileiro” e celebra os 90 anos do guitarrista, violeiro e compositor recifense Heraldo do Monte. 

O evento inicia a partir das 14h, com a “Feira Olegarinha de Artes da Mulher” e o início da intervenção artística “A Estética do Jazz nas Artes Plásticas”, um painel que será criado, em tempo real, pelos artistas plásticos Augusto Ferrer, Clovis Fazio, Carla Andrade, Catha Rosendo, Clarissa Garcia, Dominique Berthé (França), Iramaraí, Hercílio Santos, Jacaré, Pietro Severi, Rodrigo D’Amorin, Babú e Vonilson de Castro.

De acordo com um dos curadores, Antonio Pinhêiro, também fundador do festival, a programação do Panela do Jazz deste ano “desenvolve-se a partir de elementos das matrizes tradicionais do forró que compõem a obra de Heraldo do Monte, como o pífano, a viola e o repente”. Para dar conta deste universo, artistas de distintas gerações e vertentes estéticas se encontram numa programação em comum, recheada de virtuosismo, autenticidade e claro, o improviso, que é a alma do jazz - e também do forró.

PROGRAMAÇÃO MUSICAL
A partir das 16h, se apresentam Treminhão (PE), Mari Santana (PB), Waleson Queiros Quarteto Convida Karol Maciel (PE), Alexandre Rodrigues Trio Feat. Grupo Sabuká Kariri Xocó (AL) & Laís de Assis (PE), Quarteto Luis do Monte (SP) & Convidados e Anjo Gabriel com o show O Caminho da Montanha do Sol: 50 Anos Paêbiru (PE). 

O palco também será ocupado por manifestações culturais diversas nos intervalos dos shows, com as seguintes participações: Poesia, com Iyadirê Zidanes & Brenda Lígia, Santinha Maurício & Edmilson Ferreira (Repentistas), toré com o Grupo Sabuká Kariri Xocó - Tribo Indígena (AL) e Luna Vitrolira & Giuseppe Macena. 

E pela primeira vez na história do Panela do Jazz, será montado um segundo palco no festival: o Palco Seu Vital nasce como vitrine para artistas locais e com horário de início confirmado para às 18:00. Nele, vão se apresentar Tercina, Paula Bujes, Riva Le Boss e Lígia Fernandes Trio convida Wallace Seixas no show “Guitarra à Brasileira”.

“Este ano eu e Laís de Assis, curadora do Panela do Jazz comigo, direcionamos nossas escolhas para artistas que dialogam com a arte do improviso, sejam inspirados em estilos mais antigos e consolidados - como é o caso do Quarteto Luís do Monte, que vai fazer uma homenagem ao pai dele, Heraldo do Monte -, como também artistas que estão se movendo a partir de perspectivas estéticas mais contemporâneas, como é o caso de Waleson Queiros Quarteto ou de Mari Santana”, explica Antonio Pinhêiro sobre as estradas percorridas pela curadoria deste ano.

EXPOSIÇÕES
O Panela do Jazz celebra seu perfil de evento multimídia incluindo na programação oficial duas exposições de artes plásticas, com horário de abertura de ambas  marcado para 16:00: “Fragile – Ne Pas Plier” (Tradução: “Não Dobrar”), na Casa de Dominique (Rua Álvaro Macedo, 70) e “Tracejando a Música”, de Clarissa Garcia, no Poço das Artes (Rua Álvaro Macedo, 54.).

POLO INFANTIL
As crianças também marcam presença no Panela do Jazz, com acesso livre para se divertir a partir das 16h no polo infantil, que este ano tem a seguinte programação: “Oficina ‘Dedoche/Boneco de Dedo’, com o Mestre bonequeiro Sebastião Simão”, “Cia Máscaras de Teatro, com o Espetáculo: ‘A Princesa e o Dragão’, de Sebastião Simão”, “Mamulengo Água de Cacimba, com o espetáculo: ‘A Flor do Mamulengo’” e “A Boba - Uma Jornada, com a Palhaça Gardênia”.

“Estas escolhas de temas e brincadeiras dão continuidade à missão do Panela do Jazz de enaltecer os patrimônios culturais pernambucanos, como uma ação de salvaguarda desse patrimônio”, aponta Antonio Pinhêiro.

ECONOMIA CRIATIVA
No ano da COP 30 no Brasil o tema da sustentabilidade nunca esteve tão em alta - e o Panela do Jazz não poderia ficar de fora dessa discussão. Justamente por isso o festival reforçou os cuidados com a gestão de resíduos, atuando também com dinâmicas de compensação de pegada de carbono, coleta seletiva em parceria com a Cooperativa Recicla Torre, se colocando, desta maneira, como um evento ecoeficiente.

“Este assunto é muito caro para nós. O Poço da Panela é uma região de preservação ambiental no Recife e por isso respeitamos as diretrizes sustentáveis, para sempre manter o espaço vivo, ativo e principalmente, limpo”, completa Antonio Pinhêiro. “Além disso, estimulamos nosso público a realizar o descarte consciente de lixo durante o festival, relembrando que, assim como o espaço, os cuidados com o meio ambiente também é de todo mundo”.

FORMAÇÃO
Nos dias 23 e 24 de outubro, o Panela do Jazz realiza duas agendas educativas gratuitas: a primeira delas é a masterclass “Método do Pífano Brasileiro”, com Alexandre Rodrigues, que vai acontecer no Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s.n, Bairro do Recife), dia 23/10 (quinta-feira), das 14h às 17h. E no dia seguinte, sexta-feira (24), acontece a oficina “As Cordas Livres de Heraldo do Monte”, com seu filho, Luís do Monte, no Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, 594 - Santo Amaro), das 18h às 20h.

PANELA SOLIDÁRIA
A doação de alimentos será destinada à Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Casa Forte, que irá direcioná-los a famílias em situação de vulnerabilidade. Quem contribuir vai receber um copo personalizado com a marca do festival. Saiba como participar acessando este formulário.

Em 2025, o festival tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Governo Federal e o incentivo da Prefeitura do Recife, através do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC - Recife).

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